Watergate


O clima político esquentou no Brasil depois da divulgação das escutas telefônicas envolvendo políticos e até a Presidenta da República pela mídia. Uma série de reações, contrárias e favoráveis, surgiu, sobretudo na Internet. Ocorreu que o juiz da OPERAÇÃO LAVA JATO, Sérgio Moro, autorizou o “grampo” nos telefones vinculados ao ex-presidente Lula. Segundo informações, fez essa determinação porque Lula está na condição de investigado da Operação. Mesmo determinando, após um período, o fim das escutas, colheu conversas comprometedoras entre políticos e as divulgou.

Escutas telefônicas só podem acontecer com autorização judicial. Prevalece, sem essa decisão, a impessoalidade, a privacidade, o sigilo e a liberdade de expressão num Estado de Direito Democrático. No caso da escuta de um chefe do Executivo, somente o Supremo Tribunal Federal – STF, maior corte do país, pode autorizar tal ação.

Conforme divulgou a Empresa Brasil de Comunicação – EBC, o juiz Sérgio Moro citou, em despacho, o CASO WATERGATE para justificar o grampo entre Dilma e Lula. Mas, afinal, do que se trata o CASO WATERGATE?

O escândalo de Watergate foi um dos mais importantes fatos da política interna dos EUA.
Em 1972, um grupo de simpatizantes do Partido Republicano foi considerado culpado por invadir a sede do Partido Democrata, nos edifícios Watergate, em Washington, para instalar escutas e microfones para espionagem. Era ano de eleição presidencial no país e a polarização característica entre Democratas e Republicanos chegava a níveis elevados.

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PARA LEMBRAR: Considerando a estranha relação da política americana com suas ideologias, os Republicanos são aquele grupo político que adota, geralmente, posturas mais ortodoxas em campos como a economia e os direitos sociais. Os Democratas são mais flexíveis e fazem algumas concessões. Essa, no entanto, é uma visão que depende da conjuntura histórica de cada época.
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Após a prisão do grupo envolvido na artimanha da gravação, novos fatos começaram a surgir, dentre eles, um esquema para impedir que investigações maiores fossem efetivadas pela justiça. O Congresso exigiu que o processo de impeachment fosse instaurado contra Nixon por entender que, com sua influência, o presidente tinha obstruído a justiça.

Em 1974 Nixon renuncia. Morreu em 1994.


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