[UniRio] Avaliação sobre o encontro de 06/08

Amigos,

Algumas considerações pendentes sobre o encontro de hoje (06/08):

1. em primeiríssimo lugar, a dúvida de como era a letra “teta” em grego: Θ. No entanto, nada tem a ver com thete (ou tetas), a camada social ateniense;

2. sobre uma outra conversa que tive com alguns alunos, sobretudo com o Celso, a respeito do período inquisitório, não localizei os textos sobre o tema que teriam sido discutidos sob o pontificado de João Paulo II. Continuo nessa busca, mas não localizei menção alguma até agora.
ATUALIZANDO: O Celso me mandou ainda ontem o link do texto que ele fez referência em aula. Compartilho para quem tem interesse no conteúdo: https://www.facebook.com/l.php?u=https%3A%2F%2Fw2.vatican.va%2Fcontent%2Fjohn-paul-ii%2Fpt%2Fspeeches%2F1998%2Foctober%2Fdocuments%2Fhf_jp-ii_spe_19981031_simposio.html&h=eAQEFPD5Q

3. sobre a AD de Antiga: O meu cronograma fala do seu lançamento na Plataforma no dia 10/09. No entanto, já há um link para envio acessível, com data de envio final para o dia 15/08. Até a segunda ordem, respeitem esta data. Faço comentário sobre essa atividade mais abaixo. Por sugestão de alguns alunos, trataremos desse tema também pessoalmente em uma das aulas do próximo sábado;

4. sobre a AD de Medieval: Estará disponível, segundo o meu cronograma, a partir de 15/08 com data limite de postagem para 29/08;

5. envio ao Thales o link do livro que mencionei em aula "Socialismo: um utopia cristã", que pode ajudar no trabalho a ser realizado. Aqui um link para compra do livro e aqui um PDF que, depois de muito cadastro, consegui acessar.

AD 1 de Antiga

O enunciado da tarefa é bem simples: questionar o estudo da História Antiga.
Existem vários aspectos que podem ser abordados, tais como: importância do tema para a contemporaneidade; “preconceito”, inclusive no campo da História, com a valorização da História recente em detrimento da História Antiga; comparação e avaliação dos legados, sobretudo o grego e o romano para o nosso tempo etc. Deixo claro que esses são pontos que eu penso imediatamente, mas existem muitos outros que podem – e devem – ser abordados.

Você deve escrever, então, um pequeno texto (2 a 4 páginas) sobre o tema “A importância de estudar História Antiga no Brasil”.

O autor da questão frisa que é necessário uma pesquisa e uma discussão bibliográfica. Isso é praxe (e será daqui para frente). É necessário, então, que vocês recorram a textos e/ou artigos que abordem alguns desses temas para fazer uma revisão. Lembrando que ao citar trechos de terceiros é necessário referendá-los. Isso é obrigatório.

Quanto à dúvida que surgiu no final do encontro é permitida, neste caso, a utilização da primeira pessoa no texto, uma vez que um dos pontos de avaliação é o posicionamento do aluno diante do problema detectado.

Qualquer outra dúvida, continuamos nos comunicando. Logo aqui abaixo existe uma caixa para comentários que pode nos ajudar nessa comunicação. Façam uso dela.

Um abraço e bom domingo!

[CEC Rep] 6º ano Civilizações da Antiguidade: Egito e Mesopotâmia

ATENÇÃO: Este texto foi entregue em folha na sala. Se você não recebeu, solicite um cópia ao professor.
AULAS PROGRAMADAS PARA O DIA 15/08 PARA A TURMA 603

Agora que já temos algum conhecimento sobre as características do que é uma civilização, vamos nos dedicar ao estudo de duas grandes sociedades da Antiguidade: o Egito e a Mesopotâmia.
Para lembrar -- Civilização:
conjunto de aspectos peculiares à vida intelectual, artística, moral e material de uma época, de uma região, de um país ou de uma sociedade.

Em primeiro lugar, é importante perceber que esses dois povos dependiam muito dos rios, uma vez que a agricultura era fundamental para a vida. Ou seja: ou eles plantavam e colhiam para sobreviver ou as coisas ficariam ruins. Na História, quando alguma civilização depende essencialmente da água de rios (ou floresce próximo aos rios) recebe o nome de sociedade hidráulica. Tanto o Egito quanto a Mesopotâmia são, então, sociedades hidráulicas.

Para o Egito, localizado ao norte do continente africano, o rio mais importante era o Rio Nilo. Já para a Mesopotâmia, localizada onde hoje é o Iraque, dois rios eram fundamentais: o Rio Tigre e o Rio Eufrates. Agora vamos ver alguns detalhes de cada civilização:

Mesopotâmia

Por volta de 6500 a.C. surgiram as primeiras aldeias próximo dos rios Tigres e Eufrates porque, como já vimos, ali a agricultura era mais fácil. Para melhorar ainda mais a colheita, muitas obras de irrigação era feitas. Isso acontecia porque facilitava e ampliava a área de agricultura. Ao mesmo tempo em que essas áreas eram ampliadas, várias cidades iam crescendo ao seu redor. É fácil entender isso; basta pensar que onde há possibilidade de existir comida com mais fartura é onde as pessoas vão querer morar.

Os povos que começaram a fundar cidades próximas aos rios também desenvolveram outras coisas. Um desses grupos, os sumérios, teria desenvolvido uma das formas mais antigas de escrita que se conhece: a escrita cuneiforme


Quer saber como fica seu nome em monogramas cuneiformes? Clique aqui e siga as orientações que coloquei abaixo:


1. no primeiro campo, onde aparece escrito em inglês "Type your full name", digite o seu nome completo;
2. no segundo campo, onde aparece escrito em inglês "Type your initials", digite as letras inciais do seu nome e sobrenome. No meu caso, digitei as letras LFN, de Luiz Fernando Nunes;
3. Clique no botão vermelho, "Inscribe".
O resultado aparecerá em outra tela.

Atribui-se, também, aos sumérios a criação da escrita cuneiforme, uma das mais antigas formas de escrita que se conhece. A utilização da escrita demonstra a complexidade que a sociedade mesopotâmica estava atingindo. O comércio e a contabilidade de bens foram os primeiros registros que a escrita cuneiforme anotou.

As cidades sumerianas eram independentes umas das outras, possuindo leis e governos próprios. Mas foi a rivalidade entre elas, pelo maior controle sobre as terras férteis às margens dos rios, que as enfraqueceu, possibilitando que vários povos vindos de fora as conquistassem. Dentre esses povos, podemos destacar os babilônicos, cujo rei Hamurabi reinou durante a primeira metade do século XVIII (18) a.C. Seu maior legado para a humanidade foi o Código de Hamurábi, um dos primeiros códigos de leis escrito na História, também conhecido como Lei de talião, pois as punições para os crimes eram muito rigorosas ("olho por olho, dente por dente").

Egito

O Egito se desenvolveu às margens do Rio Nilo. As primeiras populações fixaram-se em aldeias agrícolas, que aos poucos formaram pequenas cidades-Estado, chamadas nomos, administradas pelos nomarcas, a primeira elite egípcia. Como a agricultura era difícil por causa, dentre outras coisas, do deserto, os nomos acabaram se unindo com o passar do tempo dando origem a dois reinos: o do Norte (Baixo Egito) e o do Sul (Alto Egito). De acordo com a tradição, o rei Menés teria unificado ambos os reinos por volta do ano 3.000 a.C., tornando-se o primeiro faraó (título do rei egípcio), ou como se dizia na época "o senhor das duas terras", inaugurando assim a primeira dinastia do Egito.
A unificação garantiu a centralização política e administrativa dos vários nomos egípcios, o que facilitou a organização eficaz do trabalho da sociedade nas obras públicas, para manter o controle das águas e a construção de sistemas de irrigação do solo, garantindo a ampliação da agricultura e da pecuária, levando ao crescimento das cidades.

A civilização egípcia desenvolveu-se às margens do rio Nilo, ocupando uma faixa de terra cuja largura media entre 10 e 20 quilômetros e que se estendia por cerca de mil quilômetros. Era extremamente dependente do rio, tanto para a manutenção das atividades agrícolas e a pecuária, como para o transporte de mercadorias e comunicação entre as diversas cidades. Tão apropriada era a navegação entre as várias regiões banhadas pelo Nilo, que os egípcios não precisaram construir estradas.

Reservatórios no rio Nilo

O controle das cheias do rio foi condição essencial para o desenvolvimento da civilização na região, pois o seu leito não era suficiente para conter as águas que corriam do interior da África em direção ao mar Mediterrâneo, inundando a região entre julho e setembro. Assim, às margens do Nilo foram construídos reservatórios, a fim de reter as águas que seriam utilizadas - por meio de canais de irrigação - no tempo de escassez das chuvas para a agricultura, a pecuária e o consumo humano.
Com o retorno das águas ao leito do rio (entre dezembro e maio), ficava armazenado nas margens um precioso fertilizante, o húmus, que permitiu o surgimento de uma agricultura de alta produtividade.
Artesanato e cultura

O artesanato era muito importante. Utilizaram o linho e o couro de animais, confeccionaram cerâmicas. Como o ciclo agrícola era de seis meses (plantio e colheita), o restante do tempo era aproveitado nas atividades artesanais, na construção e conservação dos canais de irrigação e dos reservatórios e na construção das obras públicas.

O papiro, matéria-prima utilizada na fabricação de papel, era abundante às margens do Nilo. Realizada pelos escribas, a transcrição nos papiros de fatos da história, do dia a dia do governo e das questões religiosas acabou se transformando em importante fonte histórica para a reconstrução da civilização egípcia, depois que os arqueólogos modernos conseguiram decifrar os hieróglifos.

Divisão social do Egito Antigo

Nos 3 mil anos do Egito dos faraós, a estrutura social pouco se alterou. Na base estavam os escravos, quase todos de origem estrangeira e em número reduzido, mas principalmente os camponeses livres, a maioria da população, que viviam nas aldeias e tinham de pagar diversos tributos ao Estado e aos templos. Havia uma camada intermediária representada pelos artesãos urbanos. A classe dominante era formada pelo faraó - adorado como um deus e exercendo também o poder militar, civil e judiciário - e sua família, pelos sacerdotes, militares e altos funcionários do Estado, dentre eles os escribas e os nomarcas.

A religião

A vida dos egípcios estava marcada pela religião e seus deuses. A crença em uma vida após a morte acompanhava o egípcio durante toda a sua existência. Dessa forma, a construção de grandes túmulos, onde estavam acumulados tesouros e objetos de uso pessoal do morto, servia para que, depois da vida, ele mantivesse a mesma condição material.

O politeísmo da religião egípcia, ou seja, a crença em várias deuses, foi brevemente interrompido pela instituição do monoteísmo (crença em apenas um deus) pelo faraó Amenófis 4º (1380-1362 a.C.), que mudou seu nome para Akenaton e divulgou o culto ao deus Aton. Além de razões religiosas, o faraó também pretendia diminuir os poderes do clero, enriquecido pelo pagamento de tributos, e que exercia enorme influência política.

ATIVIDADES
(faça no seu caderno, logo após colar esta folha)

1. Identifique no texto uma fonte histórica muito importante deixada pela civilização egípcia.
2. Você não encontrou neste texto nenhuma menção às pirâmides egípcias, mas elas são uma característica também importante daquela civilização. Faça uma pequena pesquisa e descubra qual era a utilidade das pirâmides para os egípcios.
3. Pesquise qual é o significado da palavra “mesopotâmia”.
4. Qual é considerado o mais antigo código de lei da humanidade?
5. Por que leis escritas são importantes para as civilizações?




Componente do currículo mínimo: Civilizações da Antiguidade – Egito e Mesopotâmia
Folha 17 - 6º ano
Conteúdo de reposição

HORÁRIO UNIRIO

História e Sociologia

Sábado

1ª aula: 08:00h às 08:50h
2º aula: 08:50 às 09:40h

História Medieval

Sábado

1º aula: 09:40h às 10:30h
2º aula: 10:30h às 11:20h

Todos os os horários estão sujeitos a alterações. 

[UniRio] História Medieval e História Antiga - Roteiro para 06/08




CRONOGRAMA E SUBSÍDIOS PARA O ENCONTRO DO DIA 06/08

História Medieval

Em virtude da palestra ofertada no último sábado, as aulas de Medieval se acumularam e, por isso, precisam de uma maior síntese para que seja possível normalizar o conteúdo proposto pelo UniRio. Nesse sentido, os objetivos para o próximo encontro serão:

- Problematização do termo Idade Média, questionando os estereótipos criados para o período, bem como suas características;

- A preponderância da Igreja Católica no seio da sociedade medieval;

- A organização dos povos germânicos, atentando para o conceito de “bárbaros”, a vida em sociedade dos diversos povos que adentraram o Império Romano do Ocidente e, principalmente, os traços de organização social que contribuíram para uma visão de mundo que seria preponderante ao longo da Idade Média. Sobretudo para este item, sugerido o acesso e a leitura dos seguintes links e textos:

Livro "O nome da rosa", de Humberto Eco (disponível aqui), bem como pequeno artigo publicado pela PUC-Rio, cujo título é "O nome da rosa: o riso como perversão da alma" (disponível aqui). Há ainda uma dissertação de Mestrado interessante, cujo título é "Geroges Duby e a construção do saber histórico", de Luiz Alberto S. Sant'Anna, na UFPE (disponível aqui). Importante começar a ler Duby e se familiarizar com as ideias por ele expostas, já que é um dos maiores especialistas em Idade Média de nossa época. Se quiser, leia uma pequena biografia do autor aqui.

Caracterização do Reino dos Francos para traçar uma linha progressiva até a segunda dinastia. Discussão sobre o Império Carolíngio (sugestão de leitura à parte: MENDONÇA, Sonia Regina de. O Mundo Carolíngio. São Paulo, Brasiliense:1987. 2 ed.)

História Antiga

O tema proposto pelo cronograma para aula é: “Campo e cidade no mundo helênico arcaico” (aula 13 da apostila, p. 71).

A referência de um bom livro, que trata do tema de forma bastante didática, mas não superficialmente, é “Grécia e Roma”, de Pedro Paulo Funari (ref. completa: FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo, Contexto: 2001). É um livro, inclusive, que dará suporte à continuidade dos estudos.

Quanto ao roteiro para aula, seguiremos a separação histórica proposta por Vernant (vista no último encontro), bem como a divisão social grega e a evolução das poleis.

Um abraço a todos!


Gabarito comentado UERJ 2017




Amigos:

Divulgo a minha correção do Primeiro Exame de Qualificação UERJ, realizado ontem (12/06). O gabarito oficial já foi divulgado pelo Departamento de Seleção Acadêmica (DSEA) e, até segundas orientações, é ele – e não este – que deve ser seguido. Você pode acessar o GABARITO OFICIAL UERJ clicando aqui. O que fiz, portanto, foi analisar as questões e discordar de uma resposta oficial. Vejam:

IMPRESSÕES SOBRE A PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS
(com exceção das questões específicas de Geografia)

A parte de Ciências Humanas começa com a questão de número 45 indo até o final da prova, na de número 60. Achei a prova bastante simples, utilizando-se de trechos curtos com linguagem bastante acessível. Nenhuma questão exigiu conhecimento aprofundado do candidato. Em muitas delas, apenas uma leitura atenta era suficiente para a resolução. Somente a questão de número 58 é um pouco problemática.

QUESTÃO 45




Comentário: A questão aborda a figura de um “herói” na época da expansão dos territórios estadunidenses. A colonização daquele país se deu a partir das Treze Colônias, localizadas ao leste do território. Após o processo de unificação do país, uma “Marcha para o Oeste” teve início sob a justificativa da necessidade de conquistas de outros territórios, sobretudo aqueles ainda “atrasados”, onde predominavam a pequena propriedade. Também pode se considerar um fator ideológico: a ideia do “Destino Manifesto”, ou seja, a crença de que os habitantes do país tinham recebido como tarefa divina a expansão de suas terras (o que mais tarde também seria usado na sua relação com a América Latina). O enunciado da questão, no entanto, indaga sobre qual aspecto a concepção nacionalista do herói está baseada. Entre as alternativas, a de “LETRA A” é a única que atende ao que é pedido. A noção de civilização, de superioridade e de primazia sobre os demais povos, foi um fator preponderante do nacionalismo naquela conjuntura.
MINHA RESPOSTA: “A”
GABARITO OFICIAL: “A”

QUESTÃO 46


Comentário: A questão traz trecho do jornal O Globo que trata da pretensa incapacidade do Estado brasileiro em gerir setores fundamentais como saúde e educação. O trecho fala também que esses gastos, entendidos como obrigatórios pela Constituição de 1988 (leia um texto sobre as Constituições do Brasil aqui) não podem mais ser arcados pelo Estado porque, simplesmente, não há mais dinheiro (“a crise fiscal implodiu os alicerces da Constituição de 1988...”). A questão pede que o candidato nomeie que tipo de projeto de Estado o trecho critica. Certamente – e sem dificuldade alguma – é o Estado de Bem-Estar Social, ampliado, sobretudo, após a Segunda Guerra Mundial e que garantia direitos básicos aos cidadãos do mundo, tais como acesso à educação, à saúde, à aposentadoria etc.
MINHA RESPOSTA: “A”
GABARITO OFICIAL: “A”

QUESTÃO 49


Comentário: Esta questão traz um trecho de um comunicado assinado pela Ordem dos Advogados do Brasil quando do Golpe de Estado que retirou do poder o presidente João Goulart, em 1964. O trecho procura justificar legalmente o Golpe, ou seja, procura dar sustentação jurídica ao ato de impedimento do mandato do presidente. A pergunta, então, indaga ao candidato qual ação e o resultado da polarização política narrada no trecho. Certamente a “LETRA A” é a resposta correta porque foi a partir das Reformas de Base que as forças políticas brasileiras radicalizaram os discursos, ou seja, foi a partir daquele momento que setores mais à Esquerda passaram a dar maior sustentação ao presidente Goulart, bem como setores do empresariado, apoiados também pela OAB, optaram por um discurso mais à Direita, atacando as Reformas como atos próximos às políticas de países sob as lideranças dos Partidos Comunistas.
MINHA RESPOSTA: “A”
GABARITO OFICIAL: “A”

QUESTÃO 50




Comentário: O cartunista André Dahmer é conhecido (e muito abordado nos Vestibulares) por suas críticas à sociedade contemporânea. Nesta tirinha, busca, aparentemente, criticar o processo de concentração de serviços ou produção de bens nas mãos de cada vez menos empresas (empresas maiores compram ou, pela competição, destroem as menores, como é representado na imagem dos peixes maiores atacando os menores). Essa crítica é interpretada pela “LETRA D”.
MINHA RESPOSTA: “D”
GABARITO OFICIAL: “D”

QUESTÃO 51



Comentário: A questão sobre a Segunda Guerra Mundial, talvez um dos temas mais estudados no pré-vestibular, pode trazer uma dúvida. Analisando primeiramente o texto introdutório, temos a relação da propaganda nazista com a criação do inimigo (aliás, a criação do inimigo é uma das características dos regimes Fascistas). Ora, é sabido que o nazismo buscou combater grupos considerados inferiores, tais como comunistas, ciganos, homossexuais, mas, sobretudo os judeus. A imagem, por sua vez, mostra um judeu (reconhecido por sua indumentária) atrás das bandeiras da Grã-Bretanha, EUA e URSS. No texto, traduzido, aparece: “Por trás das grandes potências inimigas: o judeu”. Com algum descuido é possível que se marque qualquer opção porque tem-se a ideia de que as bandeiras são as representações inimigas. Assim, optar-se-ia pelo anticomunismo se o candidato focalizasse na bandeira da URSS ou por anticapitalismo, se ficasse na bandeira das EUA. No entanto, a tradução da frase é clara, colocando de um lado a Alemanha e, do outro, todas as potências. Assim, seria Alemanha contra o resto, sendo que os outros países eram sustentados pelos judeus. Como a ideia da aniquilação dos povos semitas era uma característica do nazismo, a opção correta é a de “LETRA A”
MINHA RESPOSTA: “A”
GABARITO OFICIAL: “A”

QUESTÃO 53



Comentário: Esta questão trata das epidemias presentes no Rio de Janeiro do começo do século XX. Naquela época, por conta das péssimas condições de vida da população, surtos de doenças eram comuns na então capital da República. Rodrigues Alves foi um dos precursores nas medidas contra essas mazelas (ver “Revolta da Vacina” como um dos movimentos de contestação do período), mas suas atitudes não foram somente positivas. Sua opção pela modernização da capital foi conseguida através de desapropriações e expulsão dos mais pobres para áreas periféricas e para os morros (o que explica um pouco da geografia atual do Rio). Mas a questão pede uma atitude e um resultado para as ações do político. Sendo assim, a “LETRA B” é a melhor alternativa porque fala do combate à insalubridade e, como consequência, a entrada de imigrantes na capital, por conta das melhorias urbanísticas. As “letras A e D” podem atrair candidatos desatentos porque mostram uma atitude verídica, mas um resultado falso.
MINHA RESPOSTA: “B”
GABARITO OFICIAL: “B”

QUESTÃO 54


Comentário: A questão aborda dois momentos históricos. O primeiro, a Revolta da Chibata, cujo herói foi João Cândido, o Almirante Negro. Essa revolta tem origem nas más condições dos marinheiros de baixa patente que conviviam com baixos soldos, má alimentação e castigos físicos, sobretudo os negros. Já Barão de Mauá representa a industrialização do Brasil, resultando na modernização da economia. Assim, a alternativa correta a ser marcada deve ser a de “LETRA D”, uma vez que, como pede a questão, é a única que, respectivamente, responde ao enunciado.
MINHA RESPOSTA: “D”
GABARITO OFICIAL: “D”

QUESTÃO 57



Comentário: Esta questão debate a reaproximação entre os EUA e Cuba. A ilha, até então isolada pelo embargo imposto pelos EUA e pela queda da URSS (bom frisar que o embargo econômico continua valendo) tem sido alvo da revisão da política externa do governo estadunidense. A questão, em termos gerais, pede que o candidato, aponte a conjuntura à época do distanciamento e a atual. Assim, a “LETRA C” atende à pergunta.
MINHA RESPOSTA: “C”
GABARITO OFICIAL: “C”

QUESTÃO 58



Comentário: A questão trata da legalização das relações homoafetivas em diversos países. Traz, inclusive, uma linha do tempo mostrando como os países têm legislado nesse sentido. A legalização dessas relações garante ao envolvidos direitos que superam o ato do amor. Com o reconhecimento da Lei, os casais (com atenção à normativa da Lei de cada país) podem, entre outras coisas, ter direito á herança do parceiro ou adotar crianças. Para mim é claro que se trata de uma questão de unidade jurídica, ou seja, da garantia de que a justiça seja igual para todos, independentemente do sexo do indivíduo. “LETRA C”, portanto. No entanto, o gabarito oficial dá a “LETRA B” como correta e ela fala de diversidade cultural. Ora, “cultura” tem uma definição bastante complexa, mas, grosso modo, é um conjunto de costumes, de hábitos de determinado grupo. Não entendo opção sexual como cultura e sim como reconhecimento do indivíduo. Portanto, mantenho meu gabarito distinto do oficial, ressalvando aos que concordam comigo que a questão fala – e aí pode estar nossa falha – de “mudança de costumes”. De qualquer maneira, uma questão que podia ser muito interessante, foi no mínimo, mal formulada.
MINHA RESPOSTA: “C”
GABARITO OFICIAL: “B”

Dúvidas ou questionamentos ao gabarito podem ser feitas a qualquer hora. Escrevam nos comentários, aqui em baixo, ou nas redes sociais, cujos endereços estão na página.;)

Ideologia

Meu partido
É um coração partido
E as ilusões estão todas perdidas
Os meus sonhos foram todos vendidos
Tão barato que eu nem acredito
Eu nem acredito
Que aquele garoto que ia mudar o mundo
(Mudar o mundo)
Frequenta agora as festas do "Grand Monde"
Meus heróis morreram de overdose
Meus inimigos estão no poder
Ideologia
Eu quero uma pra viver

Os versos fazem parte da música Ideologia, de Cazuza, cantor que morreu em 1990. Suas letras fazem, quase sempre, questionamentos sociais; provocam e, à época, eram taxadas de “rebeldes”. Sempre que leio algum texto que tenta explicar ou busca amparo no termo “ideologia”, lembro-me dessa música. O termo tem sido muito citado, sobretudo nas mídias sociais, para, na maior parte das vezes, para justificar posicionamentos políticos ou temas relacionados. O problema é que muitas pessoas pensam saber o que significa “ideologia” ou – quero acreditar pelo menos nisso – buscam fontes pouco confiáveis. O propósito deste pequeno texto é, então, clarear o conceito de “ideologia”.

De forma geral, o termo “ideologia” pode ser conceituado como um conjunto de ideias, pensamentos ou visões de mundo que o indivíduo (ou um grupo deles) tem. Nessa simplicidade é que moram as subjetividades. O que garante, por exemplo, que as ideias ou os pensamentos entre as pessoas sejam iguais? É bem provável que você saiba que existem opiniões bastante distintas até entre pessoas bem próximas. Assim, a “ideologia”, ou o conjunto de ideias que regem determinados comportamentos ou pensamentos, pode assumir diferentes significados.

O primeiro cidadão a utilizar o termo foi o filósofo francês Destutt de Tracy (1754-1836) num livro intitulado Elements d’idéologie (Elementos de ideologia, em português). Tracy não pensava muito diferente do conceito que encontramos hoje nos dicionários. Para ele, “ideologia” era algo que contribuiria para uma ciência da gênese das ideias, ou seja, algo que organizasse as ideias humanas às percepções sensoriais do mundo externo.

Sendo sempre muito importante e interessante observar a realidade da vida dos autores que elaboram conceitos ou ideias, saiba que Tracy viveu majoritariamente numa França pós-revolucionária, sendo, portanto, observador do amplo processo histórico que aboliu o Absolutismo Monárquico no país. Foi partidário de Napoleão até fazer a autocrítica de que o sujeito, após o Golpe do 18 de Brumário, havia se transformado naquilo que combatia.

Saltando um pouco no tempo, “ideologia” também foi fortemente utilizado por Comte no desenvolvimento do seu Positivismo. Na sua adequação, Comte conferiu mais dois significados à palavra: 1) “atividade filosófico-científica que estuda a formação das ideias a partir da observação das relações entre o corpo humano e o meio ambiente, tomando como ponto de partida as sensações; e 2) conjunto de ideias de uma época, tanto como ‘opinião geral’ quanto no sentido de elaboração teórica dos pensadores dessa época”. (CHAUÍ, s/d. pp. 25-26).

Reparem que mesmo com algumas sutis mudanças entre os conceitos, as ideias permanecem, em essência, as mesmas, ou seja, “ideologia” continua sendo tanto para Tracy quanto para Comte um conjunto de ordenações sociais que determinam “o acreditar” ou a crença.

Ainda mais à frente, Marx também dedicou tempo na sua crítica ao capitalismo para refletir sobre “ideologia”. Para ele, “ideologia” seria um “conjunto de ideias que procura ocultar a sua própria origem nos interesses sociais de um grupo particular da sociedade” (LÖWY, 1985 p. 12). Percebam que a análise de Marx se distingue das anteriores por colocar no campo do conceito um sistema de ideias que legitimaria o poder de um grupo econômico ou social. Assim, para Marx, existiria uma “ideologia” da classe dominante e outra da classe dominada. Os filósofos marxistas estabeleceram adaptações ao longo do tempo e, dessa forma, “ideologia” passou a significar “qualquer concepção da realidade social ou política, vinculada aos interesses de certas classes sociais particulares”. (idem)

Existem muitos outros conceitos adaptáveis a esse tema, mas, fora a análise, é importante pensar que é praticamente impossível imaginar o humano sem valores, sem visões, sem paixões ou sem vontades; em resumo, sem ideologia. É por isso que é extremamente desconfortável bancar a ideia de que ideologias sejam quantificáveis. É fato, porém, que a História está repleta de casos onde determinados valores e ideias nefastas ganharam campo e eco (a ideologia fascista, por exemplo).

Paulo Freire, educador, sintetiza e finaliza bem essa polêmica. Dizia ele que “Não existe imparcialidade. Todos somos orientados por uma base ideológica. A questão é: a sua base ideológica é inclusiva ou excludente?”

Referências:

CHAUÍ, Marilena. O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, s/d.
LÖWY, Michel. Ideologia e ciência social. São Paulo: Cortez, 1985.

[MERCÊS] Gabarito comentado UERJ

Pessoal, conforme combinado, segue o gabarito comentado das provas da UERJ abordadas no módulo.

Clique aqui para fazer o download do material, que é o mesmo que foi disponibilizado pela escola, mas possui alguns pequenos comentários sobre o porquê das marcações em determinadas questões.

Mesmo que o caderno tenha se esgota, se ainda existirem dúvidas, não deixem de entrar em conato para saná-las, ok?

Temer, ordem e progresso

Com a substituição de Dilma por Michel Temer e as mudanças no programa de governo, o Brasil tem um novo slogan (acompanhado de um novo logotipo). Essa imagem associa o Governo Federal a diversos tipos de programas, além de ser veiculado na impressa privada e na oficial como símbolo de governo. É praxe escolher um slogan que represente, em teoria, as prioridades do comando da nação. Até ontem, o oficial era “Brasil: Pátria educadora”. Hoje, com as mudanças na chefia do Executivo, o slogan passa a ser o mesmo que aparece na bandeira nacional: "Ordem e Progresso". Interessante que a escolha do tema nos remete a muitos pontos históricos, veja alguns.


A bandeira brasileira já passou por algumas mudanças. Na época do Império, por exemplo, o brasão da Família Real era o símbolo nacional máximo. Um tempo depois, de forma provisória e por poucos dias após a recente Proclamação da República, a bandeira foi trocada por uma muito próxima à dos Estados unidos, com exceção das cores, que permaneceram com predominância do verde e do amarelo, e das estrelas que representavam os estados nacionais. Já em 19 de novembro de 1889 entrava em cena a bandeira atual do Brasil com o lema de “ordem e progresso”.

O tema da bandeira – e o escolhido pelo Presidente em exercício – remente ao Positivismo, uma das primeiras correntes do pensamento social que tentou organizar alguns princípios a respeito do homem e da sociedade. Talvez tenha sido um início de tentativa de explicar a organização social de forma científica, ou seja, através de metodologia e de regras. O principal pensador dessa corrente foi o francês Auguste Comte (1798-1857).

O pensamento de Comte derivou do cientificismo, ou seja, da crença absoluta no poder da razão em conhecer a realidade e traduzi-la em leis naturais que substituíram explicações teológicas predominantes até então. Em resumo, era um esforço para compreender o homem e a sociedade à luz da ciência racional.

No período de desenvolvimento destacavam-se os avanços no campo da física, da química e da matemática. O pensamento científico era, portanto, moldados por essas áreas do conhecimento e também influenciados por elas. O Positivismo, dessa forma, aproveitou-se dessa atmosfera, atrelou o conhecimento social às ciências exatas, chegando a ser conhecido como “física social”. Para os defensores da ideia, a sociedade precisa ser entendida como um organismo vivo, constituído por partes integradas de funcionamento harmônico tendendo ao progresso. Assim, qualquer problema verificado nesse processo deveria ser eliminado como aconteceria se um cientista verificasse a existência de um vírus no caminho para uma descoberta significativa.

O otimismo positivista foi muito divulgado pelos núcleos de saber da época. Muito desse entusiasmo devia-se ao progresso do desenvolvimento industrial em pleno vapor. No entanto, à medida que o progresso industrial ganhava forma, os conflitos sociais também se ampliavam. Aumentava o número de empobrecidos e explorados; operários e camponeses ficavam à margem do tão festejado progresso. A sociedade industrial dava sinais claros de que não era assim tão evoluída.

Mas lembremos de que o tema era “Ordem e Progresso” ou, para esse momento de análise em especial, “Ordem PARA o progresso”. Assim, disseminava-se a ideia de que a evolução social só levaria a sociedade da mais simples para a mais complexa e evoluída se existisse um ajuste dos indivíduos às condições estabelecidas que, por sua vez, garantiriam melhor funcionamento da coletividade e o bem-estar da maioria da população.

Nesse cenário, reivindicações, sobretudo a dos pobres e marginalizados pelo processo de industrialização, deveriam ser contidas para não colocar em risco a ordem ou o funcionamento da sociedade. Não podiam, por fim, prejudicar o “progresso”.

Apostila Pré-Ocupa

Pessoal do Pré-Ocupa:

Como combinado, está disponível para download a apostila utilizada na primeira aula.

Compartilhem com os colegas e, em caso de dúvidas ou outras questões, entrem em contato.

Sugiro que procurem na Internet (é bem fácil localizar) exercícios que abordem os temas estudados na aula. É uma boa forma de rever o conteúdo e medir se tudo foi bem compreendido.
Clique aqui para baixar o arquivo. 

#Ocupação

Acompanha a greve dos profissionais de educação do Rio de Janeiro um movimento de alunos que já toma conta de mais de trinta escolas (e o número cresce rapidamente a cada hora). Apoiados no recente movimento dos estudantes de São Paulo, que usaram as ocupações para parar a reorganização escolar naquele estado – movimento vitorioso –, a pauta dos estudantes daqui prevê, entre outras medidas, o retorno de funcionários essenciais, como porteiros e pessoal de limpeza além de melhores condições estruturais, sobretudo em escolas que a própria Secretaria de Educação reconhece sem condições de uso.

O que tem surpreendido ainda mais é a organização dos alunos nas ocupações. Obviamente que um movimento que a cada dia fica maior demanda muita estratégia e disciplina. Os alunos demonstram nos atos um preparo que muita gente duvidaria que pudesse existir. Se forem acompanhadas in loco, as escolas revelarão a existência de comissões com funções diversificadas; grupos de alunos que se dividem na manutenção do prédio, na realização de inventários, na alimentação e na organização pedagógica de aulões.

Mais do que o movimento em si, no entanto, esses alunos mostram a necessidade já latente da mudança do paradigma pedagógico escolar. A organização de eventos, oficinas e aulas abertas, mostra que a hierarquia escolar impositiva precisa ser repensada para o bem da escola transformadora que se sonha.

Nas ocupações não são raros os momentos de debates e decisões coletivas que dão o norte das atividades. Aulas de dança, capoeira, História, Língua Portuguesa, além da exibição de filmes que geram debates, são constantes. Não há, até o momento, nenhum caso ou relato de fracasso nessa vivência mais coletiva.

Talvez as ocupações sejam a prova de que é preciso dar mais voz, sem medo de perder o protagonismo, àqueles que formam a escola em imensa maioria: os discentes. Dificilmente esses alunos se conformarão com os tradicionalismos escolares característicos de regimes de acumulação de conteúdo sem lógica ou ligação com a vivência de cada um.

Nessa eterna e maravilhosa troca que é o verdadeiro conhecimento, essa é a hora de invertermos os papeis e deixar que aqueles que são diretamente interessados no processo escolar decidam como e porque aprendem.

LEIA [+]

[Agência Brasil] Após um dia de ocupação, escola do Rio tem aulões e atividades

[M&H] Florence and the Machine

Música e História se confundem. A História como ciência, ao longo do seu percurso, tratou de revelar ao mundo a música nos mais diversos períodos. Lembremos de imediato dos cantos associados à religião, à exaltação da batalha medieval, dos hinos de guerras e das músicas de protesto já numa época mais contemporânea.

Como a música, o cinema também é parte importante da História. Entre outras funções fundamentais, dá luz aos acontecimentos contemporâneos e do passado. E, claro, guardadas as críticas sobre as exibições (porque tem muito filme ruim), podem ser de grande auxílio para os estudos.

Mas o assunto agora é música e, mesmo sabendo do seu papel ao longo do tempo, minha intenção é, além de fazer uma análise das canções na História, mostrando como elas têm vínculo com os movimentos humanos, compartilhar gostos, conhecer novos artistas e bandas. Enfim, abrir a mente ao que não conheço ao mesmo tempo que tento indicar alguma coisa também.

Começo os trabalhos divulgando uma apresentação da banda inglesa Florence and the Machine. Trata-se de uma banda de indie rock que, “na minha época” sinalizava que a banda era produzida e distribuída por gravadoras menores ou de forma independente mesmo. Florence conta com um público seleto, mas muito bem vista pela crítica especializada. O show compartilhado aconteceu esse ano no Chile, no festival Lollapalooza. Achei uma apresentação sensacional. Vejam o que acham:




DISCOGRAFIA
2009 – Lungs
2011 – Ceremonials
2015 - How Big, How Blue, How Beautiful

PÁGINA OFICIAL
http://florenceandthemachine.net/

O sistema legislativo brasileiro

Geralmente damos muita importância ao Executivo, mas é no Legislativo que se escondem as ameaças e as salvações da democracia.

Foi o Filósofo iluminista Charles-Louis de Secondat, conhecido por nós como Barão de Montesquieu (1689 – 1755), o primeiro a elaborar uma teoria política de divisão dos poderes. Naquela época, quando crescia a crítica ao Absolutismo Monárquico, os Iluministas defendiam a tese de que um governo centralizado nas mãos de um único homem podia ser perigoso e tirânico. Assim, Montesquieu elaborou a teoria da tripartição do Estado, separando-o em Executivo, Legislativo e Judiciário, com conhecemos hoje.

O Poder Legislativo brasileiro apresenta características interessantes. Ele é formado, nacionalmente, pela Câmara dos Deputados, onde trabalham os Deputados Federais, eleitos por voto direto e mandato de quatro anos, e pelo Senado, onde habitam os Senadores, eleitos também por voto direito, mas com mandato de oito anos. A cada eleição nacional, portanto, 50% do Senado é renovado ou reeleito. O Brasil apresenta, então, um sistema legislativo bicameral, ou seja, formado por duas câmaras de debates.


Cada câmara representa uma esfera nacional. Assim, a Câmara dos Deputados representa, em tese, o povo brasileiro. Já o Senado representa, também em tese, os estados e o Distrito Federal.

É atribuição do Congresso a elaboração de Leis e a fiscalização do Executivo. Ao Senado, cabe a rediscussão de Leis criadas no Congresso e vice-versa, fazendo com que, dessa maneira, todos os projetos passem por duas instâncias de votação e debates.

Muito alegam que esse sistema de governo atrasa as tomadas de decisões e a criação de Leis específicas e urgentes. De fato: a discussão em duas Câmaras tende a estagnar as propostas de Leis, mas é fundamental que discussões políticas aconteçam.

No sistema político atual, grande concentração de força reside no Legislativo. É lá que residem as ameaças e as salvações da democracia e a defesa da Constituição. Quando o legislativo atua de forma desconexa do Executivo, o resultado é quase sempre desastroso para um país. Talvez seja no Legislativo, em todas as esferas, que devamos dar maior atenção, já que um Executivo sem base de apoio não pode ir muito longe.

Eleições nos EUA: como funciona?

Nos tempos da Guerra Fria, a bipolaridade do mundo apresentava do lado socialista a “igualdade sem liberdade”, enquanto do lado capitalista “a liberdade com o mérito”. Construiu-se, assim, o mito da terra da liberdade e da prosperidade ao país da América do Norte. Nessa freeland, presumia-se um sistema de escolha de liderança livre e direto. Não é bem assim que acontece.



As eleições nos EUA ocorrerão no próximo mês de Novembro. No entanto, o amplo - e muitas vezes complexo aos nossos olhos – processo eleitoral já começou há bastante tempo. É o que por lá chamam de prévias. São elas que decidem quais serão os candidatos dos dois principais partidos políticos do país: o Republicano e o Democrata.

Antes de discutirmos sobre como funciona o sistema eleitoral, precisamos entender que mesmo só ouvindo e vendo informações sobre candidatos democratas e/ou republicanos, o país tem sim mais partidos políticos. São ínfimos, sem expressão, o que faz com que a grande maioria dos cargos eletivos dos EUA sejam ocupados pelos dois maiorais. No entanto, a lista de agremiações legalmente constituídas por lá é longa. Existem, por exemplo, partidos focados na questão ambiental, como o Partido Verde; partidos operários e trabalhistas, como o Partido Socialista dos Trabalhadores da América, o Partido Socialista dos Estados Unidos além do Partido dos Trabalhadores Socialistas, entre outros que defendem causas e bandeiras específicas. Todos com a ressalva de atuação ideológica num país que é, em essência, liberal.

Para se ter uma ideia da multiplicidade de propostas e candidatos ao cargo máximo do país, na campanha que elegeu o atual Presidente Barack Obama, 417 solicitações formais de candidatura de pessoas, ligadas ou não a um partido (diferentemente da legislação eleitoral brasileira, que impede que um candidato sem partido político concorra a algum cargo eletivo, nos EUA é possível que isso aconteça) foram recebidas para o pleito presidencial no ano de 2012.

E por que, então, só ouvimos falar de dois partidos? Em primeiro lugar, porque são os maiores e porque conseguem gigantescos financiamentos para suas campanhas. Adiante, porque lá existe um sistema de voto distrital, ou seja, o país é dividido e cada estado elege um sujeito que virá a ser candidato. Então, se um camarada tem poucos votos, fica inviável concorrer, o que de certa forma faz o eleitorado pensar nas grandes alternativas que figuram, justamente, entre republicanos e democratas.

Sabendo disso, não basta pegar seu título de eleitor e ir à cabine de votação (isso se você quiser ir também porque lá, o voto é facultativo). A eleição presidencial soa para nós como uma eleição indireta, ou seja, você não iria fazer um “X” ou digitar o número do seu candidato diretamente na urna eletrônica (que não existe também; os caras usam uma espécie de scanner e uns furinhos legais, que garantem a apuração rápida, mas mantém a prova física da votação). Iria eleger alguém para elegê-lo. Assim:

Seu voto elegeria não o candidato, mas sim um Delegado do Colégio Eleitoral (o Electoral College). São esses caras que vão ratificar o nome do próximo Presidente. Agora, se já estava complexo, tem outra: os votos de cada estado não são proporcionais, ou seja, geralmente aquele que vence, leva todos os votos. Isso por lá é chamado de The Winner Takes It All (ou o “vencedor leva tudo”). Parece jogo de pôquer, mas é eleição.

Ocorreria mais ou menos assim:

Digamos que no estado do Alabama, por exemplo, o candidato “José” fique com 55% dos votos válidos, enquanto “João”, 40%. Isso indicaria a vitória de José com todos os Delegados do estado. Não há uma divisão proporcional. Isso aconteceu em 2000, quando da eleição de George W. Bush, que derrotou Al Gore no Colégio Eleitoral mesmo sem ter a soma absoluta de votos. Até hoje, em suas palestras, Al Gore se apresenta como “futuro Ex-presidente dos EUA”.

Geralmente os estados apresentam perfis de votação que garantem uma previsão de votos. Ou seja, existem estados que são declaradamente mais conservadores e, por isso, optam por candidatos do Partido Republicano, sendo o contrário também verdadeiro. No entanto, também existem estados que pendem para os dois lados, e são nesses locais onde a campanha se acirra e, muitas vezes, fica engraçada.

Em geral, o corpo a corpo não difere muito daquele que acontece por aqui a cada dois anos. O financiamento privado de campanha despeja muito dinheiro nos candidatos que debatem em redes de TV de grande audiência quase sempre se preocupando em agredir verbalmente o outro do que em apresentar propostas sérias e plausíveis ao país.

Muitos sites brasileiros fazem uma cobertura minuto a minuto da campanha para a sucessão de Obama, em 2016. A eleição nos EUA representa a subida ao cargo político mais importante do mundo devido à hegemonia econômica e militar daquele país. Os olhos do mundo se voltam pra lá porque a partir das ações políticas tomadas lá o mundo pode prosperar ou padecer.

[CNSD] Caderno do aluno - UERJ

Pessoal:

Para download o caderno do aluno com as questões de História abordadas na UERJ entre os anos de 2013 a 2016. O conteúdo com o gabarito e o comentários das questões será disponibilizado em breve. Assim, treinem nas questões que não foram debatidas em sala de aula.

Para acessar o conteúdo em PDF, clique aqui.

Qualquer dúvida também pode ser tirada aqui mesmo, nos cometários! ;)

Civilização Grega



Ultimamente, as abordagens sobre a civilização grega, sobretudo no ENEM, têm acontecido de forma vinculada à Filosofia. É importante rever esse laço entre os conteúdos e as disciplinas além de compreender por que as ideias de “berço da democracia”, assim como a de “cultura superior” do período, são gregas. São assuntos mais extensos que podem ser analisados em outro texto. Neste, em particular, debatemos a História da civilização grega e sua formação, fruto da fusão de outros povos.

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Parte do estudo sobre a Antiguidade Clássica dá ênfase à civilização grega. Esse também é um tema que já foi abordado em questões de Filosofia. Obviamente que a Grécia atual tem pouco da Grécia da Antiguidade. O desenvolvimento dessa civilização ocorreu na península balcânica, de litoral recortado e solo montanhoso. Esse tipo de solo prejudicava a agricultura, logo, os primeiros a se estabelecerem na região precisaram procurar novas formas de sobrevivência.

A partir do século XX a. C. uma onda migratória é verificada. Entre os povos que chegaram à região e formaram o que veríamos a chamar de “pré-Grécia” (ou civilização creto-micênica), estavam os Aqueus, os Eólicos e os Jônios, que tinham uma organização econômica baseada no comércio marítimo (talassocracia).

Já no século XV a. C., outros povos chegaram à região com destaque para os Dórios, povo que vivia de conquistas. Essa chegada forçou os creto-micênicos a fugir do sul para o interior (1400-1200 a.C). Esse movimento é conhecido como 1ª DIÁSPORA GREGA. Boa parte da História da Grécia nesse período é contada pelo poeta Homero, através de suas conhecidas obras A Ilíada e A Odisseia, por isso também podemos chamar o esse momento de período de transição do pré-homérico para o homérico.

A fuga para o interior do território deu origem à formação de pequenos grupos. Eles eram chamados de Genos (ou comunidade gentílicas). Portanto, os Genos eram pequenas comunidades familiares formadas após a 1ª DIÁSPORA, tinham a propriedade coletiva da terra e, após crescerem de tamanho, tinham a liderança do Pater. A partir dos séculos X e VIII a. C.), verifica-se um crescimento demográfico que revela problemas com a falta de terras. Quando maior o aumento demográfico, maior a dificuldade em conseguir terras para a sobrevivência, já que o solo era montanhoso e ruim. É fácil prever que conflitos não tardariam a acontecer Observe:

CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO > ESCASSEZ DE TERRAS > CONFLITOS INTERNOS COM DESAGREGAÇÃO DA ECONOMIA COMUNITÁRIA > FORMAÇÃO DA PROPRIEDADE PRIVADA NAS MÃOS DO PATER, QUE DEIXAVA A TERRA PARA OS FILHOS MAIS VELHOS, OS EUPÁTRIDAS.

Interessante ressaltar que aos outros filhos do Pater não eram garantidas terras. Sobrava, então, o comércio, o artesanato e o trabalho assalariado. Eles podiam até ser escravizados por dívidas.

As comunidades gentílicas passaram, então, por um processo de atualização. Da união dos Genos, formaram-se as Fátrias que unidas, por sua vez, deram origem às Tribos. Da união das Tribos, surgiram as Demos.

A resolução para a falta de terras consistia na óbvia conquista de novas. Tem início a colonização grega que garante um apoio à expansão através do Mar Mediterrâneo e do Mar Egeu. É o momento da 2ª DIÁSPORA GREGA.

Surgem, junto com a colonização, a forma avançada das Demos: a Pólis (cidade-estado) que possuía autonomia política, econômica e militar. Eram independentes por conta da distância umas das outras e também por conta do montanhoso relevo, mas tinham uma base cultural comum como, por exemplo, a mesma língua e a mesma religião, a mitologia.

Vargas: “Eu ofereço em holocausto a minha vida”


Getúlio Vargas, gaúcho, político e advogado, nasceu em 1882 e cometeu suicídio em 1954. Talvez tenha sido um dos homens públicos mais controversos do Brasil, despertando ódios e paixões em parcelas variadas da sociedade brasileira. Esses sentimentos superaram os anos, as décadas e ainda hoje é possível debater a figura e a atuação de Vargas no cenário político brasileiro.

Foi, além de Presidente do Brasil, Deputado Estadual e Federal, Senador, Governador e Ministro.
Sua trajetória política foi conturbada e seu nome deu início a um importante período da História: A Era Vargas, que se estendeu de 1930 até 1954, passando por um hiato entre os anos de 1945 até 1951.

A chegada ao poder

Na 12ª eleição presidencial do Brasil verificava-se um eleitorado bastante reduzido. Votavam apenas 5,6% da população, já que o voto era restrito a homens adultos e alfabetizados.

As eleições que ocorreram no dia 1º de março de 1930 marcaram o fim da era da Política dos Governadores, ou seja, dos arranjos que garantiam a eleição apenas de membros alinhados com o Executivo. Além disso, colocava fim também à política de alternância entre membros do PRP (Partido Republicano Paulista) e PRM (Partido Republicano Mineiro), a famosa “política do café com leite”.

Naquele ano, Washington Luís, então Presidente, insistiu na candidatura de Júlio Prestes para o cargo maior da República. Júlio era político de São Paulo e, pela lógica da alternância entre os partidos dominantes da cena política, essa era a vez do cargo ser dado a um político de Minas Gerais. Washington ignorou tal fato e foi o homem forte da candidatura de Júlio Prestes.

Mas o que levou Washington Luís a romper com um sistema que funcionava tão bem para os altos escalões da política nacional? Duas versões são conhecidas: a 1ª era a de que Washington Luís era avesso a negociações, ou seja, não acreditava na política conciliatória e pretendia ter o controle pleno da situação. Isso seria muito mais fácil e rápido se seu sucessor fosse um homem que se submetesse a ele. A 2ª teoria dá conta do grande crescimento do estado de São Paulo. Aquela já era a terra de maior destaque da federação, e certamente, seria a primeira a se desvencilhar da “alma” estritamente agrária que vigorava sobre o país.

Com o fim, então, da alternância, a chapa de oposição foi mantada a partir da união dos estados de Minas, Paraíba e Rio Grande do Sul, que formaram a Aliança Liberal. Concorreram às eleições contra Júlio Prestes, Getúlio Vargas e João Pessoa para os respectivos cargos de Presidente e Vice Presidente.

O programa político da Aliança Liberal apostava na modernização do país, no impulso à industrialização e na incorporação de novos setores sociais na vida republicana. Havia também um claro enfretamento à problemática social, com propostas para a diminuição da jornada de trabalho para oito horas semanais, férias, salário mínimo e proteção ao trabalho infantil e feminino. Mais tarde esse programa social seria incorporado à política de Vargas de maneira muito mais incisiva.

Essa proposta política foi colocada ao país através das caravanas liberais, que eram como os brasileiros conheciam os comícios da Aliança. Entre os organizadores estavam jovens militantes que erguiam bandeiras de cunho mais popular.

O resultado das eleições evidenciou a força da situação. Júlio venceu o pleito dominado por irregularidades de todos os lados, já que inexistia um órgão responsável pela regulação eleitoral. Vargas, no entanto, chega a aceitar o resultado das urnas, retornando ao governo do Rio Grande do Sul. O mesmo não ocorreu com políticos e lideranças políticas mais jovens, que bradavam pelo golpe armado. Segundo eles, Júlio venceu nas urnas, mas Getúlio ganharia nas armas. Nesse cenário de iminente conflito, a Aliança Liberal recebeu o apoio dos tenentes, setor militar cansados de sua posição de ostracismo na política nacional. O maior mito desses tenentes, no entanto, Luís Carlos Prestes, líder da famosa Coluna Prestes, recusou a liderança militar da Aliança.

Um ponto chave, que serve de estopim para o movimento armado que já se desenhava, foi o assassinato de João Pessoa, no Recife. O político recebeu três tirou enquanto tomava chá na Confeitaria Glória. Seu assassino, João Dantas, foi preso em flagrante e negou motivações políticas para o crime. Na verdade, o escritório do advogado Dantas tinha sido revirado tempos atrás com a autorização do governo Pessoa e alguns documentos vazaram para o jornal local “A União”. Entre os papéis, cartas de amor entre o advogado e a professora, poeta e feminista, Anayde Beiriz, que acabou se suicidando após o escândalo.

Mas não importava. A morte de João Pessoa elevou o grau de acirramento político e deu vida ao movimento armado. O assassinato também causou comoção nacional. No velório, o deputado Maurício Lacerda agarrou o microfone e acendeu o pavio da rebelião:
No esquife [caixão] que aí vedes, não está o corpo de um grande cidadão, mas o cadáver da nação! [...] Vós, gaúchos e mineiros, vinde cumprir vossa promessa. O povo está disposto a morrer pela liberdade!
Citado por MEIRELLES, Domingos. "1930: os órfãos da revolução". Op. cit. p. 532 in SCHWARCZ, Lilia M. e STARLING, Heloisa M. "Brasil: um biografia".

Em 3 de outubro de 1930 tem início a revolta civil e militar simultaneamente nos estados do Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Com algumas horas de atraso, o estado da Paraíba também adere ao levante.

No dia 10, Washington Luís informa ao povo brasileiro o que todos já sabiam: seu governo estava por um fio e enfrentava uma revolta.

'Eu não renuncio. Só aos pedaços sairei daqui'.
Idem p. 619

A bravata não durou muito tempo. Em 24 de outubro já estava deposto, encaminhado primeiro ao Forte de Copacabana e depois ao exílio, na Europa.

Vargas chegava ao poder como líder da revolta. Iniciou, em 1930, um governo marcado por divergências e mudanças de posição. Sua gestão é convencionalmente dividida em três fases:

Governo Provisório -1930-1934
Governo Constitucional – 1934-1937
Estado Novo – 1937-1945

Ao assumir o governo provisório, Vargas destituiu líderes políticos de oposição e nomeou interventores, ou seja, pessoas de confiança do governo para intervirem em setores políticos. Esse primeiro momento do governo foi marcado pelo centralismo e pelo autoritarismo.

O intervencionismo atingiu a economia. A política de defesa do café foi assumida pelo Estado. Como os estoques ainda eram exagerados, o governo autorizou a queima do produto. Em 1931, eram queimadas, por dia, cerca de 10.000 sacas de café. O governo era o responsável pela compra do excedente e pela sua queima.

Como o modelo monocultor do Brasil já apresentava problemas quanto à desvalorização do produto em mercados externos, Vargas buscou ampliar a diversificação da economia incentivando a industrialização. Até 1930, o país contava com apenas 14.727 indústrias. Já entre os anos de 1930 e 1940, o número era bem maior: 49.418.

Outras medidas econômicas adotadas pelo governo foram: Limitação das importações (protecionismo alfandegário); Crédito fácil aos industriários (via Banco do Brasil); Corporativismo (cabia ao Estado controlar e fiscalizar empregados e empregadores, garantindo “harmonia” entre a burguesia e o operariado – esse período garantiu alguns direitos sociais aos trabalhadores); nacionalismo econômico (criação de estatais em setores estratégicos à soberania nacional).

Novos ministérios também foram criados como os da Saúde, Educação e Trabalho. O voto passou a ser secreto e obrigatório e também garantido às mulheres; a justiça eleitoral começou a funcionar.

Em 1932 estoura a Revolução Constitucionalista em São Paulo. A elite paulista, órfã do sistema que predominou durante toda a República Velha, lançou um manifesto favorável à Constituição do país e contra o intervencionismo do Estado na economia. Alguns conflitos ocorreram e a morte de quatro estudantes foi usada como mola sentimental para a ampliação do movimento.

As iniciais dos quatro mortos foram utilizadas como assinatura nos documentos e panfletos do movimento. Os mortos chamavam-se Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. Em 3 de outubro do mesmo ano, os paulistas se rendem frente à força do Governo Federal. Algumas lideranças são exiladas e outras obtêm o indulto do governo.

Algumas questões são omitidas dos livros didáticos. Uma delas é a participação maciça de negros no movimento Constitucionalista em 1932. A Legião Negra foi um grupo formado por negros que lutavam ao lado dos paulistas na revolução. [Leia aqui um bom texto sobre esse assunto]

O governo Constitucional de Vargas

As principais alterações no quadro político a partir do início do governo Constitucional foram: a elaboração da nova Constituição do país (mais centralizadora); a forma de eleição do Presidente da República seria indireta, onde a nomeação seria dada pela Assembleia Constituinte, sem direito à reeleição.

Destaque importante precisa ser dado à ampliação do quadro de confronto ideológico. De um lado, organização a Ação Integralista Brasileira (AIB); de outro, a Aliança Nacional Libertadora (ANL). As diferenças entre as duas são grandes, veja:

A AIB tinha inspiração fascista e pregava um Estado autoritário, antiliberal, antidemocrático, unipartidário e ultranacionalista. Seu lema era “Deus, Pátria e Família” e seu líder, Plínio Salgado.
Já a ANL era uma reunião de grupos ligados aos socialistas, comunistas e democráticos. Foi fundada em 1935 e tinha em Luís Carlos Prestes o seu presidente. Defendia, entre outras questões, a nacionalização de empresas estrangeiras, o cancelamento da dívida externa, o combate ao latifúndio e a reforma agrária. Foi colocada na ilegalidade em 1935, sendo reprimida brutalmente após o levante comunista de 1935, conhecido como Intentona Comunista.

O governo ditatorial: O Estado Novo

O pretexto para Vargas continuar no poder mesmo após o final de seu mandato constitucional foi um suposto plano elaborado pelos comunistas para invadir o Brasil. O Plano Cohen foi forjado com a ajuda dos Integralistas e garantiu a suspensão, com o apoio do alto comando das forças armadas, a eleição presidencial marcada para 1938.

Ao criar um inimigo, Vargas conseguiu dissolver o Congresso Nacional, destituir governadores de oposição e outorgar uma nova Constituição, a de 1937 conhecida pelo nome de Polaca, já que se inspirou na Constituição da Polônia, à época, um autoritário. Estava inaugurado um Estado autoritário conhecido como Estado Novo.

Muitas mudanças foram colocadas em vigor, todas de cunho centralizador. Por exemplo: o governo passou a controlar as lideranças estaduais por meio de interventores; o Estado passou a estabelecer a censura para limitar as manifestações públicas, além de proibir e fechar sindicatos (órgãos de classe só poderiam existir se fossem autorizados e atrelados ao governo); proibiu greves; controlou a educação e as manifestações culturais; consolidou as Leis do Trabalho, idealizada a partir da Carta del Lavoro, documento fascista de 1926; criou o DIP – Departamento de Imprensa e Propaganda com o objetivo de fiscalizar e controlar os meios de comunicação; criou a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), em 1941, e a CVRD (Companhia vale do Rio Doce), em 1942; entrou na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados.

Sobretudo esse último ponto – a entra na guerra ao lado dos Aliados – revela as contradições internas do governo Vargas. Ao mesmo tempo em que assumia uma postura fascista em relação ao controle do comportamento social, auxiliou no combate ao nazismo e ao fascismo ao longo da Segunda Guerra. Com a vitória dos Aliados em 1945, o mundo passou a viver uma onde democrática e a ditadura do Estado Novo perdeu sua razão de existir.

A “transição democrática”

Terminada a Segunda Guerra, o Brasil viu caminhos para reestabelecer a democracia interna. Para trilhar esse caminho, foi concedida anistia e liberdade aos presos políticos, bem como foram anunciadas eleições para o final de 1945. Uma nova Assembleia Constituinte foi convocada com o objetivo de reformar as leis nacionais. Por fim, a censura foi proibida e uma nova reorganização partidária entrou em vigor. O PCB (Partido Comunista Brasileiro) voltou à legalidade, o PSD (Partido Social Democrático) ganhou vida por ser ligado à Vargas e possuir um viés mais conservador. A UDN (União Democrática Nacional) passou a ser oposição liberal a Vargas; era ligada ao capital estrangeiro. Por fim, o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) aglutinou trabalhadores e sindicatos em torno de Vargas; daí nasce a alcunha de “Pai dos Pobres”. Vargas, nesse momento, já assume uma faceta nacionalista, afastando-se do rótulo de ditador. O PCB, junto com o PTB, apoia a candidatura de Vargas, já que era este considerado o “mal menor”. Chamamos esse momento de Queremismo.

Contados os votos, o General Dutra, ex-ministro de Vargas, vence as eleições.

A República Populista (1946 – atual)

Uma nova Constituição foi formulada em 1946. Ela garantiu a independência e o equilíbrio entre os poderes, além da autonomia dos estados e a garantia dos direitos individuais.

No contexto da Guerra Fria, o presidente Dutra rompe relações diplomáticas com a URSS e coloca, novamente, o PCB na ilegalidade a partir de uma Doutrina de Segurança Nacional.

Nesse momento é possível verificar também a forte influência do capital estrangeiro no Brasil, o que caracteriza a dependência brasileira.

Em 1951 Vargas vence eleições constitucionais através de uma dobradinha entre o PSD e o PTB. É um segundo mandato de Vargas, retomando o poder ainda mais nacionalista. Essa fase é importante porque é nesse período que se verifica a criação de um Frente de Intervenção Estatal com a fundação da Petrobrás em 1953. Desenhava-se no horizonte um Vargas diferente que logo assume seu nacionalismo também na área econômica. A Lei de Remessa de Lucros enviada ao Congresso limitaria em 10% o envio do lucro de empresas estrangeiras estabelecidas no Brasil às suas matrizes no exterior. Em relação aos trabalhadores, seu Ministro João Goulart, dobra o salário mínimo, o que faz com que setores ligados ao capital estrangeiro organizem-se em torno da UDN contra Vargas.

Em agosto de 1954, a imprensa noticia o “crime da Rua Toneleiros”. Segundo a notícia, Carlos Lacerda, eloquente líder da UDN, teria sido vítima de uma tentativa de assassinato, onde o Major da Aeronáutica, Rubens Vaz, acabou morto. A guarda presidencial de Vargas foi acusada de envolvimento. Vargas foi forçado a renunciar, mas seu fim é o suicídio no dia 24 de agosto daquele ano.

A carta deixada por Vargas revela muito da instabilidade política que o Brasil vivia.

Com Vargas fora da cena política brasileira, o país passa por uma instabilidade muito grande. Em 16 meses, foram três Presidentes no cargo. Finalmente, em 1956, Juscelino Kubitschek é eleito.



Link da apostila para download em formato de impressão. 

Impeachment

Nota: Este texto nada tem a ver com o processo de impeachment vigente no legislativo brasileiro. Ele é meramente informativo, destinado aos vestibulandos e não opina sobre a constitucionalidade do processo.

É diária a notícia sobre o processo de impeachment que recai sobre a Presidenta da República. Nos últimos meses, aprendemos através da mídia o que é impeachment... Será?

Tendemos a traduzir impeachment como “impedimento”, já que aquilo que nos é mostrado diariamente é que, aprovado o impeachment da Presidenta, ela estaria impedida de continuar no cargo. No entanto, etimologicamente, ou seja, a partir do estudo da evolução da palavra, impeachment traduzido por “impedimento” pode ser inadequado. O linguista Aldo Bizzocchi, em seu blog para a Revista Língua, faz uma breve análise da origem da palavra.

À História, interessa saber que impeachment é um processo legal, previsto na Constituição de 1988 (se quiser saber mais sobre as Constituições do Brasil, acesse aqui outro texto) que visa punir autoridades do Executivo (Prefeitos, Governadores e Presidentes) ou do Judiciário do contra crimes de responsabilidade. A sentença é aplicada pelo Legislativo, seja o estadual ou o federal. A Constituição, em seu artigo 85, versa sobre esses crimes de responsabilidade, em especial quando eles recaem sobre a Presidência da República. Diz ela:

Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.

Além dos eventos relatados na Constituição, também existe um entendimento de que os crimes de responsabilidade podem ser contra a probidade administrativa. Esse é o caso do processo que corre conta a Presidenta e não, como muitos pensam, sobre a Operação Lava-Jato (ao menos por enquanto).

Em 1992 o Brasil já passou por um momento político semelhante. O então presidente Fernando Collor de Mello sofreu um processo de impeachment, sendo retirado do poder além de ter ficado inelegível por oito anos. Em seu lugar, assumiu o vice, Itamar Franco, que governou o país até o ano de 1995.

No caso de Collor, além dos problemas relacionados à economia, sobretudo à inflação que chegava a 400% acumulados ao ano, uma série de denúncias de corrupção foi revelada à imprensa pelo seu irmão, Pedro Collor de Mello. Entre elas, a da existência de um esquema de lavagem de dinheiro no exterior comandado por Paulo César (PC) Farias, tesoureiro da campanha eleitoral de 1989.

Coube ao Congresso instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso, comprovando, mais tarde, o envolvimento do Presidente com inúmeros casos ilícitos.

Collor ainda tentou dois artifícios para se manter no cargo. Primeiro fez um apelo aos seus eleitores para que fosse às ruas barrar o processo. Não foi atendido. No lugar da defesa, muitos exigiram a cassação do mandato, sobretudo estudantes que receberam o nome de “caras pintadas” pela imprensa da época. Sem apoio popular, Collor tentou renunciar para manter seus direitos políticos. Não adiantou. Em dezembro foi considerado culpado ficando inelegível por dois mandatos.

Collor é, atualmente, Senador da República por Alagoas.

ALGUMAS QUESTÕES SOBRE O TEMA

1- (FUVEST 2012)

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse nesta segunda-feira [30/5] que o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello foi apenas um “acidente” na história do Brasil. Sarney minimizou o episódio em que Collor, que atualmente é senador, teve seus direitos políticos cassados pelo Congresso Nacional.

“Eu não posso censurar os historiadores que foram encarregados de fazer a história. Mas acho que talvez esse episódio seja apenas um acidente que não devia ter acontecido na história do Brasil”, disse o presidente do Senado.
Correio Braziliense, 30/05/2011.

Sobre o “episódio” mencionado na notícia acima, pode-se dizer acertadamente que foi um acontecimento

A) de grande impacto na história recente do Brasil e teve efeitos negativos na trajetória política de Fernando Collor, o que faz com que seus atuais aliados se empenhem em desmerecer este episódio, tentando diminuir a importância que realmente teve.

B) nebuloso e pouco estudado pelos historiadores, que, em sua maioria, trataram de censurá-lo, impedindo uma justa e equilibrada compreensão dos fatos que o envolvem.

C) acidental, na medida em que o impeachment de Fernando Collor foi considerado ilegal pelo Supremo Tribunal Federal, o que, aliás, possibilitou seu posterior retorno à cena política nacional, agora como senador.

D) menor na história política recente do Brasil, o que permite tomar a censura em torno dele, promovida oficialmente pelo Senado Federal, como um episódio ainda menos significativo.

E) indesejado pela imensa maioria dos brasileiros, o que provocou uma onda de comoção popular e permitiu o retorno triunfal de Fernando Collor à cena política, sendo candidato conduzido por mais duas vezes ao segundo turno das eleições presidenciais.

2- (ENEM 2011)


Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 17 abr. 2010 (adaptado). (Foto: Reprodução/Enem)

O movimento representado na imagem, do início dos anos de 1990, arrebatou milhares de jovens no Brasil. Nesse contexto, a juventude, movida por um forte sentimento cívico,

A) aliou-se aos partidos de oposição e organizou a campanha Diretas Já.

B) manifestou-se contra a corrupção e pressionou pela aprovação da Lei da Ficha Limpa.

C) engajou-se nos protestos relâmpago e utilizou a internet para agendar suas manifestações.

D) espelhou-se no movimento estudantil de 1968 e protagonizou ações revolucionárias armadas.

E) tornou-se porta-voz da sociedade e influenciou no processo de impeachment do então presidente Collor.





GABARITO
1- A / 2 E

(nível: fácil)



REFERÊNCIA

JUSBRASIL. O que é impeachment. Disponível em http://gabrielmarques.jusbrasil.com.br/artigos/172450520/o-que-e-impeachment Acesso em 30 mar. 2016.

Macarthismo

A motivação para este pequeno resumo vem dos atuais acontecimentos no Brasil. É preciso deixar claro, no entanto, que a História não é uma simples repetição de fatos, como num ciclo infindável, mas consegue nos auxiliar nas interpretações de práticas e comportamentos sociais.

Quando me refiro aos acontecimentos brasileiros, falo, em especial, de casos de intolerância que beiram à neurose de outras – sombrias – épocas. São eventos como a agressão sofrida pelo arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, por uma mulher que, segundo algumas fontes, o taxou de “comunista infiltrado na Igreja”, juntamente com a CNBB1; como o do menino ameaçado porque vestia uma camisa vermelha imitando a bandeira da Suíça (sic)2; ou da mãe que teve negada uma consulta pediátrica ao seu filho por uma médica pelo suposto fato de pertencer ao PT3.

Esses casos tiveram repercussão na imprensa (e eu tomei bastante cuidado em não usar como fontes apenas sites mais “partidarizados”, buscando evidências em portais de grande mídia, igualmente partidarizados, mas, em geral, em oposição ao evento contado), mas, certamente, outros têm acontecido no Brasil graças à polarização que tomou conta do cenário político nacional.

**

Durante a década de 1950, após o final da Segunda Guerra Mundial, portanto, inaugurou-se nos EUA uma histeria anticomunista que tinha no Senador Joseph McCarthy seu principal ator. Eram tempos de luta pela hegemonia mundial num mundo dividido ideologicamente entre os dois polos vencedores da guerra: EUA e URSS.

Assim, naquele período, uma série de medidas foi tomada no país da América do Norte com o objetivo de eliminar um pretenso “perigo vermelho”. Ainda em 1950, por exemplo, todos aqueles que simpatizassem com o comunismo precisariam se registrar. Outra ação foi a criação do “Comitê de Atividades Antiamericanas”, cujo objetivo era procurar, julgar e condenar qualquer pessoa que se alinhasse de forma mais progressiva frente à politica estadunidense.

O cenário foi de clara intervenção nas liberdades políticas e individuais de várias pessoas, dentre elas personalidades do cinema, cientistas e ativistas políticos, muitos deles sem qualquer envolvimento com ideias ditas de Esquerda.

CITAÇÕES E REFERêNCIAS

1“Dom Odilo é agredido em missa que marca início da celebração da Páscoa” http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2016/03/dom-odilo-e-agredido-em-missa-que-marca-inicio-da-celebracao-da-pascoa.html Acessado em 25 mar. 2016
“Vídeo do “Jornalistas Livres” que mostra a agressão a Dom Odilio”
https://www.youtube.com/watch?v=8BW95yMv0I0 Acessado em 25 mar. 2016
1“Não aceitamos que partidos se aproveitem para dar golpe, diz bispo” http://www.jb.com.br/pais/noticias/2016/03/21/nao-aceitamos-que-partidos-se-aproveitem-para-dar-golpe-diz-bispo/ Acessado em 25 mar. 2016
2“Polarização cria 'bullying político' em escolas”
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/03/160322_salasocial_polarizacao_criancas_if Acessado em 25 mar. 2016
3“Ex-secretária de Estado do RS diz que pediatra recusou atendimento por motivos políticos” http://extra.globo.com/noticias/brasil/ex-secretaria-de-estado-do-rs-diz-que-pediatra-recusou-atendimento-por-motivos-politicos-18949292.html Acessado em 25 mar. 2016


ALGUMAS QUESTÕES SOBRE O TEMA

1- (FGV-SP) Podemos definir o macarthismo como:

A) Uma dura campanha de investigações dirigida por parlamentares norte-americanos, voltada a quem fosse considerado suspeito de subversão ou colaboração com os países comunistas.
B) Uma campanha antissemita que se estabeleceu nos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial e que investigava as vinculações entre os judeus e os dirigentes soviéticos.
C) Uma campanha de investigações que se voltou contra sindicalistas, intelectuais e cientistas e poupou os artistas de Hollywood, os diretores de cinema e os escritores norte-americanos.
D) Uma campanha publicitária que procurava enaltecer o senador Joseph McCarthy, candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos da América e que era profundamente anticomunista.
E) Uma política de aproximação entre os EUA e a União Soviética liderada, na década de 1940, pelo socialista Joseph McCarthy, em virtude da necessidade de derrotar o nazifascismo.


2- Leia o trecho abaixo:

“[...] telefonou-me um comissário da polícia federal; segundo ordem que recebera, avisava-me que eu devia aguardar convocação para comparecer, em Washington, perante a Comissão de Atividades Antiamericanas. Éramos dezenove notificados. […] passei telegrama aos convocadores, acentuando que tinha em suspenso uma vasta empresa, com prejuízos sensíveis […]. Contudo – concluí –, como declaração prévia, posso desde logo adiantar que não sou comunista, nem jamais me inscrevi em qualquer partido ou organização política, sendo apenas o que se chama 'um pacifista'. Espero que isso não chocará (sic) a Comissão.
Atenciosamente, Charles Chaplin.”
CHAPLIN, Charles. Minha Vida. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989.

A investigação de pessoas envolvidas com “atividades antiamericanas” atingiu diversos setores da sociedade estadunidense durante a década de 1950, inclusive os grupos artísticos de Hollywood. No contexto da Guerra Fria, essas investigações e perseguições deflagradas pelo macarthismo associavam o antiamericanismo ao:

A) fascismo.
B) nazismo.
C) nacionalismo.
D) comunismo.
E) liberalismo

GABARITO:
1- A // 2- D
(nível: fácil)

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