#Ocupação

Acompanha a greve dos profissionais de educação do Rio de Janeiro um movimento de alunos que já toma conta de mais de trinta escolas (e o número cresce rapidamente a cada hora). Apoiados no recente movimento dos estudantes de São Paulo, que usaram as ocupações para parar a reorganização escolar naquele estado – movimento vitorioso –, a pauta dos estudantes daqui prevê, entre outras medidas, o retorno de funcionários essenciais, como porteiros e pessoal de limpeza além de melhores condições estruturais, sobretudo em escolas que a própria Secretaria de Educação reconhece sem condições de uso.

O que tem surpreendido ainda mais é a organização dos alunos nas ocupações. Obviamente que um movimento que a cada dia fica maior demanda muita estratégia e disciplina. Os alunos demonstram nos atos um preparo que muita gente duvidaria que pudesse existir. Se forem acompanhadas in loco, as escolas revelarão a existência de comissões com funções diversificadas; grupos de alunos que se dividem na manutenção do prédio, na realização de inventários, na alimentação e na organização pedagógica de aulões.

Mais do que o movimento em si, no entanto, esses alunos mostram a necessidade já latente da mudança do paradigma pedagógico escolar. A organização de eventos, oficinas e aulas abertas, mostra que a hierarquia escolar impositiva precisa ser repensada para o bem da escola transformadora que se sonha.

Nas ocupações não são raros os momentos de debates e decisões coletivas que dão o norte das atividades. Aulas de dança, capoeira, História, Língua Portuguesa, além da exibição de filmes que geram debates, são constantes. Não há, até o momento, nenhum caso ou relato de fracasso nessa vivência mais coletiva.

Talvez as ocupações sejam a prova de que é preciso dar mais voz, sem medo de perder o protagonismo, àqueles que formam a escola em imensa maioria: os discentes. Dificilmente esses alunos se conformarão com os tradicionalismos escolares característicos de regimes de acumulação de conteúdo sem lógica ou ligação com a vivência de cada um.

Nessa eterna e maravilhosa troca que é o verdadeiro conhecimento, essa é a hora de invertermos os papeis e deixar que aqueles que são diretamente interessados no processo escolar decidam como e porque aprendem.

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[Agência Brasil] Após um dia de ocupação, escola do Rio tem aulões e atividades

[M&H] Florence and the Machine

Música e História se confundem. A História como ciência, ao longo do seu percurso, tratou de revelar ao mundo a música nos mais diversos períodos. Lembremos de imediato dos cantos associados à religião, à exaltação da batalha medieval, dos hinos de guerras e das músicas de protesto já numa época mais contemporânea.

Como a música, o cinema também é parte importante da História. Entre outras funções fundamentais, dá luz aos acontecimentos contemporâneos e do passado. E, claro, guardadas as críticas sobre as exibições (porque tem muito filme ruim), podem ser de grande auxílio para os estudos.

Mas o assunto agora é música e, mesmo sabendo do seu papel ao longo do tempo, minha intenção é, além de fazer uma análise das canções na História, mostrando como elas têm vínculo com os movimentos humanos, compartilhar gostos, conhecer novos artistas e bandas. Enfim, abrir a mente ao que não conheço ao mesmo tempo que tento indicar alguma coisa também.

Começo os trabalhos divulgando uma apresentação da banda inglesa Florence and the Machine. Trata-se de uma banda de indie rock que, “na minha época” sinalizava que a banda era produzida e distribuída por gravadoras menores ou de forma independente mesmo. Florence conta com um público seleto, mas muito bem vista pela crítica especializada. O show compartilhado aconteceu esse ano no Chile, no festival Lollapalooza. Achei uma apresentação sensacional. Vejam o que acham:




DISCOGRAFIA
2009 – Lungs
2011 – Ceremonials
2015 - How Big, How Blue, How Beautiful

PÁGINA OFICIAL
http://florenceandthemachine.net/

O sistema legislativo brasileiro

Geralmente damos muita importância ao Executivo, mas é no Legislativo que se escondem as ameaças e as salvações da democracia.

Foi o Filósofo iluminista Charles-Louis de Secondat, conhecido por nós como Barão de Montesquieu (1689 – 1755), o primeiro a elaborar uma teoria política de divisão dos poderes. Naquela época, quando crescia a crítica ao Absolutismo Monárquico, os Iluministas defendiam a tese de que um governo centralizado nas mãos de um único homem podia ser perigoso e tirânico. Assim, Montesquieu elaborou a teoria da tripartição do Estado, separando-o em Executivo, Legislativo e Judiciário, com conhecemos hoje.

O Poder Legislativo brasileiro apresenta características interessantes. Ele é formado, nacionalmente, pela Câmara dos Deputados, onde trabalham os Deputados Federais, eleitos por voto direto e mandato de quatro anos, e pelo Senado, onde habitam os Senadores, eleitos também por voto direito, mas com mandato de oito anos. A cada eleição nacional, portanto, 50% do Senado é renovado ou reeleito. O Brasil apresenta, então, um sistema legislativo bicameral, ou seja, formado por duas câmaras de debates.


Cada câmara representa uma esfera nacional. Assim, a Câmara dos Deputados representa, em tese, o povo brasileiro. Já o Senado representa, também em tese, os estados e o Distrito Federal.

É atribuição do Congresso a elaboração de Leis e a fiscalização do Executivo. Ao Senado, cabe a rediscussão de Leis criadas no Congresso e vice-versa, fazendo com que, dessa maneira, todos os projetos passem por duas instâncias de votação e debates.

Muito alegam que esse sistema de governo atrasa as tomadas de decisões e a criação de Leis específicas e urgentes. De fato: a discussão em duas Câmaras tende a estagnar as propostas de Leis, mas é fundamental que discussões políticas aconteçam.

No sistema político atual, grande concentração de força reside no Legislativo. É lá que residem as ameaças e as salvações da democracia e a defesa da Constituição. Quando o legislativo atua de forma desconexa do Executivo, o resultado é quase sempre desastroso para um país. Talvez seja no Legislativo, em todas as esferas, que devamos dar maior atenção, já que um Executivo sem base de apoio não pode ir muito longe.

Eleições nos EUA: como funciona?

Nos tempos da Guerra Fria, a bipolaridade do mundo apresentava do lado socialista a “igualdade sem liberdade”, enquanto do lado capitalista “a liberdade com o mérito”. Construiu-se, assim, o mito da terra da liberdade e da prosperidade ao país da América do Norte. Nessa freeland, presumia-se um sistema de escolha de liderança livre e direto. Não é bem assim que acontece.



As eleições nos EUA ocorrerão no próximo mês de Novembro. No entanto, o amplo - e muitas vezes complexo aos nossos olhos – processo eleitoral já começou há bastante tempo. É o que por lá chamam de prévias. São elas que decidem quais serão os candidatos dos dois principais partidos políticos do país: o Republicano e o Democrata.

Antes de discutirmos sobre como funciona o sistema eleitoral, precisamos entender que mesmo só ouvindo e vendo informações sobre candidatos democratas e/ou republicanos, o país tem sim mais partidos políticos. São ínfimos, sem expressão, o que faz com que a grande maioria dos cargos eletivos dos EUA sejam ocupados pelos dois maiorais. No entanto, a lista de agremiações legalmente constituídas por lá é longa. Existem, por exemplo, partidos focados na questão ambiental, como o Partido Verde; partidos operários e trabalhistas, como o Partido Socialista dos Trabalhadores da América, o Partido Socialista dos Estados Unidos além do Partido dos Trabalhadores Socialistas, entre outros que defendem causas e bandeiras específicas. Todos com a ressalva de atuação ideológica num país que é, em essência, liberal.

Para se ter uma ideia da multiplicidade de propostas e candidatos ao cargo máximo do país, na campanha que elegeu o atual Presidente Barack Obama, 417 solicitações formais de candidatura de pessoas, ligadas ou não a um partido (diferentemente da legislação eleitoral brasileira, que impede que um candidato sem partido político concorra a algum cargo eletivo, nos EUA é possível que isso aconteça) foram recebidas para o pleito presidencial no ano de 2012.

E por que, então, só ouvimos falar de dois partidos? Em primeiro lugar, porque são os maiores e porque conseguem gigantescos financiamentos para suas campanhas. Adiante, porque lá existe um sistema de voto distrital, ou seja, o país é dividido e cada estado elege um sujeito que virá a ser candidato. Então, se um camarada tem poucos votos, fica inviável concorrer, o que de certa forma faz o eleitorado pensar nas grandes alternativas que figuram, justamente, entre republicanos e democratas.

Sabendo disso, não basta pegar seu título de eleitor e ir à cabine de votação (isso se você quiser ir também porque lá, o voto é facultativo). A eleição presidencial soa para nós como uma eleição indireta, ou seja, você não iria fazer um “X” ou digitar o número do seu candidato diretamente na urna eletrônica (que não existe também; os caras usam uma espécie de scanner e uns furinhos legais, que garantem a apuração rápida, mas mantém a prova física da votação). Iria eleger alguém para elegê-lo. Assim:

Seu voto elegeria não o candidato, mas sim um Delegado do Colégio Eleitoral (o Electoral College). São esses caras que vão ratificar o nome do próximo Presidente. Agora, se já estava complexo, tem outra: os votos de cada estado não são proporcionais, ou seja, geralmente aquele que vence, leva todos os votos. Isso por lá é chamado de The Winner Takes It All (ou o “vencedor leva tudo”). Parece jogo de pôquer, mas é eleição.

Ocorreria mais ou menos assim:

Digamos que no estado do Alabama, por exemplo, o candidato “José” fique com 55% dos votos válidos, enquanto “João”, 40%. Isso indicaria a vitória de José com todos os Delegados do estado. Não há uma divisão proporcional. Isso aconteceu em 2000, quando da eleição de George W. Bush, que derrotou Al Gore no Colégio Eleitoral mesmo sem ter a soma absoluta de votos. Até hoje, em suas palestras, Al Gore se apresenta como “futuro Ex-presidente dos EUA”.

Geralmente os estados apresentam perfis de votação que garantem uma previsão de votos. Ou seja, existem estados que são declaradamente mais conservadores e, por isso, optam por candidatos do Partido Republicano, sendo o contrário também verdadeiro. No entanto, também existem estados que pendem para os dois lados, e são nesses locais onde a campanha se acirra e, muitas vezes, fica engraçada.

Em geral, o corpo a corpo não difere muito daquele que acontece por aqui a cada dois anos. O financiamento privado de campanha despeja muito dinheiro nos candidatos que debatem em redes de TV de grande audiência quase sempre se preocupando em agredir verbalmente o outro do que em apresentar propostas sérias e plausíveis ao país.

Muitos sites brasileiros fazem uma cobertura minuto a minuto da campanha para a sucessão de Obama, em 2016. A eleição nos EUA representa a subida ao cargo político mais importante do mundo devido à hegemonia econômica e militar daquele país. Os olhos do mundo se voltam pra lá porque a partir das ações políticas tomadas lá o mundo pode prosperar ou padecer.

[CNSD] Caderno do aluno - UERJ

Pessoal:

Para download o caderno do aluno com as questões de História abordadas na UERJ entre os anos de 2013 a 2016. O conteúdo com o gabarito e o comentários das questões será disponibilizado em breve. Assim, treinem nas questões que não foram debatidas em sala de aula.

Para acessar o conteúdo em PDF, clique aqui.

Qualquer dúvida também pode ser tirada aqui mesmo, nos cometários! ;)

Civilização Grega



Ultimamente, as abordagens sobre a civilização grega, sobretudo no ENEM, têm acontecido de forma vinculada à Filosofia. É importante rever esse laço entre os conteúdos e as disciplinas além de compreender por que as ideias de “berço da democracia”, assim como a de “cultura superior” do período, são gregas. São assuntos mais extensos que podem ser analisados em outro texto. Neste, em particular, debatemos a História da civilização grega e sua formação, fruto da fusão de outros povos.

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Parte do estudo sobre a Antiguidade Clássica dá ênfase à civilização grega. Esse também é um tema que já foi abordado em questões de Filosofia. Obviamente que a Grécia atual tem pouco da Grécia da Antiguidade. O desenvolvimento dessa civilização ocorreu na península balcânica, de litoral recortado e solo montanhoso. Esse tipo de solo prejudicava a agricultura, logo, os primeiros a se estabelecerem na região precisaram procurar novas formas de sobrevivência.

A partir do século XX a. C. uma onda migratória é verificada. Entre os povos que chegaram à região e formaram o que veríamos a chamar de “pré-Grécia” (ou civilização creto-micênica), estavam os Aqueus, os Eólicos e os Jônios, que tinham uma organização econômica baseada no comércio marítimo (talassocracia).

Já no século XV a. C., outros povos chegaram à região com destaque para os Dórios, povo que vivia de conquistas. Essa chegada forçou os creto-micênicos a fugir do sul para o interior (1400-1200 a.C). Esse movimento é conhecido como 1ª DIÁSPORA GREGA. Boa parte da História da Grécia nesse período é contada pelo poeta Homero, através de suas conhecidas obras A Ilíada e A Odisseia, por isso também podemos chamar o esse momento de período de transição do pré-homérico para o homérico.

A fuga para o interior do território deu origem à formação de pequenos grupos. Eles eram chamados de Genos (ou comunidade gentílicas). Portanto, os Genos eram pequenas comunidades familiares formadas após a 1ª DIÁSPORA, tinham a propriedade coletiva da terra e, após crescerem de tamanho, tinham a liderança do Pater. A partir dos séculos X e VIII a. C.), verifica-se um crescimento demográfico que revela problemas com a falta de terras. Quando maior o aumento demográfico, maior a dificuldade em conseguir terras para a sobrevivência, já que o solo era montanhoso e ruim. É fácil prever que conflitos não tardariam a acontecer Observe:

CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO > ESCASSEZ DE TERRAS > CONFLITOS INTERNOS COM DESAGREGAÇÃO DA ECONOMIA COMUNITÁRIA > FORMAÇÃO DA PROPRIEDADE PRIVADA NAS MÃOS DO PATER, QUE DEIXAVA A TERRA PARA OS FILHOS MAIS VELHOS, OS EUPÁTRIDAS.

Interessante ressaltar que aos outros filhos do Pater não eram garantidas terras. Sobrava, então, o comércio, o artesanato e o trabalho assalariado. Eles podiam até ser escravizados por dívidas.

As comunidades gentílicas passaram, então, por um processo de atualização. Da união dos Genos, formaram-se as Fátrias que unidas, por sua vez, deram origem às Tribos. Da união das Tribos, surgiram as Demos.

A resolução para a falta de terras consistia na óbvia conquista de novas. Tem início a colonização grega que garante um apoio à expansão através do Mar Mediterrâneo e do Mar Egeu. É o momento da 2ª DIÁSPORA GREGA.

Surgem, junto com a colonização, a forma avançada das Demos: a Pólis (cidade-estado) que possuía autonomia política, econômica e militar. Eram independentes por conta da distância umas das outras e também por conta do montanhoso relevo, mas tinham uma base cultural comum como, por exemplo, a mesma língua e a mesma religião, a mitologia.

Vargas: “Eu ofereço em holocausto a minha vida”


Getúlio Vargas, gaúcho, político e advogado, nasceu em 1882 e cometeu suicídio em 1954. Talvez tenha sido um dos homens públicos mais controversos do Brasil, despertando ódios e paixões em parcelas variadas da sociedade brasileira. Esses sentimentos superaram os anos, as décadas e ainda hoje é possível debater a figura e a atuação de Vargas no cenário político brasileiro.

Foi, além de Presidente do Brasil, Deputado Estadual e Federal, Senador, Governador e Ministro.
Sua trajetória política foi conturbada e seu nome deu início a um importante período da História: A Era Vargas, que se estendeu de 1930 até 1954, passando por um hiato entre os anos de 1945 até 1951.

A chegada ao poder

Na 12ª eleição presidencial do Brasil verificava-se um eleitorado bastante reduzido. Votavam apenas 5,6% da população, já que o voto era restrito a homens adultos e alfabetizados.

As eleições que ocorreram no dia 1º de março de 1930 marcaram o fim da era da Política dos Governadores, ou seja, dos arranjos que garantiam a eleição apenas de membros alinhados com o Executivo. Além disso, colocava fim também à política de alternância entre membros do PRP (Partido Republicano Paulista) e PRM (Partido Republicano Mineiro), a famosa “política do café com leite”.

Naquele ano, Washington Luís, então Presidente, insistiu na candidatura de Júlio Prestes para o cargo maior da República. Júlio era político de São Paulo e, pela lógica da alternância entre os partidos dominantes da cena política, essa era a vez do cargo ser dado a um político de Minas Gerais. Washington ignorou tal fato e foi o homem forte da candidatura de Júlio Prestes.

Mas o que levou Washington Luís a romper com um sistema que funcionava tão bem para os altos escalões da política nacional? Duas versões são conhecidas: a 1ª era a de que Washington Luís era avesso a negociações, ou seja, não acreditava na política conciliatória e pretendia ter o controle pleno da situação. Isso seria muito mais fácil e rápido se seu sucessor fosse um homem que se submetesse a ele. A 2ª teoria dá conta do grande crescimento do estado de São Paulo. Aquela já era a terra de maior destaque da federação, e certamente, seria a primeira a se desvencilhar da “alma” estritamente agrária que vigorava sobre o país.

Com o fim, então, da alternância, a chapa de oposição foi mantada a partir da união dos estados de Minas, Paraíba e Rio Grande do Sul, que formaram a Aliança Liberal. Concorreram às eleições contra Júlio Prestes, Getúlio Vargas e João Pessoa para os respectivos cargos de Presidente e Vice Presidente.

O programa político da Aliança Liberal apostava na modernização do país, no impulso à industrialização e na incorporação de novos setores sociais na vida republicana. Havia também um claro enfretamento à problemática social, com propostas para a diminuição da jornada de trabalho para oito horas semanais, férias, salário mínimo e proteção ao trabalho infantil e feminino. Mais tarde esse programa social seria incorporado à política de Vargas de maneira muito mais incisiva.

Essa proposta política foi colocada ao país através das caravanas liberais, que eram como os brasileiros conheciam os comícios da Aliança. Entre os organizadores estavam jovens militantes que erguiam bandeiras de cunho mais popular.

O resultado das eleições evidenciou a força da situação. Júlio venceu o pleito dominado por irregularidades de todos os lados, já que inexistia um órgão responsável pela regulação eleitoral. Vargas, no entanto, chega a aceitar o resultado das urnas, retornando ao governo do Rio Grande do Sul. O mesmo não ocorreu com políticos e lideranças políticas mais jovens, que bradavam pelo golpe armado. Segundo eles, Júlio venceu nas urnas, mas Getúlio ganharia nas armas. Nesse cenário de iminente conflito, a Aliança Liberal recebeu o apoio dos tenentes, setor militar cansados de sua posição de ostracismo na política nacional. O maior mito desses tenentes, no entanto, Luís Carlos Prestes, líder da famosa Coluna Prestes, recusou a liderança militar da Aliança.

Um ponto chave, que serve de estopim para o movimento armado que já se desenhava, foi o assassinato de João Pessoa, no Recife. O político recebeu três tirou enquanto tomava chá na Confeitaria Glória. Seu assassino, João Dantas, foi preso em flagrante e negou motivações políticas para o crime. Na verdade, o escritório do advogado Dantas tinha sido revirado tempos atrás com a autorização do governo Pessoa e alguns documentos vazaram para o jornal local “A União”. Entre os papéis, cartas de amor entre o advogado e a professora, poeta e feminista, Anayde Beiriz, que acabou se suicidando após o escândalo.

Mas não importava. A morte de João Pessoa elevou o grau de acirramento político e deu vida ao movimento armado. O assassinato também causou comoção nacional. No velório, o deputado Maurício Lacerda agarrou o microfone e acendeu o pavio da rebelião:
No esquife [caixão] que aí vedes, não está o corpo de um grande cidadão, mas o cadáver da nação! [...] Vós, gaúchos e mineiros, vinde cumprir vossa promessa. O povo está disposto a morrer pela liberdade!
Citado por MEIRELLES, Domingos. "1930: os órfãos da revolução". Op. cit. p. 532 in SCHWARCZ, Lilia M. e STARLING, Heloisa M. "Brasil: um biografia".

Em 3 de outubro de 1930 tem início a revolta civil e militar simultaneamente nos estados do Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Com algumas horas de atraso, o estado da Paraíba também adere ao levante.

No dia 10, Washington Luís informa ao povo brasileiro o que todos já sabiam: seu governo estava por um fio e enfrentava uma revolta.

'Eu não renuncio. Só aos pedaços sairei daqui'.
Idem p. 619

A bravata não durou muito tempo. Em 24 de outubro já estava deposto, encaminhado primeiro ao Forte de Copacabana e depois ao exílio, na Europa.

Vargas chegava ao poder como líder da revolta. Iniciou, em 1930, um governo marcado por divergências e mudanças de posição. Sua gestão é convencionalmente dividida em três fases:

Governo Provisório -1930-1934
Governo Constitucional – 1934-1937
Estado Novo – 1937-1945

Ao assumir o governo provisório, Vargas destituiu líderes políticos de oposição e nomeou interventores, ou seja, pessoas de confiança do governo para intervirem em setores políticos. Esse primeiro momento do governo foi marcado pelo centralismo e pelo autoritarismo.

O intervencionismo atingiu a economia. A política de defesa do café foi assumida pelo Estado. Como os estoques ainda eram exagerados, o governo autorizou a queima do produto. Em 1931, eram queimadas, por dia, cerca de 10.000 sacas de café. O governo era o responsável pela compra do excedente e pela sua queima.

Como o modelo monocultor do Brasil já apresentava problemas quanto à desvalorização do produto em mercados externos, Vargas buscou ampliar a diversificação da economia incentivando a industrialização. Até 1930, o país contava com apenas 14.727 indústrias. Já entre os anos de 1930 e 1940, o número era bem maior: 49.418.

Outras medidas econômicas adotadas pelo governo foram: Limitação das importações (protecionismo alfandegário); Crédito fácil aos industriários (via Banco do Brasil); Corporativismo (cabia ao Estado controlar e fiscalizar empregados e empregadores, garantindo “harmonia” entre a burguesia e o operariado – esse período garantiu alguns direitos sociais aos trabalhadores); nacionalismo econômico (criação de estatais em setores estratégicos à soberania nacional).

Novos ministérios também foram criados como os da Saúde, Educação e Trabalho. O voto passou a ser secreto e obrigatório e também garantido às mulheres; a justiça eleitoral começou a funcionar.

Em 1932 estoura a Revolução Constitucionalista em São Paulo. A elite paulista, órfã do sistema que predominou durante toda a República Velha, lançou um manifesto favorável à Constituição do país e contra o intervencionismo do Estado na economia. Alguns conflitos ocorreram e a morte de quatro estudantes foi usada como mola sentimental para a ampliação do movimento.

As iniciais dos quatro mortos foram utilizadas como assinatura nos documentos e panfletos do movimento. Os mortos chamavam-se Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. Em 3 de outubro do mesmo ano, os paulistas se rendem frente à força do Governo Federal. Algumas lideranças são exiladas e outras obtêm o indulto do governo.

Algumas questões são omitidas dos livros didáticos. Uma delas é a participação maciça de negros no movimento Constitucionalista em 1932. A Legião Negra foi um grupo formado por negros que lutavam ao lado dos paulistas na revolução. [Leia aqui um bom texto sobre esse assunto]

O governo Constitucional de Vargas

As principais alterações no quadro político a partir do início do governo Constitucional foram: a elaboração da nova Constituição do país (mais centralizadora); a forma de eleição do Presidente da República seria indireta, onde a nomeação seria dada pela Assembleia Constituinte, sem direito à reeleição.

Destaque importante precisa ser dado à ampliação do quadro de confronto ideológico. De um lado, organização a Ação Integralista Brasileira (AIB); de outro, a Aliança Nacional Libertadora (ANL). As diferenças entre as duas são grandes, veja:

A AIB tinha inspiração fascista e pregava um Estado autoritário, antiliberal, antidemocrático, unipartidário e ultranacionalista. Seu lema era “Deus, Pátria e Família” e seu líder, Plínio Salgado.
Já a ANL era uma reunião de grupos ligados aos socialistas, comunistas e democráticos. Foi fundada em 1935 e tinha em Luís Carlos Prestes o seu presidente. Defendia, entre outras questões, a nacionalização de empresas estrangeiras, o cancelamento da dívida externa, o combate ao latifúndio e a reforma agrária. Foi colocada na ilegalidade em 1935, sendo reprimida brutalmente após o levante comunista de 1935, conhecido como Intentona Comunista.

O governo ditatorial: O Estado Novo

O pretexto para Vargas continuar no poder mesmo após o final de seu mandato constitucional foi um suposto plano elaborado pelos comunistas para invadir o Brasil. O Plano Cohen foi forjado com a ajuda dos Integralistas e garantiu a suspensão, com o apoio do alto comando das forças armadas, a eleição presidencial marcada para 1938.

Ao criar um inimigo, Vargas conseguiu dissolver o Congresso Nacional, destituir governadores de oposição e outorgar uma nova Constituição, a de 1937 conhecida pelo nome de Polaca, já que se inspirou na Constituição da Polônia, à época, um autoritário. Estava inaugurado um Estado autoritário conhecido como Estado Novo.

Muitas mudanças foram colocadas em vigor, todas de cunho centralizador. Por exemplo: o governo passou a controlar as lideranças estaduais por meio de interventores; o Estado passou a estabelecer a censura para limitar as manifestações públicas, além de proibir e fechar sindicatos (órgãos de classe só poderiam existir se fossem autorizados e atrelados ao governo); proibiu greves; controlou a educação e as manifestações culturais; consolidou as Leis do Trabalho, idealizada a partir da Carta del Lavoro, documento fascista de 1926; criou o DIP – Departamento de Imprensa e Propaganda com o objetivo de fiscalizar e controlar os meios de comunicação; criou a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), em 1941, e a CVRD (Companhia vale do Rio Doce), em 1942; entrou na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados.

Sobretudo esse último ponto – a entra na guerra ao lado dos Aliados – revela as contradições internas do governo Vargas. Ao mesmo tempo em que assumia uma postura fascista em relação ao controle do comportamento social, auxiliou no combate ao nazismo e ao fascismo ao longo da Segunda Guerra. Com a vitória dos Aliados em 1945, o mundo passou a viver uma onde democrática e a ditadura do Estado Novo perdeu sua razão de existir.

A “transição democrática”

Terminada a Segunda Guerra, o Brasil viu caminhos para reestabelecer a democracia interna. Para trilhar esse caminho, foi concedida anistia e liberdade aos presos políticos, bem como foram anunciadas eleições para o final de 1945. Uma nova Assembleia Constituinte foi convocada com o objetivo de reformar as leis nacionais. Por fim, a censura foi proibida e uma nova reorganização partidária entrou em vigor. O PCB (Partido Comunista Brasileiro) voltou à legalidade, o PSD (Partido Social Democrático) ganhou vida por ser ligado à Vargas e possuir um viés mais conservador. A UDN (União Democrática Nacional) passou a ser oposição liberal a Vargas; era ligada ao capital estrangeiro. Por fim, o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) aglutinou trabalhadores e sindicatos em torno de Vargas; daí nasce a alcunha de “Pai dos Pobres”. Vargas, nesse momento, já assume uma faceta nacionalista, afastando-se do rótulo de ditador. O PCB, junto com o PTB, apoia a candidatura de Vargas, já que era este considerado o “mal menor”. Chamamos esse momento de Queremismo.

Contados os votos, o General Dutra, ex-ministro de Vargas, vence as eleições.

A República Populista (1946 – atual)

Uma nova Constituição foi formulada em 1946. Ela garantiu a independência e o equilíbrio entre os poderes, além da autonomia dos estados e a garantia dos direitos individuais.

No contexto da Guerra Fria, o presidente Dutra rompe relações diplomáticas com a URSS e coloca, novamente, o PCB na ilegalidade a partir de uma Doutrina de Segurança Nacional.

Nesse momento é possível verificar também a forte influência do capital estrangeiro no Brasil, o que caracteriza a dependência brasileira.

Em 1951 Vargas vence eleições constitucionais através de uma dobradinha entre o PSD e o PTB. É um segundo mandato de Vargas, retomando o poder ainda mais nacionalista. Essa fase é importante porque é nesse período que se verifica a criação de um Frente de Intervenção Estatal com a fundação da Petrobrás em 1953. Desenhava-se no horizonte um Vargas diferente que logo assume seu nacionalismo também na área econômica. A Lei de Remessa de Lucros enviada ao Congresso limitaria em 10% o envio do lucro de empresas estrangeiras estabelecidas no Brasil às suas matrizes no exterior. Em relação aos trabalhadores, seu Ministro João Goulart, dobra o salário mínimo, o que faz com que setores ligados ao capital estrangeiro organizem-se em torno da UDN contra Vargas.

Em agosto de 1954, a imprensa noticia o “crime da Rua Toneleiros”. Segundo a notícia, Carlos Lacerda, eloquente líder da UDN, teria sido vítima de uma tentativa de assassinato, onde o Major da Aeronáutica, Rubens Vaz, acabou morto. A guarda presidencial de Vargas foi acusada de envolvimento. Vargas foi forçado a renunciar, mas seu fim é o suicídio no dia 24 de agosto daquele ano.

A carta deixada por Vargas revela muito da instabilidade política que o Brasil vivia.

Com Vargas fora da cena política brasileira, o país passa por uma instabilidade muito grande. Em 16 meses, foram três Presidentes no cargo. Finalmente, em 1956, Juscelino Kubitschek é eleito.



Link da apostila para download em formato de impressão. 

Impeachment

Nota: Este texto nada tem a ver com o processo de impeachment vigente no legislativo brasileiro. Ele é meramente informativo, destinado aos vestibulandos e não opina sobre a constitucionalidade do processo.

É diária a notícia sobre o processo de impeachment que recai sobre a Presidenta da República. Nos últimos meses, aprendemos através da mídia o que é impeachment... Será?

Tendemos a traduzir impeachment como “impedimento”, já que aquilo que nos é mostrado diariamente é que, aprovado o impeachment da Presidenta, ela estaria impedida de continuar no cargo. No entanto, etimologicamente, ou seja, a partir do estudo da evolução da palavra, impeachment traduzido por “impedimento” pode ser inadequado. O linguista Aldo Bizzocchi, em seu blog para a Revista Língua, faz uma breve análise da origem da palavra.

À História, interessa saber que impeachment é um processo legal, previsto na Constituição de 1988 (se quiser saber mais sobre as Constituições do Brasil, acesse aqui outro texto) que visa punir autoridades do Executivo (Prefeitos, Governadores e Presidentes) ou do Judiciário do contra crimes de responsabilidade. A sentença é aplicada pelo Legislativo, seja o estadual ou o federal. A Constituição, em seu artigo 85, versa sobre esses crimes de responsabilidade, em especial quando eles recaem sobre a Presidência da República. Diz ela:

Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.

Além dos eventos relatados na Constituição, também existe um entendimento de que os crimes de responsabilidade podem ser contra a probidade administrativa. Esse é o caso do processo que corre conta a Presidenta e não, como muitos pensam, sobre a Operação Lava-Jato (ao menos por enquanto).

Em 1992 o Brasil já passou por um momento político semelhante. O então presidente Fernando Collor de Mello sofreu um processo de impeachment, sendo retirado do poder além de ter ficado inelegível por oito anos. Em seu lugar, assumiu o vice, Itamar Franco, que governou o país até o ano de 1995.

No caso de Collor, além dos problemas relacionados à economia, sobretudo à inflação que chegava a 400% acumulados ao ano, uma série de denúncias de corrupção foi revelada à imprensa pelo seu irmão, Pedro Collor de Mello. Entre elas, a da existência de um esquema de lavagem de dinheiro no exterior comandado por Paulo César (PC) Farias, tesoureiro da campanha eleitoral de 1989.

Coube ao Congresso instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso, comprovando, mais tarde, o envolvimento do Presidente com inúmeros casos ilícitos.

Collor ainda tentou dois artifícios para se manter no cargo. Primeiro fez um apelo aos seus eleitores para que fosse às ruas barrar o processo. Não foi atendido. No lugar da defesa, muitos exigiram a cassação do mandato, sobretudo estudantes que receberam o nome de “caras pintadas” pela imprensa da época. Sem apoio popular, Collor tentou renunciar para manter seus direitos políticos. Não adiantou. Em dezembro foi considerado culpado ficando inelegível por dois mandatos.

Collor é, atualmente, Senador da República por Alagoas.

ALGUMAS QUESTÕES SOBRE O TEMA

1- (FUVEST 2012)

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse nesta segunda-feira [30/5] que o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello foi apenas um “acidente” na história do Brasil. Sarney minimizou o episódio em que Collor, que atualmente é senador, teve seus direitos políticos cassados pelo Congresso Nacional.

“Eu não posso censurar os historiadores que foram encarregados de fazer a história. Mas acho que talvez esse episódio seja apenas um acidente que não devia ter acontecido na história do Brasil”, disse o presidente do Senado.
Correio Braziliense, 30/05/2011.

Sobre o “episódio” mencionado na notícia acima, pode-se dizer acertadamente que foi um acontecimento

A) de grande impacto na história recente do Brasil e teve efeitos negativos na trajetória política de Fernando Collor, o que faz com que seus atuais aliados se empenhem em desmerecer este episódio, tentando diminuir a importância que realmente teve.

B) nebuloso e pouco estudado pelos historiadores, que, em sua maioria, trataram de censurá-lo, impedindo uma justa e equilibrada compreensão dos fatos que o envolvem.

C) acidental, na medida em que o impeachment de Fernando Collor foi considerado ilegal pelo Supremo Tribunal Federal, o que, aliás, possibilitou seu posterior retorno à cena política nacional, agora como senador.

D) menor na história política recente do Brasil, o que permite tomar a censura em torno dele, promovida oficialmente pelo Senado Federal, como um episódio ainda menos significativo.

E) indesejado pela imensa maioria dos brasileiros, o que provocou uma onda de comoção popular e permitiu o retorno triunfal de Fernando Collor à cena política, sendo candidato conduzido por mais duas vezes ao segundo turno das eleições presidenciais.

2- (ENEM 2011)


Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 17 abr. 2010 (adaptado). (Foto: Reprodução/Enem)

O movimento representado na imagem, do início dos anos de 1990, arrebatou milhares de jovens no Brasil. Nesse contexto, a juventude, movida por um forte sentimento cívico,

A) aliou-se aos partidos de oposição e organizou a campanha Diretas Já.

B) manifestou-se contra a corrupção e pressionou pela aprovação da Lei da Ficha Limpa.

C) engajou-se nos protestos relâmpago e utilizou a internet para agendar suas manifestações.

D) espelhou-se no movimento estudantil de 1968 e protagonizou ações revolucionárias armadas.

E) tornou-se porta-voz da sociedade e influenciou no processo de impeachment do então presidente Collor.





GABARITO
1- A / 2 E

(nível: fácil)



REFERÊNCIA

JUSBRASIL. O que é impeachment. Disponível em http://gabrielmarques.jusbrasil.com.br/artigos/172450520/o-que-e-impeachment Acesso em 30 mar. 2016.

Macarthismo

A motivação para este pequeno resumo vem dos atuais acontecimentos no Brasil. É preciso deixar claro, no entanto, que a História não é uma simples repetição de fatos, como num ciclo infindável, mas consegue nos auxiliar nas interpretações de práticas e comportamentos sociais.

Quando me refiro aos acontecimentos brasileiros, falo, em especial, de casos de intolerância que beiram à neurose de outras – sombrias – épocas. São eventos como a agressão sofrida pelo arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, por uma mulher que, segundo algumas fontes, o taxou de “comunista infiltrado na Igreja”, juntamente com a CNBB1; como o do menino ameaçado porque vestia uma camisa vermelha imitando a bandeira da Suíça (sic)2; ou da mãe que teve negada uma consulta pediátrica ao seu filho por uma médica pelo suposto fato de pertencer ao PT3.

Esses casos tiveram repercussão na imprensa (e eu tomei bastante cuidado em não usar como fontes apenas sites mais “partidarizados”, buscando evidências em portais de grande mídia, igualmente partidarizados, mas, em geral, em oposição ao evento contado), mas, certamente, outros têm acontecido no Brasil graças à polarização que tomou conta do cenário político nacional.

**

Durante a década de 1950, após o final da Segunda Guerra Mundial, portanto, inaugurou-se nos EUA uma histeria anticomunista que tinha no Senador Joseph McCarthy seu principal ator. Eram tempos de luta pela hegemonia mundial num mundo dividido ideologicamente entre os dois polos vencedores da guerra: EUA e URSS.

Assim, naquele período, uma série de medidas foi tomada no país da América do Norte com o objetivo de eliminar um pretenso “perigo vermelho”. Ainda em 1950, por exemplo, todos aqueles que simpatizassem com o comunismo precisariam se registrar. Outra ação foi a criação do “Comitê de Atividades Antiamericanas”, cujo objetivo era procurar, julgar e condenar qualquer pessoa que se alinhasse de forma mais progressiva frente à politica estadunidense.

O cenário foi de clara intervenção nas liberdades políticas e individuais de várias pessoas, dentre elas personalidades do cinema, cientistas e ativistas políticos, muitos deles sem qualquer envolvimento com ideias ditas de Esquerda.

CITAÇÕES E REFERêNCIAS

1“Dom Odilo é agredido em missa que marca início da celebração da Páscoa” http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2016/03/dom-odilo-e-agredido-em-missa-que-marca-inicio-da-celebracao-da-pascoa.html Acessado em 25 mar. 2016
“Vídeo do “Jornalistas Livres” que mostra a agressão a Dom Odilio”
https://www.youtube.com/watch?v=8BW95yMv0I0 Acessado em 25 mar. 2016
1“Não aceitamos que partidos se aproveitem para dar golpe, diz bispo” http://www.jb.com.br/pais/noticias/2016/03/21/nao-aceitamos-que-partidos-se-aproveitem-para-dar-golpe-diz-bispo/ Acessado em 25 mar. 2016
2“Polarização cria 'bullying político' em escolas”
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/03/160322_salasocial_polarizacao_criancas_if Acessado em 25 mar. 2016
3“Ex-secretária de Estado do RS diz que pediatra recusou atendimento por motivos políticos” http://extra.globo.com/noticias/brasil/ex-secretaria-de-estado-do-rs-diz-que-pediatra-recusou-atendimento-por-motivos-politicos-18949292.html Acessado em 25 mar. 2016


ALGUMAS QUESTÕES SOBRE O TEMA

1- (FGV-SP) Podemos definir o macarthismo como:

A) Uma dura campanha de investigações dirigida por parlamentares norte-americanos, voltada a quem fosse considerado suspeito de subversão ou colaboração com os países comunistas.
B) Uma campanha antissemita que se estabeleceu nos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial e que investigava as vinculações entre os judeus e os dirigentes soviéticos.
C) Uma campanha de investigações que se voltou contra sindicalistas, intelectuais e cientistas e poupou os artistas de Hollywood, os diretores de cinema e os escritores norte-americanos.
D) Uma campanha publicitária que procurava enaltecer o senador Joseph McCarthy, candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos da América e que era profundamente anticomunista.
E) Uma política de aproximação entre os EUA e a União Soviética liderada, na década de 1940, pelo socialista Joseph McCarthy, em virtude da necessidade de derrotar o nazifascismo.


2- Leia o trecho abaixo:

“[...] telefonou-me um comissário da polícia federal; segundo ordem que recebera, avisava-me que eu devia aguardar convocação para comparecer, em Washington, perante a Comissão de Atividades Antiamericanas. Éramos dezenove notificados. […] passei telegrama aos convocadores, acentuando que tinha em suspenso uma vasta empresa, com prejuízos sensíveis […]. Contudo – concluí –, como declaração prévia, posso desde logo adiantar que não sou comunista, nem jamais me inscrevi em qualquer partido ou organização política, sendo apenas o que se chama 'um pacifista'. Espero que isso não chocará (sic) a Comissão.
Atenciosamente, Charles Chaplin.”
CHAPLIN, Charles. Minha Vida. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989.

A investigação de pessoas envolvidas com “atividades antiamericanas” atingiu diversos setores da sociedade estadunidense durante a década de 1950, inclusive os grupos artísticos de Hollywood. No contexto da Guerra Fria, essas investigações e perseguições deflagradas pelo macarthismo associavam o antiamericanismo ao:

A) fascismo.
B) nazismo.
C) nacionalismo.
D) comunismo.
E) liberalismo

GABARITO:
1- A // 2- D
(nível: fácil)

Constituições

Ainda sobre todo o cenário que envolve o Brasil, sobretudo aquele que invade a cena política, muito se tem falado sobre o que é ou não constitucional. Deixando de lado, por agora, algumas paixões ideológicas, foquemos no que é, para quê serve e qual é a História das Constituições brasileiras.

A Constituição é a compilação das máximas Leis de um país. A que vigora no Brasil data de 1988 e é conhecida como “Constituição Cidadã” porque marca, naquele período, uma fase de mudanças rumo à democracia depois de mais de vinte anos de regime militar. Mais à frente retornaremos a ela.

Além da de 1988, existiram mais seis Constituições no Brasil. Todas seguiram as linhas conjunturais históricas, retratando bem o que era o país de suas épocas.

A primeira Constituição do Brasil independente data do ano de 1824. Naquela época, o regime de governo era o império e a Constituição garantia a manutenção desse poder, dando muito valor ao “Poder Moderador”, de uso exclusivo do Imperador e que lhe garantia poderes ilimitados, caracterizando um país autoritário. Fato curioso era que a Constituição garantia também regalias às classes mais abastadas. Só gozava de direitos políticos aqueles que possuíssem renda igual ou superior a 150 alqueires de farinha de mandioca. Por esse fato, a Constituição de 1824 também passou a ser conhecida como “Constituição da Mandioca”.

Em 1891 uma nova Constituição entrou em vigor. Nela, os princípios do Positivismo* apareciam bem claros. A ideia de progresso através da ordem começava a nascer, mesmo que o atual lema da nossa bandeira republicana ainda não vigorasse. O texto constitucional tinha por base a Constituição dos EUA e foi o primeiro momento onde aparece a igualdade legal entre os cidadãos: “todos são iguais perante a lei”.

Uma nova Constituição só foi escrita em 1934, já no Brasil República, após o golpe de Vargas, em 1930. Essa nova redação tem muito a ver com o movimento Constitucionalista (A Revolta Constitucionalista) que estourou na cidade de São Paulo naquela época. Foi nesse documento que o direito ao voto secreto aparece pela primeira vez no lugar da farra do voto aberto do começo da República.

Em 1937, ainda com Vargas no poder, estabeleceu-se um novo texto constitucional. Os anos de 1930 estavam encharcados de totalitarismos. O mundo estava às portas de um novo conflito mundial, com potência ainda mais avassaladora do que a Primeira Guerra. Vargas assume uma postura ambígua, apoiando, naquele momento, os países do Eixo. Era época da Ditadura Varguista (Estado Novo) e nossa Constituição era uma cópia mal feita da Constituição da Polônia, à época sob regime totalitário. Essa Constituição ficou conhecida como “Polaca” e excluiu, por exemplo, o direito às greves.

Já em 1946, o mundo assiste ao lapso da democracia após a derrota do nazifascismo na Segunda Guerra Mundial. O Brasil não fica indiferente ao momento e estabelece uma nova Assembleia Constituinte com o objetivo de elaborar um novo código de leis para o Brasil. Esse documento retoma o ideal democrático do pós-guerra com o ressurgimento da liberdade de expressão e dos direitos individuais. A nova Constituição foi promulgada por Eurico Gaspar Dutra, ex-ministro de Vargas.

Em 1964 o Brasil sofre com o Golpe militar que impõe a ditadura. A Constituição atual, do pós-guerra, não combinava com a ideia de controle sobre as massas, características dos regimes fechados. Então, em 1967, um novo documento foi escrito, garantindo maior controle legal sobre a atuação de partidos políticos, sindicatos e suprimindo as liberdades individuais. Era a Constituição da Ditadura que foi sendo abastecida com os treze Atos Institucionais, sendo o quinto – o AI-5 – o mais famoso e cruel de todos.

Finalmente em 1988, após anos de repressão, o Brasil tem um código de leis alinhado com a democracia. É a Constituição cidadã mencionada no início do texto, criada a partir da Assembleia Constituinte, liderada por Ulysses Guimarães. A Constituição de 1988 espantou o Regime Militar e garantiu ampla liberdade de expressão e política. Entre outas conquistas individuais e coletivas, restabeleceu os três poderes da República, harmônicos e independentes, transformou o racismo em crime além de devolver o direito do habeas corpus.

Mas, como já mencionado, a Constituição de um país é fruto do seu momento histórico. A ditadura militar impôs mais de 20 anos de obscuridades ao país. O clamor popular pela volta da democracia foi, sem dúvida alguma, a mola mestra para o estabelecimento do novo texto constitucional.

*Positivismo: Mesmo que seja tema para outro texto, é bom esclarecer que o Positivismo foi uma das primeiras formas de pensamento social. Foi uma corrente que tentou organizar alguns princípios a respeito do homem e da sociedade, tentando explicá-los cientificamente. Seu principal pensador foi o francês Auguste Comte (1798-1857).

Afinal, o que é Fascismo?

Num cenário de petralhas, coxinhas, fascistas e democratas, podemos nos perder nos conceitos. Parte da História deve ser preocupar com a criação de conceitos. Em todo o tempo histórico, vários termos foram criados e explicitados. Não temos, por exemplo, muita dificuldade em informar que "democracia" é um governo do povo, onde a vontade da maioria, em tese, prevalece sobre a da minoria. Mas e os outros?

“Petralha” é um termo comum que une petista (cidadão que tem no Partido dos Trabalhadores, o PT, seu aporte ideológico) e Irmãos Metralha, grupo fictício que, no desenho DuckTales, tenta assaltar o cofre do Tio Patinhas, um dos principais personagens da série. Da junção dos dois nasceu “petralha”, certamente criado por alguém contrário ao governo do PT no Brasil.

Desvendar o porquê da adoção do termo “Coxinha” àqueles que fazem oposição ao governo atual não é tarefa muito simples. Já perguntei a um monte de gente e ninguém – até aqueles que se utilizam do termo – sabe direito o motivo do uso. Achei, navegando pela internet, este link que, talvez, clareie nossas ideias: http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/2012/04/1078798-tipicamente-paulistana-giria-coxinha-tem-origem-controversa.shtml

No entanto, minha ideia com este texto é didática. O termo “fascista” tem sido usado de forma repetitiva nos últimos dias. Muitas das vezes sem cuidado algum. O que tenho visto é que existe gente apontando o outro como fascista quando isso não é verdade. Será que todo mundo sabe o que significa exatamente o termo?

É à História que recorremos para tentar responde a questão.

Os regimes fascistas que assolaram a Europa foram a resposta política para a crise ocasionada pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Também foram movimentos de revanche às punições estabelecidas pelos vencedores aos perdedores daquele conflito. Esses regimes são igualmente conhecidos como regimes totalitários. Veja:

Totalitarismo vem de “todo”, “total” e prega uma inversão na lógica liberal burguesa pautada no Iluminismo do século XVIII. Nesse sistema, o Estado é o mais importante – os indivíduos não teriam direitos, mas sim deveres com o Estado. Nada deveria existir acima, fora ou contra o Estado. Uma grande diferença para a democracia atual, onde é possível até processar o Estado.

Os totalitarismos também negam o liberalismo porque afirmam ser essa corrente econômica a responsável pela crise do capitalismo na década de 1920. O líder é visto como o portador da “vontade da nação”, ou seja, existe um culto ao líder e uma negação aos três poderes (executivo legislativo e judiciário).

Outras características importantes que precisamos ter em mente sobre os regimes totalitários fascistas são:

Nacionalismo: Noção de que “o meu país é superior”. A nação seria a mais alta forma de sociedade.

Romantismo: O presente é ruim, vergonhoso e desacreditado. É necessário, pois, voltar aos áureos tempos de glória do passado.

Violência: Noção contrária à democracia porque negam a diversidade, o debate, o contraditório etc. Para desenvolver o Estado, alegam ser necessário recorrer à violência. A própria 2ª Guerra Mundial foi, mais à frente, vista como um conflito regenerador.

Inimigos: Criar inimigos era fundamental para legitimar o regime.

O filósofo Leandro KONDER lançou já há algum tempo o livro “Introdução ao Fascismo”. Aconselho fortemente a leitura. Suas ideias iniciais no livro me ajudaram a finalizar este texto. Já no primeiro capítulo KONDER pergunta: “O que é o fascismo?” E responde dizendo que, mesmo que tenha repulsa por ele, não pode deixar de considerá-lo “um dos fenômenos políticos mais significativos do século XX”.

Mais à frente, volta a nos ensinar que “nem todo movimento reacionário é fascista. Nem toda repressão – por mais feroz que seja – exercida em nome da conservação de privilégios de classe ou casta é fascista. O conceito de fascismo não se deixa reduzir, por outro lado, aos conceitos de ditadura ou de autoritarismo”. Em resumo, são coisas distintas e assunto para outra publicação.


REFERÊNCIA

KONDER, Leandro. Introdução ao fascismo. 2 ed. São Paulo: Expressão Popular, 2009.


Watergate


O clima político esquentou no Brasil depois da divulgação das escutas telefônicas envolvendo políticos e até a Presidenta da República pela mídia. Uma série de reações, contrárias e favoráveis, surgiu, sobretudo na Internet. Ocorreu que o juiz da OPERAÇÃO LAVA JATO, Sérgio Moro, autorizou o “grampo” nos telefones vinculados ao ex-presidente Lula. Segundo informações, fez essa determinação porque Lula está na condição de investigado da Operação. Mesmo determinando, após um período, o fim das escutas, colheu conversas comprometedoras entre políticos e as divulgou.

Escutas telefônicas só podem acontecer com autorização judicial. Prevalece, sem essa decisão, a impessoalidade, a privacidade, o sigilo e a liberdade de expressão num Estado de Direito Democrático. No caso da escuta de um chefe do Executivo, somente o Supremo Tribunal Federal – STF, maior corte do país, pode autorizar tal ação.

Conforme divulgou a Empresa Brasil de Comunicação – EBC, o juiz Sérgio Moro citou, em despacho, o CASO WATERGATE para justificar o grampo entre Dilma e Lula. Mas, afinal, do que se trata o CASO WATERGATE?

O escândalo de Watergate foi um dos mais importantes fatos da política interna dos EUA.
Em 1972, um grupo de simpatizantes do Partido Republicano foi considerado culpado por invadir a sede do Partido Democrata, nos edifícios Watergate, em Washington, para instalar escutas e microfones para espionagem. Era ano de eleição presidencial no país e a polarização característica entre Democratas e Republicanos chegava a níveis elevados.

*
PARA LEMBRAR: Considerando a estranha relação da política americana com suas ideologias, os Republicanos são aquele grupo político que adota, geralmente, posturas mais ortodoxas em campos como a economia e os direitos sociais. Os Democratas são mais flexíveis e fazem algumas concessões. Essa, no entanto, é uma visão que depende da conjuntura histórica de cada época.
*

Após a prisão do grupo envolvido na artimanha da gravação, novos fatos começaram a surgir, dentre eles, um esquema para impedir que investigações maiores fossem efetivadas pela justiça. O Congresso exigiu que o processo de impeachment fosse instaurado contra Nixon por entender que, com sua influência, o presidente tinha obstruído a justiça.

Em 1974 Nixon renuncia. Morreu em 1994.

Pichação é arte?

Dando continuidade à primeira aula de Cultura e Arte, complemento o debate de sala com alguns materiais que garimpei pela Internet.

Depois que conversamos sobre o conceito de arte, chegamos a uma primeira interrogação: pichação é arte? Os dois textos abaixo trazem visões distintas e se posicionam quando à pergunta. Cliquem nos trechos para terem acesso às palavras na íntegra:

o ato de pichar é um efeito colateral do sistema. É a devolução, com ódio, de tudo de ruim que foi imposto ao jovem da periferia. Muitos garotos tratados como marginais nas delegacias, mesmo quando são vítimas, ridicularizados em escolas públicas ruins e obrigados a viajar num sistema de transporte de péssima qualidade devolvem essa raiva na forma de assaltos, seqüestros e crimes.
[texto de João Wainer para a revista Superinteressante]
A prática de pichar é condenada pelo artigo 65 da Lei dos Crimes Ambientais, número 9.605/98, e que estabelece punição de três meses a um ano de cadeia, além do pagamento de multa àquele que "pichar, grafitar ou, por outro meio, conspurcar edificação ou monumento urbano". No entanto, há uma grande dificuldade em punir quem pratica tal ato, principalmente pela falta de provas, já que as práticas são cometidas durante as madrugadas.
[texto de Janguiê Diniz para o site “LeiaJá”/IG]

Além dos dois, também achei interessante este documentário. Ele será exibido também em sala. Acrescento-o aqui caso alguém queira assistir alguma outra vez:

Apostila

Em breve disponibilizarei uma apostila com os principais assuntos abordados pelo ENEM e pelos exames Vestibulares, sobretudo os Exames de Qualificação da UERJ que é o nosso foco principal.

A princípio o material conta com temas de História, mas a ideia é ampliar para Sociologia e Filosofia dando, assim, maior base para a área de Ciências Humanas (Geografia vou ficar devendo...).

Ressalto que o material apenas serve como auxílio. Priorize o seu tempo de aula e abuse do material que a sua escola e/ou curso fornece. O tempo que você tem com seus professores e com seus colegas é fundamental para a sua aprovação. Da mesma forma, o material utilizado pela sua escola foi, certamente, analisado por muitos professores, por isso ele tem o seu valor.

Por último, o material é gratuito. Você só terá custo com a impressão e mesmo assim só se quiser.

E como você me ajuda? Divulgando e pedindo que os seus colegas preencham o formulário abaixo para receber o material.

Aquele abraço.

[CNSG] Horário das recuperações da P2

Atenção aos horários das P2:


901 e 902 2ª FEIRA – 30/11 9h50min às 11h25min História

3000 2ª FEIRA – 30/11 8h às 9h30min Filosofia

3000 4ª FEIRA – 02/12 9h50min às 11h25min História

1000 5ª FEIRA – 03/12 9h50min às 11h25min Filosofia

1000 6ª FEIRA – 04/12 8h às 9h30min História

2000 6ª FEIRA – 04/12 9h50min às 11h25min História

2000 2ª FEIRA – 07/12 9h50min às 11h25min Filosofia

[CNSG] Gabaritos de Filosofia

Gabarito das provas de Filosofia aplicadas às turmas 1000, 2000 e 3000 em 25/11/2015

Prova 244 – turma 1000

1- A
2- D
3- A
4- B
5- B
6- D
7- A
8- A
9- C

Prova 245 – turma 2000

1- A
2- B
3- A
4- A
5- A
6- D
7- A
8- A

Prova 246 – turma 3000

1- A
2- A
3- A
4- C
5- A
6- C
7- C

[CNSG] Gabarito P2

Gabarito das P2 de História aplicadas no dia 23/11/2015 às turmas 901, 902, 1000, 2000 e 3000.

Prova 239 – Turma 902
1- B
2- C
3- B
4- A
5- C
6- B
7- C
8- E
9- D
10- C

Prova 240 – Turma 901
1- A
2- D
3- E
4- C
5- A
6- B
7- D
8- E
9- D
10- C

Prova 241 – Turma 3000
1- A
2- A
3- E
4- B
5- B
6- A
7- C
8- C
9- B
10- A

Prova 242 – Turma 1000
1- B
2- D
3- D
4- E
5- E
6- D
7- D
8- B
9- C
10- D

Prova 243 – Turma 2000
1- C
2- E
3- E
4- E
5- B
6- B
7- B
8- D
9- E
10- D

Achou uma carta de uma desconhecido?

Legal! Você deve estar aqui porque achou uma carta “perdida” na rua. O acaso te escolheu.

Em primeiro lugar, esperamos que você tenha gostado de ler o que te escreveram. Se você tiver alguma coisa a dizer, seja em resposta ao texto que te enviaram ou qualquer outra coisa sobre o que sentiu ao receber a carta, aqui é o lugar. Logo aqui em baixo, após este texto, você tem a possibilidade de deixar um recado que será lido e compartilhado por nós.

Se você ainda tem alguma dúvida sobre o que está acontecendo, vamos lá!

A mensagem que você recebeu faz parte do projeto “Hackeando a cidade”. Ele está sendo desenvolvido no Colégio Estadual Canadá, localizado no bairro de Olaria, na cidade de Nova Friburgo, RJ, por alunos do 1º ano do Ensino Médio Integral (ProEMI).

Nosso objetivo é intervir na cidade de forma prática, bem humorada e criativa. Para isso, debatemos ao longo dos últimos dias várias formas para criar um “Ativismo Urbano”. Se quiser saber mais sobre isso, aconselhamos que veja o vídeo abaixo:


Nossa primeira ação foi escrever cartas para desconhecidos.

Vivemos numa era dita da comunicação, mas estamos nos afastando, não acha? É um contrassenso verificar que temos tanta facilidade de comunicação e nos falamos cada vez menos. Perdemos o olho no olho, o toque e a transmissão de sentimentos. Queremos resgatar isso, mas de forma gradativa. Pensamos, então, em retomar uma prática antiga: escrever cartas pessoais. Você já recebeu alguma?

Atualmente, os Correios só entregam contas, não é mesmo? Não seria legal ler alguma coisa do próprio punho de alguém que está longe e te faz falta? Seja um parente ou um amigo, é inegável que ver a letra da pessoa é muito melhor do que ler apenas textos digitais. Nada contra, no entanto; também gostamos do Whatsapp ou do Facebook!

Agora que você recebeu a carta, diga aí em baixo o que achou dela ou do projeto. Dissemine a ideia escrevendo para mais gente. Faça o carteiro da sua rua andar mais =)

Pretendemos, em breve, criar novos projetos e esperamos ter você como um auxiliar.

• As cartas são propositalmente anônimas para não expor seus autores.

COMO COMENTAR

Logo aqui em baixo existe uma caixa de comentários. Use-a para entrar em contato.

[CNSG] Liberados da P2

Alunos liberados da P2

Turma 3000

Filosofia

Beatriz - Média 9,4
Milena Barrozo - Média 7,2




História

Beatriz - Média 9,9
Letícia - Média 8,4
Milena Barrozo - Média 7,9
Milena Pereira - Média 7,3

Turma 2000

Filosofia

Anna Paula - Média 9,5
Beatriz - Média 8,9
Daniel Poleti - Média 9,5
José Cleto - Média 8,1
Kiara - Média 9,8
Lucas Romero - Média 9,2
Nayara - Média 7,9
Thiago - 8,4

História

Anna Paula - Média 9,0
Daniel Poleti - Média 8,0
Kiara - Média 9,3

Turma 1000

Filosofia

Nenhum aluno

História

Nenhum aluno

Turma 901

História

Beatriz - Média 8,6
Bruna - Média 7,3
Erick - Média 7,9
Ghabriel - Média 8,9
Lucas da SIlva Freitas - Média 7,5

Turma 902

História

Heitor - Média 8,6

Gabarito 233

Disciplina: História
Turma: 3000 - 3º ano
Colégio: CNSG
Aplicada em: 30/10/2015

Padrão de respostas

1- a) A caricatura de D. Pedro II, feita por Angelo Agostini, invoca a imagem de um imperador ausente. Adormecido, o monarca aparenta estar completamente alheio ao panorama da política nacional, sem perceber as transformações políticas, sociais e econômicas que estavam ocorrendo e culminariam na Proclamação da República.

b) A crise do Segundo Reinado decorre, entre outras questões, do isolamento cada vez maior de D. Pedro II. A oposição entre abolicionistas e conservadores, defensores da manutenção da escravidão, faz com que D. Pedro perca, sucessivamente, o apoio das elites e do Exército que, no final do século XIX, ganhou força e prestígio social após a vitória da Guerra do Paraguai. Outro fator que poderia ser citado é a crise religiosa que opõe a Igreja à Monarquia, além do crescimento de ideias positivistas que reclamam pela proclamação da república. Pode-se destacar, também, os cafeicultores do Oeste Paulista, conhecidos como Republicanos Históricos, que lançam o Manifesto Republicano em 1870, rompendo com a monarquia e propondo um governo de caráter federalista.

2- O primeiro quadro, pintado por um brasileiro, traz elementos que destacam uma visão heroica e de exaltação da vitória sobre o Paraguai. Os soldados estão acenando com seus chapéus e comemorando a destruição da frota inimiga, em chamas ao fundo. O segundo quadro, pintado por um uruguaio, apresenta elementos que demonstram um visão mais crítica, de Renúncia das consequências da guerra. Uma mulher solitária observa corpos de soldados e material bélico destruído em um cenário arrasado pelos combates.

3- a) Origem remota: a adoção do trabalho escravo no Brasil Colônia, prolongando-o até quase ao final do Período Imperial. Origem recente: a não-integração do negro na sociedade de classes e sua consequente marginalização no seio da população brasileira.

b) A presença dos negros em atividades subalternas e mal remuneradas – geralmente em condições de subemprego e relacionadas com o trabalho braçal.

4- a) Revolução Francesa ou Império Napoleônico

b) O princípio da legitimidade que visava restaurar os Estados europeus aos seus monarcas legítimos, isto é, os que governavam antes da Revolução Francesa, outra proposta era restabelecer as fronteiras nacionais desse mesmo período e o outro era do equilíbrio europeu, que fundamentava-se no restabelecimento das relações de força entre as potência europeias, através da divisão territorial do continente e também da posse de colônias.

5- A Bastilha era uma carceragem utilizada pelo regime absolutista francês para aprisionar seus inimigos políticos. Sua queda, em 1789, representou simbolicamente a vitória dos ideais revolucionários diante do Antigo Regime e o início da Revolução Francesa, movimento que ajudou a consolidar as ideias iluministas, base da filosofia liberal. A ordem política da maioria das sociedades ocidentais contemporâneas - a democracia liberal - é devedora de muitas dessas propostas, tais como direito ao voto, soberania popular, cidadania política, liberdade de religião, liberdade de expressão, igualdade perante a lei, sistema político representativo, estabelecimento do sistema republicano, estabelecimento de regimes parlamentares e divisão do poder político em três instâncias - Executivo, Legislativo e Judiciário. 

6 a) O trecho traz a ideia de um “encontro pacífico”, portanto, positiva, muito embora seja desejável que o aluno sinalize que existam muitas diferenças políticas, culturais e linguísticas entre os dois grupos. Assim, essa passividade logo seria substituída pela imposição da força por parte do europeu sobre o nativo brasileiro.

b) O próprio trecho disponível já menciona algumas características dos nativos que, certamente, provocaram certa curiosidade a Pero Vaz de Caminha. Exemplo claro é a língua, muito diferente do português europeu. Ao chegar às terras da América, o europeu deparou-se com grande quantidade de idiomas e dialetos falados, com estruturas linguísticas diferenciadas. O aluno pode citar também a questão religiosa, já que os nativos organizavam-se ao redor de seitas desconhecidas e com substanciais diferenças do catolicismo, religião oficial do Reino Português. Adiante, também é interessante notar a organização política das tribos e a falta da relação de trabalho característica da Europa do século XVI; a indiferença aos metais preciosos e suas integração com a natureza, sem o caráter predatório do extrativismo comercial.

Gabarito 232

Disciplina: História
Turma: 2000 - 2º ano
Colégio: CNSG
Aplicada em: 30/10/2015

Padrão de respostas:

1- O aluno deveria mencionar que, para Say, economista liberal, toda oferta gera demanda, ou seja, oferta e demanda são “identidades”. Essa lei dizia que a “oferta cria a sua própria demanda”. A Lei de Say foi usada por Keynes em sua Teoria Geral para criticar o modelo econômico vigente nos EUA à época da crise de 1929.

2- O aluno poderia mencionar que, para revolucionários de 1917, adeptos do comunismo, a identidade política e de luta dos indivíduos não se estabelecia a partir de seus laços de nacionalidade, mas sim de sua origem de classe. Sendo assim, os trabalhadores - não importando a sua nacionalidade - deveriam se unir contra o poder e a exploração internacional do capitalismo, daí a proposta de internacionalização da revolução comunista. Nesse sentido, a proposta comunista se opunha àquela apresentada pelos nacionalistas da época e assustava os dirigentes dos Estados nacionais europeus, que ainda lutavam contra outros tipos de fidelidade com os quais seus habitantes estavam acostumados: o poder multinacional da Igreja e as tradições de dependência senhorial que vinham do Antigo Regime.

3- O aluno deveria verificar que, no caso do primeiro documento, datado de 1916, expressa-se uma posição favorável à participação no conflito, em acordo com o princípio nacionalista. Para os nacionalistas, a guerra associava-se à defesa da Pátria, o que exigia a unidade do povo para defender os interesses internos. Nesse sentido, os nacionalistas atribuíram ao combate um caráter positivo e saneador, inclusive moral. No interior dessa atribuição, o soldado era visto como um herói e o entusiasmo articulava-se a um sentimento de dever para com a pátria que, por sua vez, preenchia de sentido a vida do combatente. No caso do segundo documento, datado de 1915, a posição é contrária à guerra, sendo a expressão de um princípio socialista. Mesmo considerando as tensões internas ao movimento e a existência de alguns socialistas que apoiavam a participação no conflito, a guerra é interpretada, neste documento, como um sintoma da disputa imperialista e como um entrave aos interesses dos trabalhadores

4- a) Espera-se que o aluno responda que as derrotas militares sofridas pela Rússia na Primeira Guerra Mundial causaram enormes perdas humanas e prejuízo material, contribuindo para agravar a situação de crise econômica, revolta social e desgaste político do regime czarista. Tal cenário está relacionado ao avanço da oposição (notadamente dos socialistas) e ao desenvolvimento das revoluções russas de 1917

b) Poderia ser citado que, entre os princípios da Revolução de Outubro de 1917, destacam-se os fundamentos bolcheviques sustentados por Lênin em suas “Teses de Abril”, resumidas no lema: “Paz, Pão e Terra”. Esses princípios socializantes consistiam na retirada imediata do país da I Guerra Mundial, na entrega do governo aos trabalhadores (sovietes), na reforma agrária e na nacionalização dos empreendimentos estrangeiros.

5- Na primeira metade do século XX, em meio às transformações na sociedade capitalista, o triunfo da revolução bolchevista na Rússia foi interpretado pelas esquerdas como a ruptura com o modelo calcado na propriedade privada dos meios de produção cuja crise culminaria.

6- O aluno precisaria citar que, antes de 1914, o regime czarista russo já apresentava graves contradições internas: o atraso econômico, devido à preponderância da agricultura, praticada aliás de forma arcaica; a enorme desigualdade social, com o predomínio da aristocracia fundiária, uma burguesia ainda pouco desenvolvida e a miséria do proletariado e sobretudo do campesinato; e a autocracia do czar, apesar da recente existência de uma assembleia (Duma) com poderes limitados. Essas contradições agravaram-se com as derrotas do exército russo na Primeira Guerra Mundial, que levaram à queda do czar Nicolau II e a tomada d poder pelos bolcheviques, que implantariam o primeiro Estado socialista da História.

7- O aluno deve ter em mente que a segunda revolução russa se apoiará militarmente no Exército Vermelho, responsável pela consolidação da autoridade política do regime Stalinista. Por sua vez, o modelo de desenvolvimento industrial planificado, priorizando os setores estratégicos da economia, permitirá a emergência da URSS como potência mundial.

Hackeando a cidade



[ATUALIZAÇÃO DO DIA 31/10 13h]
Pessoal:

Acabei de receber esse vídeo: http://g1.globo.com/rj/regiao-serrana/rjintertv-1edicao/videos/t/edicoes/v/geladeira-com-livros-mata-a-fome-de-leitura-em-area-central-de-nova-friburgo-no-rj/4572530/

É disso que estou falando!!


[ATUALIZAÇÃO DO DIA 31/10]

Pessoal:

Agora que já discutimos a introdução teórica sobre o projeto a ser desenvolvido, precisamos colocar a mão na massa.

Como sabem, “hackeamos a cidade” tanto na 1003 quanto na 1004. As tarefas para as próximas aulas são as seguintes:

Para a 1003 – Entregar o mapa da “sua” cidade para debatermos em sala. Como teremos uma atividade de Ensino Religioso na próxima quinta-feira, o prazo da entrega será prorrogado para a próxima semana, dia, 12/11. O calendário é apertado, portanto, não podemos mais prorrogar essa fase.

Para a 1004 – O mapa já foi entregue e avaliado. Para as próximas aulas, debateremos possibilidades de prática. Precisamos, agora, de um projeto de corpo e alma, com teoria e prática. Penso que pensem em propostas viáveis já para a próxima aula, sexta-feira, dia 06/11.

Para tentar colaborar com as ideias, sugiro visitar sempre este espaço, que será atualizado convenientemente com links e práticas que eu conseguir localizar ao longo do mundo.

Para começar, peço que visitem essa página aqui ó: http://www.hypeness.com.br/ Ela é bem bacana, e além de textos, apresenta um monte de possibilidade de práticas cotidianas que podemos colocar na nossa ordem do dia.

Se vocês quiserem interagir virtualmente, comentem sempre nesse texto. Lá em baixo tem um espaço para comentários.

Abraços!

*--*

[ATUALIZAÇÃO DO DIA 07/10] 

No quarto bimestre daremos início às atividades do projeto “Hackeando a Cidade”. Este espaço ficará como uma espécie de “mural” virtual para compartilharmos notícias referentes ao projeto, bem como trocarmos links e comentários sobre o andamento das coisas.

Em breve adicionarei links de projetos que deram certo, organizados por pessoas simples, mas com ideias geniais na cabeça.

Num primeiro momento, acessem esta página e veja alguns exemplos de gentilezas urbanas que podem ser trabalhadas por nós no “Hackeando a Cidade”

Chega de números e letras. Na Finlândia...

Dia desses comentei em sala de aula que ouvi queixas de uma mãe de aluna do pré-escolar sobre a “extensa” – segundo ela – carga livre que sua filha tinha no colégio. A indignação inexplicável nascia do fato da criança ter tempo livre demais, usado para brincadeiras e educação física. Para ela, a menina já tinha idade suficiente para entrar num ritmo de estudos sério e pra valer, ou seja, com horário e regras a cumprir.

O processo de educação é o que mais me chama atenção ultimamente. Entender cabeças, mentes e como se aprender alguma coisa é extremamente complexo. Motivador e desafiador, no entanto. Cada vez tenho mais certeza de que a estrutura escolar é um negócio chato e defasado. E pode ser em qualquer colégio: caro, barato ou gratuito. Deparo-me, dia a dia, com alunos que confundo com zumbis, completamente desconectados do mundo dos conteúdos. E pouco dispostos a mudar essa realidade.

Óbvio que reconheço que tenho culpa nesse processo, afinal, quem dá as cartas naquele recinto ainda sou eu; e mesmo que meu discurso seja de negação à sombria hierarquia tradicional, ainda mantenho nas mãos, por diversos fatores, as cartas a serem jogadas à mesa.

Agora há pouco, quando vasculhava fontes e buscava o que ler, deparei-me com esse texto: "Educação Infantil: Chega de números e letras. Na Finlândia, as crianças aprendem somente a brincar e ser feliz' [que pode ser lido clicando aqui].

A Finlândia é o país do momento quando o assunto é educação. Não posso provar nada, mas já li várias reportagem (uma, inclusive, da Ministra da Educação ou cargo equivalente de lá) que me saltaram aos olhos de tanto, digamos, progressismo educacional. É de lá que vem as ideias, completamente opostas à nossa, de deixar alunos o menos possível nas escolas, de entrar mais tarde no primeiro turno e de aniquilar conteúdos isolados, como matemática isenta de física, por exemplo. Desnecessário dizer que o país dá um suporte enorme à classe docente, coisa que não ocorre na “Pátria Educadora”.

Sou contra, sobretudo quando falamos de educação, à adoção de instruções prontas que partem de conjunturas completamente distintas das que vivemos por aqui. No entanto, é preciso avaliar, pensar e repensar práticas nossas do dia a dia escolar. É necessário rever as estruturas escolares, físicas (até!) e humanas, e parar de tapar o sol com a peneira.

Penso que ainda estamos longe, bem longe, da significância tão almejada pelo ensino. Andamos igualmente longe da realidade humana dos nossos ouvintes de sala e não temos projeto concreto algum para mudar isso. As práticas recentes – a interdisciplinaridade, por exemplo – não têm dado muito resultado ou pelo menos seus aprendizados não têm sido muito veiculados e difundidos pelas escolas do país. Ainda nos limitamos e poucos e isolados projetos que maquiam a realidade docente, com bons e regulares projetos, mas a maioria deles não têm continuidade e vivência.

Então, seja verdade ou devaneio, olhar para a Finlândia é o que temos por agora.
Estudemos.

Conteúdo P1 - Discursiva

HISTÓRIA

Turma 901 e 902 - Capítulo 13 (livro 3 - continuação do capítulo não estudado na P2 do terceiro bimestre) e Capítulo 15 (livro 4)

Turma 1000 - Aulas 45 a 54 (livro "velho")

Turma 2000 - Aulas 47 a 53 (livro "velho")

Turma 3000 - Aulas 14 a 16 (Faraday 2 - História Geral) / Aulas 5 a 8 (Faraday 2 - História do Brasil)

FILOSOFIA

Turma 1000 - Verdade e Lógica
Turma 2000 - Maquiavel, Hobbes e Locke
Turma 3000 - Lógica

Brasil: uma biografia

Pessoal:
Vídeo supimpa que sintetiza a História do Brasil baseado no livro "Brasil: uma biografia", que ando lendo com bastante entusiasmo.

Para as avaliações do quarto bimestre que já se aproximam, o minuto inicial do vídeo já ajuda bastante (isso no caso do 1º ano; o 3º deve assistir tudo e procurar se aprofundar nos temas).

Assistam e comparem a História. Vencedores e vencidos têm olhares diferentes sobre um mesmo processo. É nossa tarefa compreender todas elas.


O Encouraçado Potemkin


Filme comentado ao longo da última aula de História. Assistam ao "Encouraçado Potemkin".

Considerado um dos mais importantes filmes da história do cinema mudo, assim como, possivelmente, a maior obra de Eisenstein, Battleship Potemkin traz suas teorias de arte cinematográficas ao mundo numa atmosfera poderosa; sua ênfase na edição/montagem, seu estresse de contato intelectual, e seu tratamento de massa como protagonista, no lugar do individual. O filme conta a história do navio russo Prince Potemkin durante a revolta de 1905.

Direção: Serguei Eisenstein
Direção assistente: Grigori Aleksandrov
Produção: the 1st studio of GOSKINO (KRYUKOV; KOTOSHEV)
Roteiro: N. F. AGADZHANOVA-SHUTKO
Supervisão: J. M. BLIOKH
Trilha sonora: Symphony No. 11, Op. 103 "The Year 1905"


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