Política

Acometido por uma gripe que só me proporciona o repouso de bom, tenho tempo para escrever sobre algo que há muito tempo me incomoda: a rejeição pública à política.

Não há como condenar ou crucificar o sujeito que, hoje, tem ojeriza à política. Exemplos de falta de credibilidade são jogados na cara de qualquer leitor de jornal, seja aquele das manchetes nas bancas, seja daquele criterioso, que lê dos Editorias às Cartas dos Leitores. Um dos exemplos mais abomináveis foi a cassação, há poucos dias, do “paladino da ética”, cultuado pela grande mídia corporativa, Demóstenes Torres. De exemplo de moral, passou a “boi de piranha”. Acabou cassado numa sessão onde visualizava, da tribuna, figuras como Collor e Sarney. Uma coisa é certa: inocente não era.

Esse e outros milhões de exemplos afastam lamentavelmente o cidadão da Política (com “p” maiúsculo). Mais do que o tradicional e conhecido trecho de Gramsci, “Os indiferentes”, costumo argumentar com aqueles que ainda me incitam ao debate: se não há tomada de espaços públicos por aqueles que ainda nutrem certa indignação com o cenário que se apresenta, alguém ocupará esse espaço e, geralmente, esse alguém não representa ideologias, compromissos, vontades para empreender mudanças.

A aversão à Política implica em uma série de fatores negativos para a sociedade. Tratando-se da esfera municipal, temos, em Nova Friburgo, um agravante: a gigantesca tragédia climática que ocorreu há pouco tempo na cidade deixando um enorme saldo de mortos e desabrigados. Se já não bastasse a falta de interesse e a velha máxima de que “política não se discute”, o friburguense se isolou das questões políticas quando se viu órfão dos órgãos públicos em janeiro de 2011. Isso fez com que o friburguense colocasse no mesmo saco todos que se apresentam à disposição de qualquer cargo público, caindo no grosso erro da generalização. Ainda me recuso a acreditar que “todos são iguais” porque creio que, justamente as diferenças, sejam de caráter, conduta moral ou ética, pautam a existência das pessoas.

Nesse início de campanha eleitoral me recuso a taxar todos de políticos de desonestos. As críticas, as análises e, finalmente, o voto, devem ser feitas sob criteriosa atenção ao passado e atuação de cada um. No pleito que se apresenta, temos de tudo, até gente que sempre esteve ao lado das reinvindicações mais nobres. Não estão, portanto, no “mesmo saco” dos políticos desonestos. Neste pleito existem pessoas que escutam, ao longo de anos, as críticas de que atrapalham o trânsito com protestos, que são “esquerdistas”, sectários, sonhadores, utópicos, portadores de mensagens ultrapassadas e que, ao iniciar a campanha política, sofrem a crítica avessa: só aparecem de dois em dois anos, em épocas de eleição. Nesse pleito, também existe gente com o claro objetivo de enriquecer e se perpetuar no cargo público.

Em 2012, o eleitor brasileiro tem excelentes oportunidades de verificar a trajetória de vida de todos os candidatos. A Justiça Eleitoral possui um banco de dados razoável que conta com nome, formação, limite de gastos, declaração de bens etc de cada candidato. Com dois minutos é possível conhecer a fundo cada candidato. As redes sociais também aparecem como destruidoras da enorme barreira que separam os grandes candidatos da ordem, com muitos minutos em horário gratuito de rádio e TV daqueles menores, sem coligações intermináveis, que não monopolizam esse espaço.

Mesmo que essas eleições sejam “novas”, valem os mesmo velhos conselhos: o voto consciente não se decide de frente para a urna, voto não se vende, não se vota naquele que tem mais chance de ganhar ou no candidato mais bonito... E mais: campanhas milionárias geram dívidas milionárias e, a gente sabe: ninguém joga dinheiro fora. Quem vai pagar essa conta?

Textos de apoio para a prova de Sociologia - 1968

Pessoal:

Como combinamos, a segunda prova de Sociologia terá como tarefa principal a construção de um texto que trate dos acontecimento do "explosivo" ano de 1968. Para isso, acho legal que vocês pesquisem sobre o tema em jornais, revistas e/ou Internet. Abaixo, compartilho alguns links interessantes. Mãos à obra!

Especial Folha de São Paulo sobre o maio de 1968. Site riquíssimo! Recomendado! 

1968: O voo e a queda.

 O que foi o movimento de maio de 68 na França?

Textos de apoio para a prova de Sociologia

Como combinado, seguem os textos de apoio para a segunda prova de Sociologia.

A prova será composta de uma única questão que objetiva discutir a função, o que deu (dá) certo e o que que (dá) errado. É fundamental que vocês leiam os textos abaixo (e outros que encontrem e julguem mais adequados) para fundamentar as opiniões na prova.

LINK 1 - "Nem elogiou Beltrame e projeto das UPPs". (segue bem aquela linha da entrevista que o Nem concedeu à Época). - Jornal O Globo;

LINK 2 - "UPPs: Pacificação ou controle autoritário?" - Viva Rio;

LINK 3 - "As UPPs e a guerra urbana do tráfico" - DefesaNet

LINK 4 - Imagem



Violência Institucionalizada

Pessoal:

Na aula de amanhã, dia 29/05/2012, trataremos do tema título deste texto: a violência institucionalizada.

O texto colado abaixo servirá para algumas reflexões da aula e também de base de estudo para  segunda avaliação bimestral de Sociologia. Amanhã dou mais detalhes, mas é fundamental que leiam o que segue:



Não costumamos [...] fazer uma avaliação histórica da violência institucionalizada em nosso país. Os maus-tratos contra os negros no Brasil eram comuns. O que dizer da violência contra a mulher, que só recentemente, em termos de história, pôde votar?! A mulher que ainda é oprimida – até os seus salários são inferiores ao salário do homem. E retomando a questão dos afro-descendentes, vê-se que nós temos uma imensa dívida social que até hoje ainda não foi paga – os mais de três séculos de escravidão. Os dados estatísticos demonstram que eles são as maiores vítimas da criminalização. “Negro morre de bala e branco do coração”, diz Rodrigo Vergara, que completa: “os homicídios por arma de fogo são a principal causa de morte entre negros. Morreram dessa forma 7,5% dos negros estudados, contra 2,8% dos brancos. Entre estes, essa foi a quinta causa de morte”1.

As chacinas (Eldorado do Carajás, Acari, Candelária, Vigário Geral, dentre outras) tornaram o Brasil mundialmente conhecido como exemplo de violência contra os mais humildes. O caso mais escabroso foi a execução de 111 detentos no pavilhão 9 da casa de detenção de São Paulo. O mais triste de tudo isso é que 85% deles eram presos provisórios, isto é, dos 111, 84 deles não haviam sido, sequer, julgados2.

De 1986 a 1996 foram registrados 6.033 assassinatos de meninos-de-rua no Rio de Janeiro, revelando descaso público com a criança e o adolescente desamparado.

E agora pergunto: há pena de morte no Brasil? E prisão perpétua? O discurso dogmático e positivista vai, obviamente, dizer que não. Mas existe, sim, embora que não institucionalizada.

Não devemos ser idealistas no sentido de imaginar que só existe o que está no papel. Os dados acima falam por si sobre a pena de morte não institucionalizada. Já a prisão perpétua se dá pelo índice de reincidência que beira 1/3. É a fossilização do indivíduo, que ingressa no sistema penal e de lá não consegue mais sair.

O Direito Penal conseguirá, isoladamente, resolver a questão da criminalidade? Não, não conseguirá. É preciso mudar a estrutura social do Estado, diminuir as disparidades. Enquanto isso não ocorrer, isso aqui não será uma Noruega.

Considerando que cada sociedade tem o crime que (muitas vezes) ela mesma produz e merece, uma política séria e honesta de prevenção deve começar por um sincero esforço de autocrítica, revisando os valores que a sociedade oficialmente pratica e proclama3.

Em todo caso, mais vale a certeza da punição que a gravidade da pena. Um exemplo disso são as lombadas eletrônicas, na órbita administrativa. Quem de nós, em sã consciência, passaria, sem necessidade, por elas excedendo a velocidade permitida, mesmo sem saber o valor da multa?! Ninguém. Sabe-se que há uma câmera que registrará a passagem do veículo e sua velocidade, fotografando as características individualizadas do automóvel e sua placa, em caso de desobediência.

Para o psicólogo social americano MICHENER, o controle da violência só se dá se ocorrer as seguintes condições: (1) a punição dever vir imediatamente após o ato agressivo; (2) ela deve ser vista como uma conseqüência lógica daquele ato; (3) ela não deve violar as normas socialmente legítimas. Sem essas condições, as pessoas percebem a punição como injusta e acabam reagindo com raiva. E conclui que o sistema judiciário criminal falha no cumprimento dessas condições, seja pela baixa probabilidade de punição, seja porque a punição é demorada e, por isso mesmo, poucos a consideram como conseqüência lógica dos seus atos (impunidade)4.

REFERÊNCIAS:

1 VERGARA, Rodrigo, apud PEDROSO, Regina Célia. Violência e cidadania no Brasil: 500 anos de exclusão. São Paulo: Editora Ática, 2002. p. 20.
2
PEDROSO, 2002. pp. 70-81.
3
MOLINA, García-Pablos de; GOMES, Luiz Flávio. Criminologia: introdução a seus fundamentos teóricos : introdução às bases criminológicas da lei 9.099/95 – lei dos juizados especiais criminais. 4 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002. p. 457.
4
MICHENER, 2005. p. 343.

Texto extraído de Rosivaldo Toscano Jr. Disponível em http://www.rosivaldotoscano.com/2010/04/violencia-institucionalizada.html Acesso em 28 mai. 2012.

Relação de trabalhos entregues pelo RESPOSTÃO

2º BIMESTRE

Lembrando que os alunos que quiserem podem entregar o trabalho impresso ou escrito à mãi, sguindo minimamente as normas de formatação estabelecidas pelo colégio. Evite imprevistos deixando a impressão ou a postagem no site para a última hora.

TURMA 900
História
Prazo para entrega:
PRAZO ENCERRADO


Lucas;
Milena Barrozo;
Victor Duarte;
Letícia Valecilo;
Beatriz;
Leonardo;
Felipe (impresso);
Victor Carvalho;
Igor;
Lara;
Luiz Fernando;
Cristopher;
Júlia;
Milena Pereira;
Mariane;
Gustavo;
Breno;
Letícia Bom;
Ana Paula;
Kaylla;
Tatiana;
Fernanda. 


TURMA 2000
Sociologia
PRAZO ENCERRADO

Michele;
Yasmim;
Carol;
Kevin;
Marina;
Vitor;
Isabele;
Tayná;
Karinny;
Tamires;
Lucas Marchon (impresso);
Lucas Rafael (impresso);
Thatiana (impresso);
Danilo (impresso);
Dayanna (impresso);
Gustavo;
João Victor;
Nayane;
Hugo Schumaker;
Arthur;
Hugo Neves;
Nicoly (impresso);
Nathália (impresso);
Diego;
Ágatha;
Flávia;
Victoria. 

TURMA 3000
Sociologia
PRAZO ENCERRADO


Nathálya;
Cassiano;
Gabriel Santarém;
Viviane;
Rafaella;
Ana Gabrielly;
George;
Lívia;
Letícia,
Matheus Valadão;
Otávio,
Pedro;
Karoline;
Oziel;
Gabriel Amilton;
Jorge;
Larissa;
David;
Matheus Pereira;
Dora;
Alice;
Douglas.



TURMA 3000
História
Prazo de entrega: 11/06/2012
Última atualização da lista: 08/06/2012, às 14:35h.

Nathálya;
Brayan;
Viviane;
George;
Letícia.

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