Violência Institucionalizada

Pessoal:

Na aula de amanhã, dia 29/05/2012, trataremos do tema título deste texto: a violência institucionalizada.

O texto colado abaixo servirá para algumas reflexões da aula e também de base de estudo para  segunda avaliação bimestral de Sociologia. Amanhã dou mais detalhes, mas é fundamental que leiam o que segue:



Não costumamos [...] fazer uma avaliação histórica da violência institucionalizada em nosso país. Os maus-tratos contra os negros no Brasil eram comuns. O que dizer da violência contra a mulher, que só recentemente, em termos de história, pôde votar?! A mulher que ainda é oprimida – até os seus salários são inferiores ao salário do homem. E retomando a questão dos afro-descendentes, vê-se que nós temos uma imensa dívida social que até hoje ainda não foi paga – os mais de três séculos de escravidão. Os dados estatísticos demonstram que eles são as maiores vítimas da criminalização. “Negro morre de bala e branco do coração”, diz Rodrigo Vergara, que completa: “os homicídios por arma de fogo são a principal causa de morte entre negros. Morreram dessa forma 7,5% dos negros estudados, contra 2,8% dos brancos. Entre estes, essa foi a quinta causa de morte”1.

As chacinas (Eldorado do Carajás, Acari, Candelária, Vigário Geral, dentre outras) tornaram o Brasil mundialmente conhecido como exemplo de violência contra os mais humildes. O caso mais escabroso foi a execução de 111 detentos no pavilhão 9 da casa de detenção de São Paulo. O mais triste de tudo isso é que 85% deles eram presos provisórios, isto é, dos 111, 84 deles não haviam sido, sequer, julgados2.

De 1986 a 1996 foram registrados 6.033 assassinatos de meninos-de-rua no Rio de Janeiro, revelando descaso público com a criança e o adolescente desamparado.

E agora pergunto: há pena de morte no Brasil? E prisão perpétua? O discurso dogmático e positivista vai, obviamente, dizer que não. Mas existe, sim, embora que não institucionalizada.

Não devemos ser idealistas no sentido de imaginar que só existe o que está no papel. Os dados acima falam por si sobre a pena de morte não institucionalizada. Já a prisão perpétua se dá pelo índice de reincidência que beira 1/3. É a fossilização do indivíduo, que ingressa no sistema penal e de lá não consegue mais sair.

O Direito Penal conseguirá, isoladamente, resolver a questão da criminalidade? Não, não conseguirá. É preciso mudar a estrutura social do Estado, diminuir as disparidades. Enquanto isso não ocorrer, isso aqui não será uma Noruega.

Considerando que cada sociedade tem o crime que (muitas vezes) ela mesma produz e merece, uma política séria e honesta de prevenção deve começar por um sincero esforço de autocrítica, revisando os valores que a sociedade oficialmente pratica e proclama3.

Em todo caso, mais vale a certeza da punição que a gravidade da pena. Um exemplo disso são as lombadas eletrônicas, na órbita administrativa. Quem de nós, em sã consciência, passaria, sem necessidade, por elas excedendo a velocidade permitida, mesmo sem saber o valor da multa?! Ninguém. Sabe-se que há uma câmera que registrará a passagem do veículo e sua velocidade, fotografando as características individualizadas do automóvel e sua placa, em caso de desobediência.

Para o psicólogo social americano MICHENER, o controle da violência só se dá se ocorrer as seguintes condições: (1) a punição dever vir imediatamente após o ato agressivo; (2) ela deve ser vista como uma conseqüência lógica daquele ato; (3) ela não deve violar as normas socialmente legítimas. Sem essas condições, as pessoas percebem a punição como injusta e acabam reagindo com raiva. E conclui que o sistema judiciário criminal falha no cumprimento dessas condições, seja pela baixa probabilidade de punição, seja porque a punição é demorada e, por isso mesmo, poucos a consideram como conseqüência lógica dos seus atos (impunidade)4.

REFERÊNCIAS:

1 VERGARA, Rodrigo, apud PEDROSO, Regina Célia. Violência e cidadania no Brasil: 500 anos de exclusão. São Paulo: Editora Ática, 2002. p. 20.
2
PEDROSO, 2002. pp. 70-81.
3
MOLINA, García-Pablos de; GOMES, Luiz Flávio. Criminologia: introdução a seus fundamentos teóricos : introdução às bases criminológicas da lei 9.099/95 – lei dos juizados especiais criminais. 4 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002. p. 457.
4
MICHENER, 2005. p. 343.

Texto extraído de Rosivaldo Toscano Jr. Disponível em http://www.rosivaldotoscano.com/2010/04/violencia-institucionalizada.html Acesso em 28 mai. 2012.

Relação de trabalhos entregues pelo RESPOSTÃO

2º BIMESTRE

Lembrando que os alunos que quiserem podem entregar o trabalho impresso ou escrito à mãi, sguindo minimamente as normas de formatação estabelecidas pelo colégio. Evite imprevistos deixando a impressão ou a postagem no site para a última hora.

TURMA 900
História
Prazo para entrega:
PRAZO ENCERRADO


Lucas;
Milena Barrozo;
Victor Duarte;
Letícia Valecilo;
Beatriz;
Leonardo;
Felipe (impresso);
Victor Carvalho;
Igor;
Lara;
Luiz Fernando;
Cristopher;
Júlia;
Milena Pereira;
Mariane;
Gustavo;
Breno;
Letícia Bom;
Ana Paula;
Kaylla;
Tatiana;
Fernanda. 


TURMA 2000
Sociologia
PRAZO ENCERRADO

Michele;
Yasmim;
Carol;
Kevin;
Marina;
Vitor;
Isabele;
Tayná;
Karinny;
Tamires;
Lucas Marchon (impresso);
Lucas Rafael (impresso);
Thatiana (impresso);
Danilo (impresso);
Dayanna (impresso);
Gustavo;
João Victor;
Nayane;
Hugo Schumaker;
Arthur;
Hugo Neves;
Nicoly (impresso);
Nathália (impresso);
Diego;
Ágatha;
Flávia;
Victoria. 

TURMA 3000
Sociologia
PRAZO ENCERRADO


Nathálya;
Cassiano;
Gabriel Santarém;
Viviane;
Rafaella;
Ana Gabrielly;
George;
Lívia;
Letícia,
Matheus Valadão;
Otávio,
Pedro;
Karoline;
Oziel;
Gabriel Amilton;
Jorge;
Larissa;
David;
Matheus Pereira;
Dora;
Alice;
Douglas.



TURMA 3000
História
Prazo de entrega: 11/06/2012
Última atualização da lista: 08/06/2012, às 14:35h.

Nathálya;
Brayan;
Viviane;
George;
Letícia.

Trabalho de História para a 900

Pessoal:

Abaixo está a proposta de trabalho para a composição da nota do Segundo Bimestre. Antes de continuar, leiam algumas informações importantes:


  • O prazo final para a entrega deste trabalho é 04/06/2012;
  • O trabalho PODE SER ENTREGUE pela Internet (e eu prefiro), mas isso NÃO É UMA OBRIGAÇÃO! O aluno que estiver impossibilitado de entregar o trabalho on line pode optar pela impressão em uma folha ou, ainda, entregá-lo escrito à mão. Uma questão é importante: Seja qual for a forma de entrega, só aceitarei trabalhos até o dia 04/06;
  • Para quem optar pela entrega em papel, o enunciado do trabalho está no livro 2, páginas 94 e 95;
  • Para quem for imprimir o trabalho no colégio, vale a dica: A escola não imprime trabalhos na véspera ou no dia da entrega, portanto, esteja adiantado; 
  • Para a entrega pelo site, o aluno deve, primeiro, procurar seu nome na lista de alunos. Após, deve responder as perguntas nos campos adequados;
  • Após terminar, deve clicar em ENVIAR e verificar se a mensagem informando que o trabalho foi enviado apareceu na tela;
  • Se o formulário de respostas não aparecer no final desta página, você pode tentar responder clicando aqui.
  • Entre em contato comigo em caso de dúvidas, mas não deixe para a última hora, ok?
LEIA O TEXTO ABAIXO
(disponível na página 94 e 95 do Livro 2)


No final da década de 1930, a superação da Grande Depressão permitiu aos EUA retomar a ideologia do American Way of Life que associava a felicidade das pessoas à quantidade de bens que conseguissem consumir. Muitos países tentaram (e tentam até hoje) imitar os EUA nesse sentido.

Leia o fragmento abaixo, a respeito dos custos ambientais do consumo desenfreado. Depois, responda as questões.

Muitas de nossas ações em favor de um mundo melhor envolvem a questão do consumo. O planeta é habitado atualmente por 6,5 bilhões de pessoas, a maioria delas com aspirações (perfeitamente legítimas e compreensíveis) de atingir o glorificado padrão de vida norte-americano. Ocorre, porém, que os Estados Unidos, que possuem apenas 1/25 da população do mundo, são responsáveis por um terço de todo o consumo de energia e de toda a dilapidação de recursos naturais. Logo, alcançar seu padrão de vida é um objetivo claramente impossível, e persegui-lo só pode trazer (e está trazendo) uma imensa frustração para a grande maioria dos seres humanos. Se considerarmos que, em linhas gerais, a intensidade da crise ecológica é proporcional tanto ao tamanho da população quando ao consumo de recursos per capita, não há outro jeito: é preciso reduzir um ou outro – ou ambos.
Fernando Fernandez. Aprendendo a lição de Chico Canyon. Do “desenvolvimento sustentável” a uma vida sustentável. São Paulo: Instituto Ethos, 2005. p. 16.


Violência Urbana

Pessoal:

Como comentado na aula de hoje (08/05), segue o esquema para o trabalho de Sociologia, valendo nota para o Segundo Bimestre.

Alguns alertas importantes:

Prazo para entrega encerrado. 

  • O prazo para entrega é até o dia 29 de maio de 2012. Nenhum trabalho será aceito após essa data;
  • O aluno que se julgar impossibilitado de entregar o trabalho diretamente pelo site pode optar pela impressão ou resposta à mão (seguindo as normas básicas de formatação). Ninguém é obrigado a entregar o trabalho pela página;
  • Não se esqueça de localizar o seu nome na lista do "Identifique-se";
  • Digite e salve seu trabalho no seu computador e guarde-o até conhecer a nota. Isso evita contratempos;
  • Após o envio do trabalho, uma mensagem de confirmação aparece na tela, confirmando o envio. Se não aparecer para você, tente novamente;
  • Caso não visualize o formulário abaixo, clique aqui pra enviar sua resposta.



Consciência Coletiva

Prazo final para entrega deste trabalho: dia 31/05 até às 23h59min.

Caso tenha dificuldade em acessar o formulário através desta página ou não visualize a atividade abaixo, acesse o seguinte clique aqui para fazer o trabalho.

Entrem em contato em caso de dúvidas.

Alunos que quiserem, solicitem folha com o enunciado para entrega do trabalho por escrito.

Boa sorte!





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