Mostrando postagens com marcador Reposição. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Reposição. Mostrar todas as postagens

[CEC] 8º ano - Treino para a prova

Pessoal:

Este é um teste para a prova mensal. Não é uma atividade obrigatória, mas é importante que vocês tentem realizá-lo com atenção e dedicação. Os temas abordados foram todos estudados exaustivamente em sala. Você ainda tem a possibilidade de pesquisar no seu livro ou de recorrer à aula de revisão, anterior à prova.

Realize o teste e depois comente o seu resultado com os colegas, verificando os pontos que precisam de maior dedicação.

Boa sorte.



[CEC] 7º ano - Treino para a prova


Pessoal:

Como comentado em sala, segue abaixo um pequeno exercício sobre os temas da nossa próxima prova. Faça-o com atenção, revise suas respostas e, depois de enviar, confira seu progresso, comentando com os colegas quais são as suas dúvidas ou certezas sobre os temas.

Lembro mais uma vez que é uma atividade opcional, ou seja, não há diminuição de nota para quem não fizer.



[CEC] 6º ano 603 - Treino para a prova



Amigos:

Como comentei em sala de aula na última sexta-feira, este teste NÃO É OBRIGATÓRIO, mas uma boa forma de estudar e ainda rever alguma questão antes da avaliação oficial, na sexta-feira, dia 23/09.

A aula de terça-feira, dia 20/09, será para revermos todo o conteúdo. Evitem faltar. Também na prova, evitem ausências, já que somente faltas justificadas e dentro de um limite de tempo serão aceitas para realização de segunda chamada.

Lembro, ainda, que, caso as dúvidas persistam, temos as aulas de reposição e plantão tira-dúvidas às quintas, de 7h às 11h., na sala 50!

Faça o teste abaixo e depois comente seu desempenho com os colegas!


[CEC Rep] 2º ano - Subsídios para as aulas de Sociologia

Tema: “Cidadania: uma questão de direitos
Turmas: ProEMI 2003 e 2005

Considerando nossa conversa ainda sobre o tema “Cidadania”, seguem alguns subsídios citados em aula além da proposta de trabalho pontuado também já apresentado.

Para conhecer um pouco mais sobre a vida e obra de T. H. Marshall, sugiro as seguintes páginas:

1. Biografia: http://autores-obras-sociologiajuridica.blogspot.com.br/2013/03/thomas-humphrey-marshal.html
2. Artigo “Cidadania e Classe Social”: http://www.sociologiapopular.com/2015/05/thomas-marshall-cidadania-e-classe.html

Para ter acesso à íntegra da Declaração Universal dos Direitos Humanos, acesse a página http://www.dudh.org.br/declaracao/

Para conhecer mais sobre o livro “Cidadania no Brasil: um longo caminho”, acesse o Google Books: https://books.google.com.br/books/about/Cidadania_no_Brasil.html?id=tE2HAAAAMAAJ&redir_esc=y&hl=pt-BR

Para ler a biografia do autor, acesse http://www.academia.org.br/academicos/jose-murilo-de-carvalho/bibliografia

PROPOSTA DE ATIVIDADE PONTUADA

Valor: 4,0 pontos
Data da entrega: até o dia 13/09 para a turma 2003 e até o dia 14/09 para a turma 2005. Não serão aceitos trabalhos entregues após estas datas.

Questão Única

Você verificou a partir das aulas que o conceito de cidadania sofreu – e ainda sofre – uma construção, ou seja, ele não nasceu pronto. No entanto, deve ter percebido que existem questões ainda distantes do nosso dia a dia como, por exemplo, acesso a direitos nos campos da saúde, educação etc. Verificamos também que existem Leis que garantem aos homens liberdades políticas, de opinião e religiosas.

Busque, através de uma pesquisa, eventos que mostrem que essas garantias ainda não acontecem plenamente no Brasil. Após isso, construa um texto de pelo menos 15 linhas problematizando a questão da cidadania em nosso país.

[CEC Rep] 1º ano Antiguidade Clássica

ATENÇÃO: Este texto foi entregue em folha na sala. Se você não recebeu, solicite um cópia ao professor.
AULAS PROGRAMADAS PARA A TURMA 1006

Civilização Romana: Formação

Localizada na Península Itálica, expandiu-se para grande parte da Europa, Oriente e norte da África, tornando-se uma das mais gigantescas civilizações da História da Antiguidade Clássica.

Teorias de formação

São duas as teorias de formação de Roma. A Origem mitológica, narrada pelo poeta Virgílio, na Eneida, fala sobre os irmãos Rômulo e Remo. Já a Origem histórica, fala da fusão de povos, entre os quais os lígures e os séculos (autóctones) e os indo-europeus, como os Etruscos (norte), Latinos (centro) e Gregos (ao sul, provenientes da 2ª diáspora)

MONARQUIA - 753 a. C. - 509 a. C. - - Formação (revolta patrícia); poucas fontes.
REPÚBLICA - 509 a. C -27 a. C. - -  Período mais abordado
IMPÉRIO- 27 a. C. – 476 d. C. - - Período mais retratado, com farta fonte histórica

MONARQUIA

Por se tratar do período mais longínquo da História de Roma, é também aquele que menos fontes históricas dispõe. O que sabemos é que a organização social era censitária, baseada na posse da terra. Formavam-se aí genos, pequenas comunidades familiares aos moldes daquelas que ocorreram também na Grécia.

Algumas considerações sobre a pirâmide social romana:

A primeira coisa é entender que os Patrícios, ou seja, os latifundiários que estacionavam no topo da pirâmide social, precisavam possuir terras por duas gerações. Isso quer dizer que, para ser Patrícios, era necessário, antes, ser neto de Patrício. Essa medida restringia bastante o status social e transformava esse patamar social bastante difícil de ser alcançado.

Outra questão muito importante se refere aos escravos. Quando nos deparamos com uma pirâmide social, temos a ideia de que suas divisões também representam quantidade. Logo, no desenho apresentado, pode-se ter a ideia de que a parcela de escravos é a que possui maior quantidade de indivíduos, o que, nesse momento, NÃO é verdade. Os escravos constituem uma pequena parcela da população nesse momento da História de Roma. Eles, no entanto, são os maiores responsáveis pelo trabalho, daí a ideia de que o Modo de Produção Romano é Escravista. Os escravos até então eram contraídos por dívidas não pagas (e aí a escravidão era eterna!) ou através de guerras vencidas pelos romanos. Enfim, para esse caso específico de Roma, o mais interessante na representação gráfica seria um “losango social” no lugar da pirâmide.

REPÚBLICA

A República é, sem dúvida, a fase romana mais abordada nos vestibulares. A explicação é simples: é um período de extensas mudanças no quadro político e social.

Ela se forma a partir de uma revolta dos Patrícios, ocorrida por volta do ano 509 a. C.. A República, portanto, representa a fase do poder Patrício. Esse poder, no entanto, era dividido da seguinte forma:

CONSULADO (Poder Executivo)
Dois Cônsules com mandato de um ano eleitos com voto direto e censitário.

SENADO (Poder Legislativo)
Momeado pelo Consulado, era composto por 300 Patrícios que podiam convocar a Ditadura, uma espécie de governo militar que governaria sem limites por seis meses (prorrogáveis por mais seis) em caso de tensões sociais.

MAGISTRADOS (todos eleitos)
Eram dividos em: Pretores (o Poder Judiciário); Censores (cuidavam da divisão por renda da sociedade); Edis (eram administradores municipais); e Questores (tesoureiros).

As eleições dos Pretores, Censores, Edis e Questores, aconteciam por meios das Assembleias Centuriais. Elas eram compostas da seguinte maneira:

98 Centúrias Patrícias = 9.800 votos (porque 98 x 100 = 9.800);
95 Centúrias Plebeias = 9.500 votos.

Mole perceber que jamais um representante Plebeu conseguiria uma eleição para um cargo Magistrado. Não há isonomia na eleição romana do período.

Sociedade na República

Como já foi mencionado, a sociedade republicana em Roma era escravista, mas não pelo número de escravos, mas pela divisão social. ela também era patriarcal. Isso significava que, para um romano ser considerado cidadão pleno, era necessário ter família e, depois, filhos. Esses filhos eram propriedade do pai, que pode ou não reconhecê-los e testá-los.

O período republicano também foi marcado pelas lutas sociais dos Plebeus. Excluídos do todo político, esse grupo rivalizou com os Patrícios na intenção de conseguir mais terras, o que garantiria maiores direitos. Em 494 a. C., os Plebeus organizaram uma greve geral que deu origem a reformas legislativas. Esse período marca a conquistas de alguns direitos, entre os quais:

- Criação do cargo de Tribuno na Plebe (2 Plebeus e, mais tarde 10, que tinha o poder de veto sobre o Senado);
- As leis passaram a ser escritas, o que garantia maior fidelidade e isonomia entre todos. O primeiro código de leis foi a Lei das XII Tábuas;
- Igualdade jurídica (base do Direito Romano e atual);
- Lei Licínia Sêxtia (todas as terras conquistadas por Roma seriam destinadas aos Plebeus além de garantir que um dos dois cônsules eleitos deveria ser Plebeu);
- Lei Canuleia (garantia liberdade para o casamento entre Patrícios e Plebeus);
- Fim da escravidão por dívida (o que gerou grande impulso à expansão romana);
- Lei Hortência (garantia que decisões tomadas por Plebeus em assembleias populares – os plebiscitos – teria valor de lei).

Guerras Púnicas (246 – 146 a. C.) “Mare Nostrum”

As Guerras Púnicas foram conflitos que envolveram os Romanos e os Cartagineses (Fenícios do norte da África, também conhecidos como Punis). Roma vence a guerra em três batalhas e varre Cartago do mapa. Após a vitória, a terra é salgada, o que passa mensagens aos derrotados e futuros desafiadores do exército Romano: a primeira é de que Roma não precisa de terras, uma vez que terra salgada é terra infértil; a segunda é de que Roma esbanja poder econômico, já que o sal é uma especiaria cara.

Mesmo em vigor, a Lei Licínia Sêxtia não é respeitada e as terras conquistadas não são divididas entre os Plebeus. Assim, há a formação de latifúndios que ficam nas mãos dos Patrícios e, principalmente, dos Generais. Essa fase é conhecida como militarização do Roma, uma vez que militares que conseguem terras, viram Patrícios e podem se transformar em Senadores.

Atentem para o fato de que quanto mais terras Roma conquista, mais escravos ela possui. Nesse sentido, o camponês, aquele que vive da terra, fica ocioso e é obrigado a migrar para a cidade (êxodo rural). Essa ampliação de terras – que podemos chamar de colonialismo romano – leva a um controle inflacionário, uma vez que + terras >> + produtos >> + escravos >> - preço. Os Plebeus, por sua vez, sem terras, ficam ainda mais prejudicados financeiramente.

É nesse cenário de empobrecimento da Plebe, que sua representação ganha força e forma. Do ano de 131 a 121 a. C., os irmãos Graco, talvez os mais importantes Tribunos da Plebe, empreendem um projeto de reforma agrária. Em 131 a. C., Tibério Graco propõe e Lei Agrária que objetivava o cumprimento da Lei Licínia, sob o argumento de que “terra ocupada, era terra protegida”, ou seja, a distribuição de terras aos Plebeus garantiria também proteção territorial.

Obviamente, Tibério recebeu forte oposição no Senado, sobretudo dos Generais, acabando por ser assassinado.

Já em 123 a. C., o irmão de Tibério, Caio, propõe uma nova Lei Agrária (nos mesmos moldes da anterior) e a Lei Frumentária, que obrigava o governo a subsidiar o preço do trigo (lembrando que pão e vinho para um romano eram essenciais). Não conseguindo a aprovação e prática da Lei, Caio se suicida em forma de protesto. Em Roma, o suicídio era a maior forma de protesto existente.

O suicídio da Caio leva a uma grande revolta plebeia, que vai do ano de 121 até 110 a. C.

Crise na República

A série revoltas plebeias ocorridas entre os anos de 121 e 110 a.C. levaram a República a ameaça de uma guerra civil. Se lembrarmos de que o Senado tinha o poder de instalar a Ditadura para controlar tensões sociais, melhor momento para isso não existia. No entanto, esse período que deveria durar no máximo um ano (6 meses + 6 meses), se estende por muito mais tempo. Vejamos quais foram os ditadores:

GAL. MÁRIO (110 – 86 A.C.)
Tio de Júlio César. Perseguido pelo Senado por conta de suas práticas personalistas.

Retira o poder do Senado e empreende uma reforma militar, abrindo o exército aos Plebeus. Institui o soldo, ou seja, o pagamento em sal para os soldados. Esse pagamento não era realizado pelo Estado, ficando a cargo dos próprios Generais. Assim, o vínculo entre a elite militar e os soldados aumentava, logo, o poder dos Generais também. É a ampliação da militarização de Roma.

GAL. SILA (82 – 79 A.C.)
Momento da restauração republicana.

Mais ligado aos Patrícios, Sila empreende uma perseguição aos seguidores de Mário além de devolver o poder de deliberação ao Senado.

GAL. CRASSO (73 – 71 A.C.)
Controlados da Revolta de Sparthacus.

Durante os anos de 73 a 71 a. C., os escravos romanos se revoltaram e o Gal. Crasso foi incumbido de resolver a situação. A impressão que se passava nesse momento era que somente militares conseguiria estabelecer a ordem em Roma.


Nesse cenário de intensa militarização, ocorre, em 60 a. C., mais uma eleição para o consulado e dois Generais são eleitos: Pompeu e Crasso. Lembremos que Generais são Patrícios e a Lei Licínia também exigia que ao menos um Cônsul deveria ser Plebeu, o que não ocorreu nessa eleição. Ela, portanto, foi vista como uma eleição golpista. Somente o apoio popular garantiria os dois Generais no poder.
A solução encontrada foi a criação de um Triunvirato, ou seja, governo formado por três pessoas. O nome certo para essa composição era o de Júlio César, General adorado pela Plebe. Júlio geralmente andava pelas ruas de Roma com moedas nos bolsos para distribuí-las junto aos pobres e necessitados; é por isso que sua chegada efetiva ao poder é vista como o início da política do “pão e circo”.

1º Triunvirato: a divisão da República em três

Em 60 a. C. é instituído o primeiro Triunvirato. Estão no poder, além de Crasso e Pompeu, também Júlio César. Nesse momento o Senado é apenas um órgão figurativo. O acordo estabelecido entre os três governantes é de que um Triúnviro não pode entrar no território do outro Triúnviro com exércitos.

Em 54 a.C., o Gal. Crasso, na tentativa de ocupar terrar ao oriente, comente um erro que custa sua vida e passa à História como “um erra crasso”.

Júlio César, militar em essência e que combatia na Gália, é colocado na ilegalidade por Pompeu, que julga perigoso o aumento de poder por parte de Júlio, considerando-o uma ameaça. Ao receber a notícia, Júlio proclama o lema dos conflitos que seguiram: “Alea jacta est” ou “A sorte está lançada”. Marchando até Roma, cruza o Rio Rubicão com poderosos exércitos (a 13ª Legião, leal a Júlio César, é quase como o Bope da época!), força a fuga de Pompeu para o Egito. Considera-se esse momento como a Apoteose de Júlio César que, com seus exércitos e apoio popular, desfila em Roma.

A partir de 49 a.C., perdurando até 44 a. C., constatamos o início do Principado de César. Reparem que, ao contrário do que é comumente divulgado, Júlio César não foi Imperador de Roma. Nessa fase, ele é um autocrata, ou seja, concentra todos os poderes em suas mãos, além de acumular inúmeros títulos, como o de Ditador Perpétuo, Cônsul Vitalício e Primeiro Cônsul. Com forte oposição, é assassinado no Senado no ano de 44 a. C. proferindo a célebre frase “Até tu, Brutus?”.

2º Triunvirato

O segundo Triunvirato foi composto por Marco Antônio, Otávio e Lépido. Entendendo o porquê dessa formação, temos em Marco Antônio um General egocêntrico, mas muito próximo a Júlio César. Era visto, portanto, como herdeiro natural após o assassinado de Júlio. Em Otávio, sobrinho de Júlio César, vemos uma jovem inexperiente em batalhas, mas muito inteligente. Já em Lépido, temos a fortuna romana, ou seja, o patrocínio do dinheiro à política.

Otávio, mesmo sendo sobrinho, foi testado por Júlio César, ou seja, foi considerado seu filho legítimo por testamento. Lembremos que isso é possível e até comum na Roma daquela época. Esse testamento, no entanto, coloca Marco Antônio em rota de colisão com Otávio. Eles, no entanto, decidem dividir o território imperial e formar um novo Triunvirato. Otávio fica com as possessões romanas. Marco Antônio exige o Egito, de olho na produção de trigo e na venda do produto a Otávio. A Lépido coube o oriente.

Marco Antônio no Egito logo se envolve com Cleópatra. Essa, por sua, já tinha se envolvido com Júlio César em vida e dado à luz a um filho de nome Cesário. Um filho “de sangue” pode ser visto como uma ameaça à herança de Júlio César a Otávio. Logo, a rivalidade entre Otávio e Marco Antônio é ampliada.

Otávio apela à xenofobia romana, ou seja, a aversão ao estrangeiro muito característica do império àquela época. Otávio divulga que o herdeiro de Júlio César não era romano e que Marco Antônio adora outros deuses. Finalmente em 31 a. C., na Batalha de Actium, Otávio derrota Marco Antônio e tira Lépido de cena, dando início ao seu principado, que vai do ano de 31 até 27 a.C. Nessa fase, Otávio alinha os poderes militar, político e religioso, recebendo o título de Primeiro Senador, Tribuno da Plebe, Sumo Pontífice e, por fim, Imperador. Essa fase da política romana pode ser dividida em duas: Alto e Baixo Império.

Alto Império: século I a. C. ao século III d. C.

Algumas características desse período são a militarização da sociedade e expansão da sociedade, o que, de certa maneira, deixa a plebe sem empregos.

Após Otávio, outros imperadores se revezaram no poder. Como nosso intuito histórico não é conteudista, a relação com os nomes de todos os personagens imperiais é desnecessária. Damos atenção mais às causas que vão levar ao enfraquecimento e posterior queda do Império Romano, no ano de 476, século V, portanto.

Baixo Império: século IV ao século V

O esquema abaixo traz as causas da degradação do Império Romano do Ocidente. Analise com atenção:

Pax Romana: Diminuição no ritmo de expansão coloca o modo de produção escravista em xeque. Os Generais, proprietários da maioria das terras, não conseguem administrar seus territórios.

Surgimento do Cristianismo: Monoteísmo cristão entre em choque com o politeísmo romano; a noção de divindade do Imperador foi questionada; a valorização não da vida material, mas da espiritual; a expansão religiosa entre os Plebeus; e a perseguição aos cristãos.

"Pão e Circo": O alto índice de desemprego entre os Plebeus podia gerar conflitos. Para conter essa ameaça, vários espetáculos eram realizados, bem como vários feriados eram decretados e alimentos distribuídos.

GRÉCIA

Parte do estudo sobre a Antiguidade Clássica dá ênfase à civilização grega. Esse também é um tema que já foi abordado em questões de Filosofia. Obviamente que a Grécia atual tem pouco da Grécia da Antiguidade. O desenvolvimento dessa civilização ocorreu na península balcânica, com litoral recortado e solo montanhoso. Esse tipo de solo prejudicava a agricultura, logo, os primeiros a se estabelecerem na região precisaram procurar novas formas de sobrevivência.

A partir do século XX a. C. uma onda migratória é verificada. Entre os povos que chegaram à região e formaram o que veríamos a chamar de “pré-Grécia” (ou civilização creto-micênica), estavam os Aqueus, os Eólicos e os Jônios, que tinham uma organização econômica baseada no comércio marítimo (talassocracia).

Já no século XV a. C., outros povos chegaram à região com destaque para os Dórios, povo que vivia de conquistas. Essa chegada forçou os creto-micênicos a fugir do sul para o interior (1400-1200 a.C). Esse movimento é conhecido como 1ª diáspora grega. Boa parte da História da Grécia nesse período é contada pelo poeta Homero, através de suas conhecidas obras A Ilíada e A Odisseia, por isso também podemos chamar o esse momento de período de transição do pré-homérico para o homérico.

A fuga para o interior do território deu origem à formação de pequenos grupos. Eles eram chamados de Genos (ou comunidade gentílicas). Portanto, os Genos eram pequenas comunidades familiares formadas após a 1ª Diáspora, tinham a propriedade coletiva da terra e, após crescerem de tamanho, tinham a liderança do Pater. A partir dos séculos X e VIII a. C.), verifica-se um crescimento demográfico que revela problemas com a falta de terras. Quando maior o aumento demográfico, maior a dificuldade em conseguir terras para a sobrevivência, já que o solo era montanhoso e ruim. É fácil prever que conflitos não tardariam a acontecer (acompanhe no esquema).

As comunidades gentílicas passaram, então, por um processo de atualização. Da união dos Genos, formaram-se as Fátrias que unidas, por sua vez, deram origem às Tribos. Da união das Tribos, surgiram as Demos.

A resolução para a falta de terras consistia na óbvia conquista de novas. Tem início a colonização grega que garante um apoio à expansão através do Mar Mediterrâneo e do Mar Egeu. É o momento da 2ª Diáspora Grega.

Surgem, junto com a colonização, a forma avançada das Demos: a Pólis (cidade-estado) que possuía autonomia política, econômica e militar. Eram independentes por conta da distância umas das outras e também por conta do montanhoso relevo, mas tinham uma base cultural comum como, por exemplo, a mesma língua e a mesma religião, a mitologia.

[CEC Rep] 1º ano ProEMI Os "pré-socráticos"

ATENÇÃO: Este texto foi entregue em folha na sala. Se você não recebeu, solicite um cópia ao professor.
AULAS PROGRAMADAS PARA O DIA 15 e 16/08 PARA A TURMA 1004

Os "Pré-Socráticos" (ou "Os Originários")

A ideia que o prefixo “pré” nos traz é, quase sempre incorreta no campo das Ciências Humanas. Em História, por exemplo, utilizamos o termo “Pré-História” para fazer referência às sociedades sem escrita, mas não sem História. Em Filosofia, “Pré-Socráticos” pode induzir não só à ideia de um olhar sobre os filósofos anteriores a Sócrates, mas também a pouca importância que eles pretensamente tinham. Assim, valoriza-se a experiência e a complexidade de raciocínio dos filósofos vindo depois de Sócrates e descaracterizam-se os anteriores. Para tentar evitar esse tipo de “injustiça”, o Prof. CESAR LAPA (também do Colégio Canadá), sugere o termo “originários” para designar os filósofos que contribuíram com a formulação do pensamento sistematizado antes e Sócrates.

A apostila a seguir é uma síntese adaptada por mim da História do Pensamento Filosófico. Em essencial, é importante que se compreenda o papel da Filosofia na intenção e na motivação para se chegar a determinado conhecimento de forma sistematizada e metodológica. Originalmente e na íntegra, o texto foi publicado no site Universo Racionalista (acesso em 25 mai. 2016), por Kherian Gracher.

“Não se pode pensar em nenhum homem que não seja também filósofo, que não pense; precisamente porque o pensar é próprio do homem como tal” GRAMSCI

Além do trecho acima, do Filósofo italiano Antonio GRAMSCI, ARISTÓTELES (384-322 a. C.) também afirmava que “os homens começaram a filosofia pelo espanto”. O significado da palavra “espanto” para o Filósofo era outro: significava dúvida, inquietação, desconforto, ou seja, para ele, os homens começaram a se sentir “desconforto” por não conseguirem estruturar explicações para determinadas questões. Quando surgiu essa vontade de colocar tudo às claras, nascia também as bases do pensamento filosófico.

Repare que não estamos falando simplesmente da Filosofia Grega. Falamos da ideia de que o homem, de qualquer lugar, buscou explicações para determinados problemas ou situações. Muito se tem falado que a Filosofia é grega. O problema é que com essa limitação geográfica, deixamos de lado contribuições importantes simplesmente porque não as conhecemos tão profundamente com as gregas. É importante ter em mente que o homem, independentemente do seu espaço físico, se inquietou e produziu conhecimento. O que ocorreu com a Grécia foi uma sobreposição dos seus valores artísticos e culturais sobre os demais povos.

A maior tarefa da Filosofia é o problematizar. Assim, novamente chegamos à ideia de ARISTÒTELES. Problematizar é de certa forma o espanto do questionamento. Antigamente, por exemplo, os homens não tinham os instrumentos que dispomos hoje, mas as perguntas aconteciam, mesmo que as respostas não pudessem, naquele momento, ser encontradas. Atenção para um primeiro ponto: A pergunta é mais importante que a resposta em si, uma vez que ela um passo a mais rumo ao conhecimento.


Do mito ao logos

Assim que os Filósofos iniciaram seus questionamentos e, por consequência, a busca por novas respostas, deixaram de lado os mitos, ou seja, as explicações não fundadas na razão. Um importante pensador nascido no final do século XVIII chamado HEGEL (1770-1831), afirmava que “os gregos despertaram de um sono mitológico, de uma era onde não havia tanta razão”. Para Hegel, então, a Filosofia era uma negação à mitologia.

HEGEL não foi o único a entrar nessa discussão. Outros autores pensam justamente o contrário. É o caso, por exemplo, de CORNFORD que, contrariamente, pregava que os mitos eram sim racionais e a base de toda a Filosofia.

Desnecessário tomar lado nessa discussão, mas fundamental perceber que os conceitos e ensinamentos mesmo em oposição têm valor.

Os Originários"


Para ARISTÓTELES, Filósofo pós-socrático que tinha interesse em conhecer a realidade dos Filósofos anteriores a SÓCRATES, os primeiros Filósofos tentavam analisar a natureza de modo a ordená-la em princípios básicos. Esses princípios, por sua vez, recorriam a quatro causas, são elas: Causa material, Causa eficiente, Causa formal e Causa final. Não é difícil entender cada uma delas. A Causa material seria a matéria em si; a Causa eficiente a potencialidade para se chegar a determinado ponto; Causa formal seria a forma como se chegaria à objetividade de determinada coisa; e, por fim, a Causa final, seria o motivo da existência de determinada coisa.

ASITÓTELES percebeu que Os Originários analisam a natureza de modo a tentar organizá-la em princípios básicos. Por muitas vezes, esses Filósofos eram tratados como monistas porque tentavam isolar determinados elementos em busca de respostas. Vejamos alguns deles:

Tales (cerca de 625-545 a.C.)


A água é o princípio único de tudo.
TALES de Mileto tem grande importância para a Filosofia porque foi um dos primeiros a elaborar, entre outras coisas, cálculos complexos como, por exemplo, medir a altura das pirâmides através das suas sombras. TALES adotou a água como princípio do universo. De acordo com ele a terra repousava sobre a água, tal como um pedaço de madeira flutuando na correnteza.

ARISTÓTELES, ao tentar explicar TALES, supôs que a ideia de que tudo vinha da água era em virtude da necessidade dos seres vivos para com a água.

Pitágoras

Tanto Pitágoras de Samos (c. 570-496 a.C.) como Tales dividiram as honras de introduzir a filosofia na Grécia antiga. Além de filósofo, Pitágoras também foi um exímio matemático. Você deve lembrar do Teorema de Pitágoras. Na cidade de Crotona, Pitágoras fundou uma comunidade semi-religiosa, que durou até 450 a.C., ou seja, posterior a sua morte. É atribuído a ele a invenção do termo “filósofo”. Conta-se que certa vez, em vez de se declarar como sábio (sophos), Pitágoras teria dito com modéstia que era apenas um amante da filosofia (philosophos).

Heráclito

Heráclito de Éfeso foi um dos filósofos que mais obras chegaram até a posteridade. No entanto, na própria antiguidade ele era apelidado de “o Enigmático” e “Heráclito, o Obscuro”, que dá bons indícios sobre a dificuldade de entendermos sua obra.

Tal como Xenófanes, Heráclito também acreditava que todo dia um novo Sol aparecia no céu, e como Anaximandro ele afirmava que o Sol era constrangido por um princípio cósmico. Essas teorias se desenvolveram com Heráclito para uma doutrina do fluxo universal: Tudo, afirmava ele, está em movimento, nada permanece imóvel; o cosmos é como uma correnteza. Como diz o famoso exemplo que visa representar a teoria heraclítica, se entrarmos duas vezes em um mesmo rio, não poderemos pôr nossos pés duas vezes na mesma água, dado que a água não será a mesma nesses dois momentos. Mas, além disso, não poderíamos pisar duas vezes no mesmo rio. Essa segunda passagem não parece fazer sentido, mas isso se entendermos que o que identifica um rio é seu curso. Caso entendamos que um rio é identificado pelo seu conteúdo, então o rio estaria em um constante movimento. Esse exemplo é uma alegoria para afirmar que a realidade é uma constante mudança.

Qual seria então a causa material da realidade para Heráclito? O fogo, que seria uma corrente fluida, um modelo de mudança constante, consumindo-se e revigorando-se. O que governa esse mundo em constante mudança, ou seja, a causa eficiente? O Logos, a razão e ordem necessária para manter o equilíbrio em um mundo de mudanças. O cosmos seria, então, uma constante mudança, resultado de uma luta entre forças naturais opostas, estruturados pelo Logos.

Por fim…

Os filósofos pré-socráticos podem nos parecer obscuros e místicos aos nossos olhos, mas não devemos retirar a importância e contribuição que eles tiveram em todo o desenvolvimento do pensamento humano. Com eles tivemos a gênese não só da filosofia, mas de várias ciências. Cada um à sua maneira eles tentaram, através da razão, explicar como se comportava o universo, o cosmos.
Segue abaixo um pequeno resumo com as ideias gerais:

Tales: Tudo é água;
Anaximandro: Tudo é matéria eterna (apeíron);
Anaxímenes: Tudo é ar;
Pitágoras: Tudo é uma harmonia numérica;
Xenófanes: Tudo é terra;
Heráclito: Tudo é fogo, é movimento;
Parmênides: Tudo é um Ser indivisível e imóvel;
Empédocles: Tudo é porção de água, ar, fogo e terra,
reunidos conforme o Amor e o Ódio;
Anaxágoras: Tudo foi e é criado pela ação da Mente
sobre os elementos fundamentais do cosmos
Atomismo: Tudo é matéria indivisível [átomos].



Obviamente que, para exagerar no número de folhas, procurei reduzir ao máximo ao texto, deixando de fora alguns dos pensadores. Reforço, então, a indicação da página com o texto completo: http://www.universoracionalista.org/pre-socraticos/. Acesse, se quiser.

ATIVIDADES

1. “A verdadeira Filosofia consiste em reaprender a ver o mundo”. (Merleau-Ponty, filósofo francês). Após ler o pensamento de Merleau-Ponty, explique por que a Filosofia é diferente das outras ciências.

2. Em todo o texto (e em todas as aulas) é perceptível a ideia de que a dúvida e a problematização são pontos essenciais para a Filosofia. Explique por que.

3. Já na primeira citação desta apostila damos de cara com o seguinte trecho de Gramsci: “Não se pode pensar em nenhum homem que não seja também filósofo, que não pense; precisamente porque o pensar é próprio do homem como tal” Explique por que, geralmente, a Filosofia é vista como algo acessível apenas para poucos homens. Descreva também suas experiências (atual ou anteriores, se existirem) com esta área do conhecimento.

[CEC Rep] 8º ano Revolução Francesa

ATENÇÃO: Este texto foi entregue em folha na sala. Se você não recebeu, solicite um cópia ao professor. 
AULAS PROGRAMADAS PARA O DIA 16 e 18/08 PARA AS TURMAS 801 e 802

Como era a França no século XVIII?

A situação da França no século XVIII era de extrema injustiça social na época do Antigo Regime. O Terceiro Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial. Os impostos eram pagos somente por este segmento social com o objetivo de manter os luxos da nobreza. A França era um país absolutista nesta época. O rei governava com poderes absolutos, controlando a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos. Havia a falta de democracia, pois os trabalhadores não podiam votar, nem mesmo dar opiniões na forma de governo. Os oposicionistas eram presos na Bastilha (prisão política da monarquia) ou condenados à guilhotina.

A sociedade francesa do século XVIII era estratificada e hierarquizada. No topo da pirâmide social, estava o clero que também tinha o privilégio de não pagar impostos. Abaixo do clero, estava a nobreza formada pelo rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres que viviam de banquetes e muito luxo na corte. A base da sociedade era formada pelo terceiro estado (trabalhadores, camponeses e burguesia) que, como já foi dito, sustentava toda a sociedade com seu trabalho e com o pagamento de altos impostos. Pior era a condição de vida dos desempregados que aumentavam em larga escala nas cidades francesas.

A vida dos trabalhadores e camponeses era de extrema miséria, portanto, desejavam melhorias na qualidade de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor, desejava uma participação política maior e mais liberdade econômica em seu trabalho.


A Revolução Francesa (14/07/1789)

A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa.

O lema dos revolucionários era “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, pois ele resumia muito bem os desejos do terceiro estado francês. Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França, porém a família real foi capturada enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes da monarquia, entre eles o rei Luis XVI e sua esposa Maria Antonieta foram guilhotinados em 1793. O clero também não saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados durante a revolução.

No mês de agosto de 1789, a Assembleia Constituinte cancelou todos os direitos feudais que existiam e promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Este importante documento trazia significativos avanços sociais, garantindo direitos iguais aos cidadãos, além de maior participação política para o povo.

Girondinos e Jacobinos

Após a revolução, o terceiro estado começa a se transformar e partidos começam a surgir com opiniões diversificadas. Os girondinos, por exemplo, representavam a alta burguesia e queriam evitar uma participação maior dos trabalhadores urbanos e rurais na política. Por outro lado, os jacobinos representavam a baixa burguesia e defendiam uma maior participação popular no governo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, os jacobinos eram radicais e defendiam também profundas mudanças na sociedade que beneficiassem os mais pobres.

A Fase do Terror

Em 1792, os radicais liderados por Robespierre, Danton e Marat assumem o poder e organização as guardas nacionais. Estas, recebem ordens dos líderes para matar qualquer oposicionista do novo governo. Muitos integrantes da nobreza e outros franceses de oposição foram condenados a morte neste período. A violência e a radicalização política são as marcas desta época.
A burguesia no poder

Em 1795, os girondinos assumem o poder e começam a instalar um governo burguês na França. Uma nova Constituição é aprovada, garantindo o poder da burguesia e ampliando seus direitos políticos e econômico. O general francês Napoleão Bonaparte é colocado no poder, após o Golpe de 18 de Brumário (9 de novembro de 1799) com o objetivo de controlar a instabilidade social e implantar um governo burguês. Napoleão assumi o cargo de primeiro-cônsul da França, instaurando uma ditadura.

Outras considerações

A Revolução Francesa foi um importante marco na História Moderna da nossa civilização. Significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa ecapitalista foram estabelecidas durante a revolução. Os ideais políticos (principalmente iluministas) presentes na França antes da Revolução Francesa também influenciaram a independência de alguns países da América Espanhola e o movimento de Inconfidência Mineira no Brasil.

Atividades
(use o seu caderno para responder)

1. Descreva em poucas linhas porque podemos dizer que a situação da Franca no século XVIII contribuiu para o início do processo revolucionário naquele país.
2. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão é um importante documento criado ao longo do processo de Revolução na França. Explique no que ele consistia.
3. O povo francês mostrou, através de uma revolta, que estava descontente com a situação do país no século XVIII. Você acha que o povo tem direito de se revoltar se não existir justiça econômica e social no seu país? Escreva algumas linhas sobre esse assunto.



Componente do currículo mínimo: Revolução Francesa
Folha 20 - 8º ano
Conteúdo de reposição

[CEC Rep] 7º ano Reforma Protestante e Contrarreforma

ATENÇÃO: Este texto foi entregue em folha na sala. Se você não recebeu, solicite um cópia ao professor. 


A Reforma Protestante tem início no século XVI e é uma série de tentativas de reformar a Igreja Católica Romana. Esse processo levou à divisão e ao estabelecimento de várias igrejas cristãs, das quais se destacam a Igreja Luterana, a Igreja Anglicana e a Calvinista. Os historiadores apontam fatores de ordem cultural, econômica e política para explicar como o poderio católico foi colocado em xeque naquele momento. Vejamos alguns deles:

Cultural O racionalismo e a valorização do homem, próprios do Renascimento, deram origem a uma mentalidade que se opunha a religiosidade católica medieval. A divulgação e a leitura dos textos bíblicos, dos escritos dos sábios da antiguidade e dos santos da Igreja criaram um clima de debate e questionamento das verdades estabelecidas. Tanto que os primeiros movimentos que questionaram a autoridade da Igreja surgiram no interior das Universidades.

Relembrando
O Renascimento Cultural foi um movimento que teve seu início na Itália no século XIV e se estendeu por toda a Europa até o século XVI.
Os artistas, escritores e pensadores renascentistas expressavam em suas obras os valores, ideais e nova visão do mundo, de uma sociedade que emergia da crise do período medieval.
Na Idade Média, a produção intelectual e artística estava ligada à Igreja. Já na Idade Moderna, a arte e o saber voltaram-se para o mundo concreto, para a humanidade e a sua capacidade de transformar o mundo

Econômico O renascimento comercial criou uma nova realidade econômica na Europa. Os dogmas católicos tradicionais combinavam com a economia de subsistência da Idade Média. No entanto, o lucro e a cobrança de juros, passaram a ser essenciais depois do renascimento comercial. De modo que a burguesia tendia a não aceitar aqueles dogmas religiosos.

Político O poder nacional do rei, surgido com a centralização política, se contrapunha ao poder supranacional da Igreja. Os conflitos entre os interesses das monarquias nacionais e os da Igreja de Roma se manifestavam nos direitos de cobrar impostos, na administração da justiça e na nomeação dos bispos.

Antecedentes e Causas da Reforma

- Corrupção do clero e afastamento de seus membros das concepções originais do cristianismo (humildade, fraternidade, caridade);
-Venda de indulgências / Venda de relíquias sagradas / Venda de cargos no clero;
- Fortalecimento da burguesia X condenação do lucro pela Igreja;
- Fortalecimento das monarquias nacionais X poder clerical + abundância de terras da Igreja;
- Renascimento cultural (questionamento de alguns valores tipicamente medievais);
- Leitura e interpretação da Bíblia restrita aos membros do clero (Bíblia só em latim).


REFORMA LUTERANA

Martinho Lutero (1483-1546) era um monge agostiniano alemão e estudioso da Bíblia. Com base nos seus estudos começou a criticar os abusos da Igreja. Depois de uma viagem a Roma voltou abalado com o luxo, a decadência de costumes e a corrupção do alto clero. O conflito de Lutero com a Igreja começou com suas críticas à venda de indulgências na Alemanha. A polêmica acabou levando à excomunhão de Lutero. O monge rebelde rasgou a bula da excomunhão e afixou na porta da catedral de Wittemberg as famosas 95 teses. (clique aqui para ler as 95 teses de Lutero).

Alguns princípios do Luteranismo: salvação pela fé, tradução da Bíblia, leitura e livre interpretação da Bíblia, eliminação de santos e imagens, fim do celibato para sacerdotes, não seguimento da autoridade papal, dois sacramentos (batismo e eucaristia), submissão da Igreja ao Estado.

REFORMA CALVINISTA

João Calvino (1509-1564), francês e seguidor das ideias luteranas, se estabeleceu em Genebra (Suíça), onde escreveu As “Instituições Cristãs”. Nessa cidade começou a pregar a sua doutrina, que tinha muitos pontos em comum com o luteranismo. A diferença mais importante se refere à doutrina da salvação. Para Lutero, como vimos, a salvação se dá pela fé e para Calvino pela predestinação. Calvino afirma que nós viemos ao mundo predestinados por Deus a sermos salvos ou condenados.
Os sinais da escolha divina se manifestariam na vida dos indivíduos. O trabalho, a pureza de costumes, o cumprimento dos deveres para com a sociedade e a família seriam alguns desses sinais. Esse cidadão teria também a sua vida abençoada por Deus, resultando no progresso econômico.

REFORMA ANGLICANA

A Reforma Anglicana teve origem no conflito entre o rei Henrique VIII (1509-1547) da Inglaterra e o papa Clemente VII, que não concordou em conceder ao rei o divórcio de sua primeira esposa, Catarina de Aragão. Além disso, Henrique VIII pretendia confiscar as terras da Igreja em solo inglês. A questão do divórcio serviu como pretexto para o rompimento definitivo.
Por meio do Ato de Supremacia, Henrique VIII tornou-se o chefe da Igreja inglesa. Os membros do clero inglês tiveram que jurar fidelidade ao rei e romper com o papa. Os que se recusaram, foram destituídos e perseguidos. As terras confiscadas da Igreja foram vendidas à nobreza inglesa, que, desta forma, se tornou fiel partidária da Igreja Anglicana.
Como se pode perceber, esta reforma não se deu por motivos doutrinários e sim claramente políticos. Por isso, inicialmente, a religião anglicana pouco diferia da católica. Diferenciava-se apenas pelo uso do inglês em lugar do latim e pela obediência ao rei e não ao papa. Mais tarde, sofreu algumas mudanças introduzidas pela rainha Isabel I, filha de Henrique VIII.

CONTRARREFORMA

Medidas da Igreja Católica para conter o avanço protestante na Europa.
- O Concílio de Trento (1545 1563): reafirmação do dogma da salvação por meio da fé e das boas obras; confirmou o culto à virgem e aos santos; a existência do purgatório; a infalibilidade do Papa; o celibato do clero; proibiu a venda de indulgências; manteve a hierarquia eclesiástica; criou de seminários e o catecismo; criação do INDEX – relação de livros proibidos, reativação dos Tribunais do Santo Ofício.
- Criação da Companhia de Jesus (Inácio de Loyola - Espanha): ordem dos jesuítas, busca de novos fiéis (América), educação e catequese.


ATIVIDADES
(utilize o seu caderno para as resposta)

1. Por que o texto menciona que a Reforma Anglicana não aconteceu por motivos doutrinários, mas sim políticos?
2. Explique o que seria predestinação para o Calvinismo.
3. Explique por que o Renascimento cultural e comercial abalaram o mundo religioso dominado pela Igreja Católica.
4. Por que a criação de uma relação de livros proibidos (INDEX) era importante para a Igreja Católica?


Componente do currículo mínimo: Reforma Protestante e Contrarreforma
Folha 19 - 7º ano
Conteúdo de reposição

[CEC] Listagem de materiais para reposição

Lista com os materiais destinados à reposição de conteúdos por conta da greve da rede estadual no Colégio Estadual Canadá. Todos os materiais serão entregues em sala, durante as aulas. A listagem será ampliada do longo das aulas.



TURMA 603

1. Civilizações da Antiguidade: Egito e Mesopotâmia [acesse aqui]
2. Teste (não obrigatório) visando preparação para prova bimestral [acesse aqui]

TURMA 701

1. Reforma Protestante e Contrarreforma [acesse aqui]
2. Teste (não obrigatório) visando preparação para a prova bimestral [acesse aqui]

TURMA 705

1. Reforma Protestante e Contrarreforma [acesse aqui]
2. Teste (não obrigatório) visando preparação para a prova bimestral [acesse aqui]

TURMA 801

1. Revolução Francesa [acesse aqui]
2. Teste (não obrigatório) visando preparação para a prova bimestral [acesse aqui]

TURMA 802

1. Revolução Francesa [acesse aqui]
2. Teste (não obrigatório) visando preparação para a prova bimestral [acesse aqui]

TURMA 1003

1. Slides de Introdução à Sociologia [acesse aqui]

TURMA 1004

1. Os "pré-socráticos" [acesse aqui]

TURMA 1006

1. Apostila "Antiguidade Clássica" [acesse aqui]

TURMA 2005

1. Subsídios para aula sobre "Cidadania" [clique aqui]

[CEC Rep] 6º ano Civilizações da Antiguidade: Egito e Mesopotâmia

ATENÇÃO: Este texto foi entregue em folha na sala. Se você não recebeu, solicite um cópia ao professor.
AULAS PROGRAMADAS PARA O DIA 15/08 PARA A TURMA 603

Agora que já temos algum conhecimento sobre as características do que é uma civilização, vamos nos dedicar ao estudo de duas grandes sociedades da Antiguidade: o Egito e a Mesopotâmia.
Para lembrar -- Civilização:
conjunto de aspectos peculiares à vida intelectual, artística, moral e material de uma época, de uma região, de um país ou de uma sociedade.

Em primeiro lugar, é importante perceber que esses dois povos dependiam muito dos rios, uma vez que a agricultura era fundamental para a vida. Ou seja: ou eles plantavam e colhiam para sobreviver ou as coisas ficariam ruins. Na História, quando alguma civilização depende essencialmente da água de rios (ou floresce próximo aos rios) recebe o nome de sociedade hidráulica. Tanto o Egito quanto a Mesopotâmia são, então, sociedades hidráulicas.

Para o Egito, localizado ao norte do continente africano, o rio mais importante era o Rio Nilo. Já para a Mesopotâmia, localizada onde hoje é o Iraque, dois rios eram fundamentais: o Rio Tigre e o Rio Eufrates. Agora vamos ver alguns detalhes de cada civilização:

Mesopotâmia

Por volta de 6500 a.C. surgiram as primeiras aldeias próximo dos rios Tigres e Eufrates porque, como já vimos, ali a agricultura era mais fácil. Para melhorar ainda mais a colheita, muitas obras de irrigação era feitas. Isso acontecia porque facilitava e ampliava a área de agricultura. Ao mesmo tempo em que essas áreas eram ampliadas, várias cidades iam crescendo ao seu redor. É fácil entender isso; basta pensar que onde há possibilidade de existir comida com mais fartura é onde as pessoas vão querer morar.

Os povos que começaram a fundar cidades próximas aos rios também desenvolveram outras coisas. Um desses grupos, os sumérios, teria desenvolvido uma das formas mais antigas de escrita que se conhece: a escrita cuneiforme


Quer saber como fica seu nome em monogramas cuneiformes? Clique aqui e siga as orientações que coloquei abaixo:


1. no primeiro campo, onde aparece escrito em inglês "Type your full name", digite o seu nome completo;
2. no segundo campo, onde aparece escrito em inglês "Type your initials", digite as letras inciais do seu nome e sobrenome. No meu caso, digitei as letras LFN, de Luiz Fernando Nunes;
3. Clique no botão vermelho, "Inscribe".
O resultado aparecerá em outra tela.

Atribui-se, também, aos sumérios a criação da escrita cuneiforme, uma das mais antigas formas de escrita que se conhece. A utilização da escrita demonstra a complexidade que a sociedade mesopotâmica estava atingindo. O comércio e a contabilidade de bens foram os primeiros registros que a escrita cuneiforme anotou.

As cidades sumerianas eram independentes umas das outras, possuindo leis e governos próprios. Mas foi a rivalidade entre elas, pelo maior controle sobre as terras férteis às margens dos rios, que as enfraqueceu, possibilitando que vários povos vindos de fora as conquistassem. Dentre esses povos, podemos destacar os babilônicos, cujo rei Hamurabi reinou durante a primeira metade do século XVIII (18) a.C. Seu maior legado para a humanidade foi o Código de Hamurábi, um dos primeiros códigos de leis escrito na História, também conhecido como Lei de talião, pois as punições para os crimes eram muito rigorosas ("olho por olho, dente por dente").

Egito

O Egito se desenvolveu às margens do Rio Nilo. As primeiras populações fixaram-se em aldeias agrícolas, que aos poucos formaram pequenas cidades-Estado, chamadas nomos, administradas pelos nomarcas, a primeira elite egípcia. Como a agricultura era difícil por causa, dentre outras coisas, do deserto, os nomos acabaram se unindo com o passar do tempo dando origem a dois reinos: o do Norte (Baixo Egito) e o do Sul (Alto Egito). De acordo com a tradição, o rei Menés teria unificado ambos os reinos por volta do ano 3.000 a.C., tornando-se o primeiro faraó (título do rei egípcio), ou como se dizia na época "o senhor das duas terras", inaugurando assim a primeira dinastia do Egito.
A unificação garantiu a centralização política e administrativa dos vários nomos egípcios, o que facilitou a organização eficaz do trabalho da sociedade nas obras públicas, para manter o controle das águas e a construção de sistemas de irrigação do solo, garantindo a ampliação da agricultura e da pecuária, levando ao crescimento das cidades.

A civilização egípcia desenvolveu-se às margens do rio Nilo, ocupando uma faixa de terra cuja largura media entre 10 e 20 quilômetros e que se estendia por cerca de mil quilômetros. Era extremamente dependente do rio, tanto para a manutenção das atividades agrícolas e a pecuária, como para o transporte de mercadorias e comunicação entre as diversas cidades. Tão apropriada era a navegação entre as várias regiões banhadas pelo Nilo, que os egípcios não precisaram construir estradas.

Reservatórios no rio Nilo

O controle das cheias do rio foi condição essencial para o desenvolvimento da civilização na região, pois o seu leito não era suficiente para conter as águas que corriam do interior da África em direção ao mar Mediterrâneo, inundando a região entre julho e setembro. Assim, às margens do Nilo foram construídos reservatórios, a fim de reter as águas que seriam utilizadas - por meio de canais de irrigação - no tempo de escassez das chuvas para a agricultura, a pecuária e o consumo humano.
Com o retorno das águas ao leito do rio (entre dezembro e maio), ficava armazenado nas margens um precioso fertilizante, o húmus, que permitiu o surgimento de uma agricultura de alta produtividade.
Artesanato e cultura

O artesanato era muito importante. Utilizaram o linho e o couro de animais, confeccionaram cerâmicas. Como o ciclo agrícola era de seis meses (plantio e colheita), o restante do tempo era aproveitado nas atividades artesanais, na construção e conservação dos canais de irrigação e dos reservatórios e na construção das obras públicas.

O papiro, matéria-prima utilizada na fabricação de papel, era abundante às margens do Nilo. Realizada pelos escribas, a transcrição nos papiros de fatos da história, do dia a dia do governo e das questões religiosas acabou se transformando em importante fonte histórica para a reconstrução da civilização egípcia, depois que os arqueólogos modernos conseguiram decifrar os hieróglifos.

Divisão social do Egito Antigo

Nos 3 mil anos do Egito dos faraós, a estrutura social pouco se alterou. Na base estavam os escravos, quase todos de origem estrangeira e em número reduzido, mas principalmente os camponeses livres, a maioria da população, que viviam nas aldeias e tinham de pagar diversos tributos ao Estado e aos templos. Havia uma camada intermediária representada pelos artesãos urbanos. A classe dominante era formada pelo faraó - adorado como um deus e exercendo também o poder militar, civil e judiciário - e sua família, pelos sacerdotes, militares e altos funcionários do Estado, dentre eles os escribas e os nomarcas.

A religião

A vida dos egípcios estava marcada pela religião e seus deuses. A crença em uma vida após a morte acompanhava o egípcio durante toda a sua existência. Dessa forma, a construção de grandes túmulos, onde estavam acumulados tesouros e objetos de uso pessoal do morto, servia para que, depois da vida, ele mantivesse a mesma condição material.

O politeísmo da religião egípcia, ou seja, a crença em várias deuses, foi brevemente interrompido pela instituição do monoteísmo (crença em apenas um deus) pelo faraó Amenófis 4º (1380-1362 a.C.), que mudou seu nome para Akenaton e divulgou o culto ao deus Aton. Além de razões religiosas, o faraó também pretendia diminuir os poderes do clero, enriquecido pelo pagamento de tributos, e que exercia enorme influência política.

ATIVIDADES
(faça no seu caderno, logo após colar esta folha)

1. Identifique no texto uma fonte histórica muito importante deixada pela civilização egípcia.
2. Você não encontrou neste texto nenhuma menção às pirâmides egípcias, mas elas são uma característica também importante daquela civilização. Faça uma pequena pesquisa e descubra qual era a utilidade das pirâmides para os egípcios.
3. Pesquise qual é o significado da palavra “mesopotâmia”.
4. Qual é considerado o mais antigo código de lei da humanidade?
5. Por que leis escritas são importantes para as civilizações?




Componente do currículo mínimo: Civilizações da Antiguidade – Egito e Mesopotâmia
Folha 17 - 6º ano
Conteúdo de reposição

Os anúncios publicados no site são gerados automaticamente pelo Google AdSense não sendo, necessariamente, sugeridos pelo autor.